Supersoul, terceiro disco do cantor e compositor gaúcho Paulo Otávio. Com dez faixas inéditas, sendo nove autorais e uma do baixista Gustavo Garcia.
Com influências que adquiriu durante mais de dez anos de carreira, soube aderir com carisma singular o que escutou durante sua vida reverenciando seus ídolos - Tim Maia, Hyldon, Cassiano, Wilson Simonal, Jorge Benjor e Sandra de Sá - durante anos em que viveu no Rio de Janeiro e Estados Unidos, atingindo assim sua sonoridade original.
Paulo Otávio, gaúcho de nascimento e carioca de coração, já que vive no Rio de Janeiro por mais de seis anos, não esconde seu amor pela cidade. Isso pode ser conferido nas letras de suas canções "Supersoul" e "Frio em Maromba" e no swing de suas músicas "Vem comigo", "Samba-funk", “Se eu quiser” e "Meu lugar".
Em Supersoul, Paulo Otávio vem acompanhado de Gabriel Damasceno (bateria), Anderson Cardozo (teclados), Caco Scarlatelli (guitarra), Gustavo Garcia (baixo), Breno Hirata (sax), Demétrio Bezerra e Gilson de Oliveira (trompete), músicos bastante conhecidos nas noites cariocas. Em conversa, Paulo Otávio fala de sua carreira e o que vem pela frente.
Antes você já havia lançado disco de rock. Como surgiu a idéia de lançar um disco totalmente soul?
Comecei tocando e cantando em bandas rock e por isso fui morar em Los Angeles, onde acabei descobrindo o gosto pelo soul e pela música brasileira. Faz tempo que venho me dedicando a pesquisa deste gênero musical. Em “Supersoul" meu objetivo é resgatar a sonoridade da black music produzida no Brasil no final dos anos 70.
Fale-me da seleção de repertório. É todo inédito?
Sim. O repertorio é composto de dez canções inéditas, sendo uma de autoria de Gustavo Garcia, que é baixista de minha banda e outra em pareceria com Dudu Cairibé. Quanto à seleção de repertório, dei preferência às canções mais antigas, compostas em meus primeiros anos no Rio de Janeiro.
Fale da produção do disco.
O disco foi gravado no Arena estúdio em Botafogo no Rio de Janeiro
Fiz a direção e a produção musical. Contei com as parcerias dos produtores Daniel Medeiros (Fino Coletivo) que cuidou da parte de gravação e Roberto Lly cuidou da mixagem.
Vejo no Myspace que você é bastante elogiado. Você vem fazendo um trabalho via Internet em seu álbum. Como isso funciona?
Este trabalho vem tendo boa aceitação no exterior. Segundo os comentários, pela originalidade e balanço das canções. Todos os dias recebo mensagens de carinho e convites que chegam de diversos países, são rádios, artistas, gravadoras e público em geral, interessados em comprar o cd, em distribuir, contato para shows ou simplesmente pra dizer - I love your music. Através do myspace, meu trabalho vem sendo reconhecido. Devido ao grande interesse do publico, já se encontra à venda por donwload, através do sistema Snocap, a versão final do meu disco que primeiramente só chegará à Internet.
O que é Snocap?
Esse sistema permite a compra de música por donwload, com segurança e qualidade diretamente do artista, algo que agrada muito ao público Europeu e também aqueles que pregam a moralização dos meios de comercialização da música.
Você pretende fazer carreira no exterior?
Na verdade quando comecei este trabalho não era essa minha intenção, mas fazer o que se o reconhecimento vem de fora, como já dizia o mestre Tom Jobim, "A saída do músico brasileiro é o Galeão".
Em seu disco anterior, teve participações de artistas do rock
internacional. Conta como isso aconteceu?
Em busca de novos horizontes pra minha carreira, em Janeiro de 1998, fui morar em Hollywood, na Califórnia, onde tive a oportunidade de tocar e gravar com grandes nomes da música. Entre eles: o guitarrista Gilby Clarke (ex Guns ‘n Roses), o baterista Eric Singer (Kiss), o tecladista Rique Pantoja e do trompetista Harry Kim, arranjador e integrante da banda de Phill Colins. Foi o sonho que se tornou realidade. A vitória de alguém que sempre buscou, não o sucesso, mas, o reconhecimento da sua arte.
E shows?
Por enquanto, shows, dia 13 de julho no Festival de Inverno de São Lourenço em Minas Gerais. Logo após, embarco pra um temporada de três meses na Europa. Lá estarei realizando um trabalho ao lado do grupo Jazz Me Brown, que conta com a participação de grandes músicos brasileiros, como o Ciro Cruz, ex Ed Motta e Gabriel Pensador e o trompetista Demétrio Bezerra, ex Paralamas do Sucesso e Banda Black Rio. www.myspace.com/paulootavio
PS: Vale informar que: O aeroporto citado na entrevista, hoje chama-se Aeroporto Internacional Tom Jobim
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Um comentário:
Adorei esse blog! continue assim!
bjus
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