O choro popular de Armandinho Macêdo
Instrumentista arremessa disco ao vivo gravado em Salvador
Por Elias Nogueira
Moraes Moreira falou: “Quando Armandinho toca, percebe-se a diferença que há entre o talento e o gênio”. Realmente Moraes Moreira tem razão e isso pode ser comprovado em sua, mais verdadeira, essência no CD ‘Pop Choro’ que a Biscoito Fino está lançando do músico baiano. São 14 faixas do DVD ‘Pop Choro’ gravado em dezembro de 2006. “Este registro aconteceu na Casa da Bossa em Salvador. É um lugar onde tudo estava preparado acusticamente. Os caras gastaram uma fortuna para deixar a casa preparada para este tipo de evento. Começaram a trazer artistas de outros países. Era uma casa do tipo Jazzmania que havia no Arpoador – Rio de Janeiro” lembra Armandinho.
Consagrado como um dos grandes guitarristas nacional, Armandinho apresenta neste trabalho a síntese de suas principais vertentes artístico-musicais. O chorinho, misturado ao rock, pop e a música regional brasileira, interpretados com excelência por ele e sua banda, no seu estilo inconfundível de tocar o bandolim.
“Este registro ficou guardado durante algum tempo. Fiz a proposta para a Som Livre, mas não aconteceu. Trabalho instrumental, aqui no Brasil, é sempre uma coisa difícil. Mostrei para Biscoito Fino, através da Olívia Hime e, logo se interessaram. A idéia era de fazer um disco mais autoral reunindo todas as minhas músicas e as instrumentais mais representativas. Peguei até música da A Cor do Som e gravei com o Trio Elétrico. Na outra parte do DVD, coloquei minhas coisas mais recentes. Como era um show da noite, não tive como deixar de fora – Noites Cariocas”, diz.
Armandinho Macêdo – o sobrenome foi incorporado ao nome artístico há pouco tempo, para não ser confundido com o cantor gaúcho – começou cedo sua carreira musical. Impressionado com a facilidade com que o filho aprendia a tocar bandolim, o pai, Osmar Macêdo, um dos criadores do Trio Elétrico, resolveu passar para o filho seu repertório. Sem sofrer o trauma das aulas enfadonhas, Armandinho, aos dez anos, já liderava o Trio Elétrico Mirim, criado por Osmar para que o público tomasse conhecimento do extraordinário talento do menino.
Com 15 anos, o instrumentista venceu a eliminatória de A Grande Chance, programa apresentado por Flávio Cavalcanti na TV Tupi, com a final acontecendo no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Daí em diante, Armandinho, como qualquer jovem, começou a ouvir Beatles, Jimi Hendrix, Rolling Stones, sem esquecer suas origens, incorporando as distorções roqueiras ao bandolim tradicional e à guitarra baiana, instrumento no qual fez escola.
“O pop choro é minha marca e o meu jeito de tocar mesmo com banda. Tenho meu estilo de tocar bandolim feito guitarra. Acho que foi a coisa que mais marcou o som que tiro do bandolim para a galera guitarrista. Eu conheço muita gente que fala de chorinho dizendo que nunca escutou mas quando tem oportunidade de me ouvir se identifica com Jimi Hendrix. Isso é bacana porque aconteceu, também, na A Cor do Som. Principalmente, quando lançamos canções cantadas. Aquela galerinha se adorava!” esclarece.
Em ‘Pop Choro’, Armando une um e outro, em arranjos próprios ou de Yacoce, parceiro em uma das faixas, Um Tom pro Ernesto, onde reverenciam o mestre Ernesto Nazareth. Gravado ao vivo na Casa da Bossa, em Salvador, o repertório do CD tem também outros mestres, como Ary Barroso (Aquarela do Brasil), Sivuca (Forró Bachiano, com Armandinho), Jacob do Bandolim (Noites Cariocas) e parcerias com Kinho Xavier (Pop Choro Exaltação), Luiz Brasil (Lembrando Jacob, Pororocas e Jazziquifrevo), Zeca Barreto (Alto Leblon) e Luiz Caldas, que também faz uma participação especial (Bonitinho e Gostoso). Três composições são assinadas por Armandinho, Desde Garoto, Pop Choro Lento e Dança do Tempo.
Armandinho está, muito bem, acompanhado de Marcelo Brasil na bateria, Rudson Daniel na percussão, Cezário Leone no baixo, e Yacoce no piano, acordeom e também assinando a direção musical.
Instrumentista arremessa disco ao vivo gravado em Salvador
Por Elias Nogueira
Moraes Moreira falou: “Quando Armandinho toca, percebe-se a diferença que há entre o talento e o gênio”. Realmente Moraes Moreira tem razão e isso pode ser comprovado em sua, mais verdadeira, essência no CD ‘Pop Choro’ que a Biscoito Fino está lançando do músico baiano. São 14 faixas do DVD ‘Pop Choro’ gravado em dezembro de 2006. “Este registro aconteceu na Casa da Bossa em Salvador. É um lugar onde tudo estava preparado acusticamente. Os caras gastaram uma fortuna para deixar a casa preparada para este tipo de evento. Começaram a trazer artistas de outros países. Era uma casa do tipo Jazzmania que havia no Arpoador – Rio de Janeiro” lembra Armandinho.
Consagrado como um dos grandes guitarristas nacional, Armandinho apresenta neste trabalho a síntese de suas principais vertentes artístico-musicais. O chorinho, misturado ao rock, pop e a música regional brasileira, interpretados com excelência por ele e sua banda, no seu estilo inconfundível de tocar o bandolim.
“Este registro ficou guardado durante algum tempo. Fiz a proposta para a Som Livre, mas não aconteceu. Trabalho instrumental, aqui no Brasil, é sempre uma coisa difícil. Mostrei para Biscoito Fino, através da Olívia Hime e, logo se interessaram. A idéia era de fazer um disco mais autoral reunindo todas as minhas músicas e as instrumentais mais representativas. Peguei até música da A Cor do Som e gravei com o Trio Elétrico. Na outra parte do DVD, coloquei minhas coisas mais recentes. Como era um show da noite, não tive como deixar de fora – Noites Cariocas”, diz.
Armandinho Macêdo – o sobrenome foi incorporado ao nome artístico há pouco tempo, para não ser confundido com o cantor gaúcho – começou cedo sua carreira musical. Impressionado com a facilidade com que o filho aprendia a tocar bandolim, o pai, Osmar Macêdo, um dos criadores do Trio Elétrico, resolveu passar para o filho seu repertório. Sem sofrer o trauma das aulas enfadonhas, Armandinho, aos dez anos, já liderava o Trio Elétrico Mirim, criado por Osmar para que o público tomasse conhecimento do extraordinário talento do menino.
Com 15 anos, o instrumentista venceu a eliminatória de A Grande Chance, programa apresentado por Flávio Cavalcanti na TV Tupi, com a final acontecendo no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Daí em diante, Armandinho, como qualquer jovem, começou a ouvir Beatles, Jimi Hendrix, Rolling Stones, sem esquecer suas origens, incorporando as distorções roqueiras ao bandolim tradicional e à guitarra baiana, instrumento no qual fez escola.
“O pop choro é minha marca e o meu jeito de tocar mesmo com banda. Tenho meu estilo de tocar bandolim feito guitarra. Acho que foi a coisa que mais marcou o som que tiro do bandolim para a galera guitarrista. Eu conheço muita gente que fala de chorinho dizendo que nunca escutou mas quando tem oportunidade de me ouvir se identifica com Jimi Hendrix. Isso é bacana porque aconteceu, também, na A Cor do Som. Principalmente, quando lançamos canções cantadas. Aquela galerinha se adorava!” esclarece.
Em ‘Pop Choro’, Armando une um e outro, em arranjos próprios ou de Yacoce, parceiro em uma das faixas, Um Tom pro Ernesto, onde reverenciam o mestre Ernesto Nazareth. Gravado ao vivo na Casa da Bossa, em Salvador, o repertório do CD tem também outros mestres, como Ary Barroso (Aquarela do Brasil), Sivuca (Forró Bachiano, com Armandinho), Jacob do Bandolim (Noites Cariocas) e parcerias com Kinho Xavier (Pop Choro Exaltação), Luiz Brasil (Lembrando Jacob, Pororocas e Jazziquifrevo), Zeca Barreto (Alto Leblon) e Luiz Caldas, que também faz uma participação especial (Bonitinho e Gostoso). Três composições são assinadas por Armandinho, Desde Garoto, Pop Choro Lento e Dança do Tempo.
Armandinho está, muito bem, acompanhado de Marcelo Brasil na bateria, Rudson Daniel na percussão, Cezário Leone no baixo, e Yacoce no piano, acordeom e também assinando a direção musical.
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