agosto 17, 2009

Marcio Augusto

Ele é cantor, músico e compositor paulistano. Têm três discos lançados, atuou ao lado de feras como Paulo Cezar Barros, Nenê, Cleudir Borges, Pedrinho da Luz, Netinho, Guto Angelicci em gravações de CD/DVD. Já cantou em vários programas de TV, teve sua voz em trilhas de novelas e já fez shows em grande parte do país. Teve participação, como parte do elenco, em novela Global e agora prepara vôo solo! Marcio Augusto é um músico de excelente bom gosto e admite dizer do que gosta e no que se inspira. Em entrevista, exclusiva, pude conhecer algumas coisas da carreira deste artista que tem muito a mostrar! Deixemos o cara falar!

Texto e fotos por Elias Nogueira

O começo.
- Tudo começou na infância quando ouvia o velho rádio valvulado, de minha mãe, sucessos do início dos anos 70. Para ter uma idéia, com dois anos de idade imitava Roberto Carlos e dizia que seria cantor. Em meados de 1979, pedi o primeiro violão que tenho até hoje, ganhei do meu pai. É para mim uma peça importante em minha vida como pessoa e como músico. Com este instrumento, iniciei meus primeiros passos. Meu pai me levava nos botecos e nas rodas de choro e nostalgia. Observava os caras tocando e prestava muita atenção. Um dia, num churrasco feito na oficina mecânica vi o Paulinho, amigo do meu pai, tocando baladas da Jovem Guarda e senti que sabia tocar tudo aquilo! Disse a ele: ‘Paulinho da aqui este violão bicho! Eu sei tocar!’ Tinha nove anos de idade!(risos) O cara achou muito engraçado e me passou o violão, não saiu nada! Pedi que me ensinasse algumas notas, acordes, mas naquele tempo eles tocavam com dedeira e chamavam os acordes de posição. Aprendi o lá menor (Am), o dó maior (C) e também o sol maior (G). Fui pra casa maluco! Queria um violão de qualquer jeito! Freqüentava os bares e ia pegando uns toques com o pessoal. No Natal chegou o violão e comecei a tocar e cantar sem parar. Levava o instrumento pra escola e na 5ª série do Ginásio me promovia cantando na sala de aula sentado na mesa da professora, no final da 5ª aula geralmente, depois no teatrinho do colégio, etc. e tal. Matriculei-me numa escola de música do bairro ministrado pela Prefeitura de Santo André. Iniciei o violão clássico, o que considero importante. Entendi que a coisa era séria e tinha que aprender teoria, leitura e ganhar agilidade para canções mais populares. Isso durou até o conhecimento da guitarra elétrica. Daí em diante eu queria tirar solos históricos, estou aprendendo até hoje. Uma dupla de palhaços liderada pelo Palhaço Pimenta me levava a shows infantis, com isso perdi o medo de enfrentar platéias. Após sair do programa iniciei meu trabalho musical na noite, foi a melhor escola. Aprendi todos os truques para usar bem a voz, escolher bem os tons e tocar com dinâmica tudo aquilo que ouvia desde criança. O maior barato é que tinha 14 anos e cantava Beatles, Elvis, Johnny Rivers, Roberto Carlos, Erasmo Carlos... Depois: Lulu Santos, Pepeu Gomes, MPB e muito Rock and Roll. As pessoas curtiam muito aquele moleque cantando coisas de outra época, era um sucesso!Fui descobrindo várias vertentes do rock e definindo meu caminho. Ainda busco a melhor performance para trabalhar, não me contento fácil. Procuro nivelar meu trabalho por cima. Os músicos que trabalham comigo precisam ter a mesma ideologia musical, fazer bem feito!
Cidade natal.
- Nasci em Santo André e fui criado no bairro de Utinga. Foi ali que tudo começou. Hoje moro em São Paulo, mas Utinga está guardada em meu coração pra sempre.

Discos lançados.
Em 1984 iniciei na TV Gazeta SP como cantor participante do programa infantil A Turma da Pipoka, apresentado pelo primeiro Bozo da televisão brasileira, Wanderlei Tribeck, fiquei no programa por um ano e meio. Gravei o primeiro disco com eles.
O álbum foi lançado pela gravadora Fermata no mesmo ano. Participei da faixa com a música “A moto”. Na época uma versão do cantor mexicano Luis Miguel. Meus discos são: 1984 Uma faixa para o álbum A Turma da Pipoka - Gravadora Fermata. Em1992 compacto simples independente - lado A “Alguém pra amar” (Marcio Augusto) e lado B “Eu e o violão” (Marcio Augusto e Nicola Fontana), rock a billy na onda do Erasmo Carlos com 1.000 cópias vendidas. 1996 CD “Vejo nos teus olhos” independente com 6.777 cópias vendidas - com produção musical de Nenê Benvenuti - ex Incríveis. 2001 CD “As 100 mais do século” pela Universal com duas releituras de Johnny Rivers, produção musical de João Plinta. 2006 DVD e CD The Originals Volume 2 - Indie Records, acima de 40.000 cópias vendidas, produção musical de Miguel Plopschi e Michael Sullivan. 2008 DVD e CD The Originals “A festa continua” pela Universal como guitarrista convidado, direção musical de Miguel Plopschi. Atualmente estamos em estúdio trabalhando novo disco pelo selo Seastar Music.
Cantor romântico e de rock com inspirações anos 60, 70 e 80.
- Como guitarrista gosto de clássicos do rock, blues, country e principalmente guitarra de surf music - The Ventures e The Shadows, este o meu preferido com destaque ao Hank Marvin! Um espetáculo de guitarrista para qualquer época. Como cantor, aprecio as músicas românticas. Aprendi unir coisas e dentro deste baú encontrei os tesouros mais ricos da música e venho inspirado por tudo isto, desfilando repertório que sempre é sucesso em qualquer lugar. A intenção é reproduzir coisas com originalidade e também criar uma assinatura própria em determinadas canções, onde haja espaço para criação e expressão.

Rádio.
- Escuto algumas rádios selecionadas, elas estão segmentadas. Procuro programações que me agrade. Na verdade, ouço 20% de rádio e o resto em vinis, CDs, etc. e tal. Acredito que a tecnologia que estaria a serviço da melhora, acabou tirando um pouco da criatividade praticada em décadas passadas. Atualmente as gravações estão super digitalizadas e as músicas são passageiras, logo aparecem outras numa velocidade enorme! Acho que faz parte do novo esquema de marketing, mas ainda consigo avaliar grandes nomes como: Norah Jones, Amy Winehouse, Maroon 5. Gosto bastante do Skank, trabalhos mais recentes de Marisa Monte, entre outros tantos. Ocorre que se olharmos para trás, teria obrigação de relacionar uma imensidão de artistas antigos que dariam páginas. Vou citar alguns nomes de meu set list predileto: The Beatles e carreira solo dos quatro! Elvis Presley, Laura Pausini, Chuck Berry, Roberto Carlos, Johnny Rivers, Erasmo Carlos, Johnny Mathis, Caetano Veloso, Frank Sinatra, Tim Maia, Chris Montez, Rita Lee, Bob Dylan, Raul Seixas, Paul Simon, Elton John, Queen, Yes, Led Zeppelin, Deep Purple, The Shadows, entre outros.

Cleudir Borges e Marcio Augusto

The Originals.
- Em 2005 quando o Nenê apresentou um CD demo, minha, gravada em casa e com direção musical dele, ao Miguel que disse ter gostado, mas ele estava fora da indústria se não, gravaria um disco meu. Fiquei feliz considerando que naquele período já estava na batalha há muito tempo e o meio é muito concorrido para fazer sucesso. Alguns meses depois do lançamento “The Originals”, o Almir Bezerra decidiu morar em Recife, dificultando a logística da banda. O Miguel não teve dúvida e me chamou para uma conversa em São Paulo na TV Record, onde estavam gravando o programa do Tom Cavalcanti. Disse, ao Miguel, que tinha pretensões de carreira solo e pensaria no convite. Ele disse que eu tinha 24 horas para decidir. No dia seguinte, aceitei ficar na banda, pois era de fato um sonho e uma moral enorme, participar ao lado das três bandas: Os Incríveis, The Fevers e Renato e seus Blue Caps. Eu conhecia repertório! Sempre gostei da Jovem Guarda, interpretava tudo com muito amor. Fui ao Rio de Janeiro ensaiar com a banda e deu tudo certo! Gravamos, viajamos o Brasil e a partir do The Originals o Marcio Augusto tornou-se conhecido. Tivemos momentos marcantes. “Areia pro meu caminhão” interpretada por mim entrou na trilha sonora da novela Cobras e Lagartos. Tive participação ao vivo na novela O Profeta em 2006. Foi emocionante dividir palco com Nenê Benvenuti, Netinho, Pedrinho, Cleudir, Ed Wilson e Miguel Plopschi. O Miguel em minha opinião foi o maior Hit Maker do Brasil e detectou em mim uma condição de trabalhar na história da banda, delegando a responsabilidade de substituir Almir Bezerra que tem uma voz marcante e conhecida do Fevers. Procurei exibir nas interpretações a mesma lágrima e o público me acolheu com carinho. Em meados de 2007, o Netinho decidiu reviver o Casa das Máquinas, entrou na banda o Guto Angelicci baterista que era conhecido dos tempos do Super Bacana no Rio de Janeiro. Em seguida, o Nenê decidiu sair também para se ocupar mais em estúdio, é o que ele mais curte fazer. O Paulo Cezar Barros já conhecia algum tempo. Ele já esteve em minha casa, tocou comigo em uma apresentação no ABC e foi legal demais, pois conheço a história musical dos dois baixistas. O Nenê e o Paulo Cezar têm muito peso no currículo e dividir palco com os mestres tem sido uma grande escola, amizade e realização profissional. Os caras são barras pesadas na hora de tocar, defini-los é difícil. Ambos têm estilo próprio e o som dos dois é genial!No meio desta história estou lá como cantor e guitarrista! Em julho de 2007 conversei com o Miguel alegando minhas tendências e vontades de cantar sozinho! Ele entendeu, deixei o grupo com a porta aberta. Em 2008 fui convidado para gravar o terceiro DVD e agora em 2009 concordei em fazer alguns shows até o retorno do Ed Wilson, que teve um problema de saúde. Ele está melhor e logo estará brilhando na banda.
Trabalho novo.
- Quando deixei o The Originals, fiz um DVD promocional em Toledo (PR) ao vivo. Devo todo carinho e respeito ao meu amigo Omero Bordin que sabendo da minha necessidade de ampliar os resultados pelo país, tornou possível e me levou a um show inesquecível em Outubro de 2007. O DVD chegou às mãos do Edu de Oliveira e ele me convidou para iniciarmos um projeto que já está sendo definido. Começamos gravando a música “Alguém pra amar” no Rio de Janeiro com direção do Gil Cardoso. O restante está sendo concebido em São Paulo com produção do Nenê Benvenuti e direção musical do Edu de Oliveira, é engenheiro de som de Roberto Carlos e criou o selo Seastar para promover artistas novos. Antes do final de 2009 estaremos com o CD nas lojas e nas rádios para uma alçada em busca do sucesso! Sei das dificuldades do mercado fonográfico, mas estou seguro e confiante!

Rio de Janeiro.
- Fiz shows no Rio de Janeiro algumas vezes com o The Originals. Para o lançamento de meu disco solo teremos shows em Niterói e Rio de Janeiro. Quero neste projeto, convidar The Originals, será um honra neste momento tão importante na minha carreira.

Viver de música no Brasil.
- Realmente viver de musica no Brasil não é fácil, assim como é dificil viver de outras profissões. Acho que quando se pensa positivamente, quando se trabalha com dignidade e afinco, com garra e determinação, aí meu amigo não tem jeito, a crise não chega perto, pois as forças maiores do Universo vão conspirar a seu favor e tudo vai harmonizando e acontecendo. Para quem tem um ideal na vida é só focar nele, seguir sem medo, enfrentar os maiores obstáculos e assim chegará ao ponto determinado.

agosto 12, 2009

Armandinho

O choro popular de Armandinho Macêdo
Instrumentista arremessa disco ao vivo gravado em Salvador

Por Elias Nogueira

Moraes Moreira falou: “Quando Armandinho toca, percebe-se a diferença que há entre o talento e o gênio”. Realmente Moraes Moreira tem razão e isso pode ser comprovado em sua, mais verdadeira, essência no CD ‘Pop Choro’ que a Biscoito Fino está lançando do músico baiano. São 14 faixas do DVD ‘Pop Choro’ gravado em dezembro de 2006. “Este registro aconteceu na Casa da Bossa em Salvador. É um lugar onde tudo estava preparado acusticamente. Os caras gastaram uma fortuna para deixar a casa preparada para este tipo de evento. Começaram a trazer artistas de outros países. Era uma casa do tipo Jazzmania que havia no Arpoador – Rio de Janeiro” lembra Armandinho.

Consagrado como um dos grandes guitarristas nacional, Armandinho apresenta neste trabalho a síntese de suas principais vertentes artístico-musicais. O chorinho, misturado ao rock, pop e a música regional brasileira, interpretados com excelência por ele e sua banda, no seu estilo inconfundível de tocar o bandolim.
“Este registro ficou guardado durante algum tempo. Fiz a proposta para a Som Livre, mas não aconteceu. Trabalho instrumental, aqui no Brasil, é sempre uma coisa difícil. Mostrei para Biscoito Fino, através da Olívia Hime e, logo se interessaram. A idéia era de fazer um disco mais autoral reunindo todas as minhas músicas e as instrumentais mais representativas. Peguei até música da A Cor do Som e gravei com o Trio Elétrico. Na outra parte do DVD, coloquei minhas coisas mais recentes. Como era um show da noite, não tive como deixar de fora – Noites Cariocas”, diz.
Armandinho Macêdo – o sobrenome foi incorporado ao nome artístico há pouco tempo, para não ser confundido com o cantor gaúcho – começou cedo sua carreira musical. Impressionado com a facilidade com que o filho aprendia a tocar bandolim, o pai, Osmar Macêdo, um dos criadores do Trio Elétrico, resolveu passar para o filho seu repertório. Sem sofrer o trauma das aulas enfadonhas, Armandinho, aos dez anos, já liderava o Trio Elétrico Mirim, criado por Osmar para que o público tomasse conhecimento do extraordinário talento do menino.

Com 15 anos, o instrumentista venceu a eliminatória de A Grande Chance, programa apresentado por Flávio Cavalcanti na TV Tupi, com a final acontecendo no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Daí em diante, Armandinho, como qualquer jovem, começou a ouvir Beatles, Jimi Hendrix, Rolling Stones, sem esquecer suas origens, incorporando as distorções roqueiras ao bandolim tradicional e à guitarra baiana, instrumento no qual fez escola.
“O pop choro é minha marca e o meu jeito de tocar mesmo com banda. Tenho meu estilo de tocar bandolim feito guitarra. Acho que foi a coisa que mais marcou o som que tiro do bandolim para a galera guitarrista. Eu conheço muita gente que fala de chorinho dizendo que nunca escutou mas quando tem oportunidade de me ouvir se identifica com Jimi Hendrix. Isso é bacana porque aconteceu, também, na A Cor do Som. Principalmente, quando lançamos canções cantadas. Aquela galerinha se adorava!” esclarece.
Em ‘Pop Choro’, Armando une um e outro, em arranjos próprios ou de Yacoce, parceiro em uma das faixas, Um Tom pro Ernesto, onde reverenciam o mestre Ernesto Nazareth. Gravado ao vivo na Casa da Bossa, em Salvador, o repertório do CD tem também outros mestres, como Ary Barroso (Aquarela do Brasil), Sivuca (Forró Bachiano, com Armandinho), Jacob do Bandolim (Noites Cariocas) e parcerias com Kinho Xavier (Pop Choro Exaltação), Luiz Brasil (Lembrando Jacob, Pororocas e Jazziquifrevo), Zeca Barreto (Alto Leblon) e Luiz Caldas, que também faz uma participação especial (Bonitinho e Gostoso). Três composições são assinadas por Armandinho, Desde Garoto, Pop Choro Lento e Dança do Tempo.

Armandinho está, muito bem, acompanhado de Marcelo Brasil na bateria, Rudson Daniel na percussão, Cezário Leone no baixo, e Yacoce no piano, acordeom e também assinando a direção musical.

agosto 03, 2009


AUTORAMAS ACÚSTICO !Nessa sexta, dia 7 de Agosto, Na Drinkeria Maldita Copacabana (Rua Aires Saldanha, 98) começa a temporada do Acústico do Autoramas.Essa temporada é uma prévia do lançamento do DVD e CD MTV Apresenta Autoramas Acústico que acabou de ser gravado no Rio de Janeiro.O show começa às 21 Hs PONTUALMENTE! Lista Amiga (R$ 15) na comunidade do Autoramas no Orkut:www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=497044