julho 21, 2009

The Originals faz a festa em Toledo!
Banda carioca lança terceiro DVD/CD “A Festa Continua” na emblemática casa de shows - Empório Santa Maria.

Com mais de três anos de formação, o grupo The Originals detona o terceiro registro em DVD/CD. A banda criada em 2005 é formada pelos experientes, Miguel Plopschi (sax e produtor), Pedrinho da Luz (guitarra) e Cleudir Borges (teclados), todos ex-membros fundadores dos The Fevers, Ed Wilson (voz/violão) e Paulo César Barros ex-membros fundadores da banda Renato e seus Blue Caps, além de baterista Guto Angelicci (ex-Super Bacana), estarão se apresentando dia 25 - sábado no Empório Santa Maria.

Para esta apresentação, o grupo convidou o guitarrista e cantor paulistano Márcio Augusto, que participou como membro dos Originals na ocasião do segundo DVD.

Clássicos imortais como “Já Cansei”, “Sou Feliz”, “Ninguém Vive Sem Amor”, “Por Causa de Você”, “Pra Cima Pra Baixo”, “Onde Estão Teus Olhos Negros”, “Nathalie”, “Mar de Rosas”, “Vem Me Ajudar” dos The Fevers, estarão presentes na apresentação.

Marcio Augusto nos brindará com baladas e rocks imortais como “It´s Now Or Never”, “Jailhouse Rock”, “Hound Dog”, dentre outras.

Em outra parte do show o público poderá curtir, de perto, pérolas como “Vivo Só”, “Não Te Esquecerei”, “Não Quero Ver Você Chorar” e “Dona do Meu Coração” canções eternizadas por Paulo César Barros que foi a voz marcante do Renato e Seu Blues Caps durante anos.
“O Paulo Cesar Barros é considerado o maior baixista do Brasil, entrou no lugar do Nenê. Guto Angelicci (ex-Superbacana) no lugar do Netinho. O Guto foi sugerido pelo Pedrinho e o Paulo Cesar já tinha sido convidado por mim para fazer parte da primeira formação da banda”, entrega Miguel Plopschi.

O Empório Santa Maria fica situado Avenida Cirne Lima - Jardim Santa Maria em Toledo – (45)30545700.
É imperdível! (Elias Nogueira)
Artigo publicado originalmente na Gazeta do Paraná em 19072009

julho 17, 2009

Ringo Starr The Best

RINGO STARR
A estrela que não perde o brilho!


Richard Starkey Jr. residia com a mãe, Elsie, e o padrasto, Harry Graves, em um bairro humilde de Liverpool na Inglaterra. Quando era pequeno, passou por vários problemas de saúde, ficando internado três anos em hospitais de Liverpool. Por essa razão, ele acabou ficando atrasado na escola e, aos 15 anos, ainda aprendia a ler e escrever.

Em 1957 Richard Starkey Jr., que ficou conhecido como Ringo Starr, iniciou sua própria banda de skiffle com Eddie Miles, chamada The Eddie Clayton Skiffle Group. Em 1959, juntou-se ao grupo Raving Texans, que tinha como cantor Roy Storm. Posteriormente a banda trocou de nome para Rory Storm and the Hurricanes. Foi nesta época que ele adotou o nome artístico Ringo, por causa dos anéis que usava (ring, em inglês). Essa moda chegou ao Brasil tendo Roberto Carlos e Erasmo Carlos como os maiores ícones, dentre outros artistas que os seguiam.

Os Hurricanes fizeram uma turnê em Hamburgo em 1960, onde Ringo Starr acabou conhecendo os integrantes de outra banda de Liverpool, The Beatles. Este fato foi apenas o início de uma carreira espetacular.

Sir Ringo Starr integrou o maior grupo musical de todos os tempos na história do rock - The Beatles. E isto por si só bastaria, ainda que ele não fosse o grande músico que é.

Nascido em 07 de julho de 1940, Ringo Starr ainda é alvo de discussões ridículas do tipo "nunca foi um grande baterista" ou "sua bateria econômica poderia ter sido feita de forma competente por qualquer outro".

Aí passamos para a história de quem veio primeiro: o ovo ou a galinha? Fato é: os Beatles só conseguiram a fama após Ringo Starr ter assumido as baquetas - será coincidência?A verdade é que Ringo Starr é praticamente um caso único na música popular mundial. Um baterista com carreira solo formal que tem mais de vinte trabalhos lançados após a dissolução dos Beatles, sem contar com os discos ao vivo e DVDs de shows.

Em 1989 criou coragem para encarar turnês bem sucedidas com a sua All Starr Band - uma grande sacada de Ringo - onde se juntou com grandes nomes da nata do rock e com eles divide o palco, os holofotes e a atenção do público.

Nessa situação, Ringo só não deu as caras na América do Sul, mais precisamente no Brasil por incompetência, ignorância e desconhecimento dos nossos produtores. Perdemos formações antológicas da All Starr Band, já que Ringo se apresentou nos últimos anos pelo mundo ao lado de feras como Jack Bruce, Peter Frampton, Gary Brooker, Jim Keltner, Dr. John, Roger Hodgson, Joe Walsh, John Entwhistle, Todd Rundgren, Levon Helm, Greg Lake, Edgar Winter, Hamish Stuart, Colin Hay, Gary Wright dentre outros.

Outra verdade é que o mundo dos negócios, mais precisamente no mundo do rock, sempre foi rodeado de mitos e conceitos pré-estabelecidos que, de certa forma, rotularam de maneira equivocada os predicados dos músicos que realmente construíram a identidade desse estilo musical.

De repente o cara que toca um longo solo de guitarra usando um pedal super moderno, é tratado como melhor em relação ao guitarrista de acordes. Sentado no fundo do palco, o baterista que passa cinco minutos fazendo um solo é sobreposto àquele que acompanha magistralmente sua banda. Porém, quem há de negar que este lhe é superior? O caso do baterista dos Beatles encaixa certinho no que escrevo.

Ringo Starr é um baterista preciso, hábil e extremamente técnico, criou para os Beatles uma sonoridade peculiar, que certa vez fez John Lennon declarar: "Se começo a criar alguma coisa, Ringo sabe exatamente aonde quero ir". George Harrison também declarou que: "Tocar sem Ringo é como dirigir um carro com três rodas”. Paul McCartney também disse: “Ringo é o baterista que mais gosto de tocar”.

Com estilo próprio, Ringo Starr fez com que fosse dada mais importância ao modo como se afinava uma bateria, amortecendo o som dos tambores e subvertendo a forma como eram tocados os compassos compostos. Canhoto e tocando uma bateria para destros, Starr reinventou ao longo de sua carreira um estilo de tocar bateria e não “bater” bateria como muitos bateristas novos falam.

Temos vários bateristas, famosos, que tocam o instrumento por causa do Starr. Poderia listar uma infinidade de nomes, mas isso não vem ao caso. Vale informar que além de tocar bateria, cantar e compor, Ringo toca piano, violão e percussão.

Aguardem que Ringo está preparando novidades para 2009. Recentemente ele apareceu ao lado do amigo Paul MacCartney num concerto beneficente. Tenho certeza que será lançado em grande estilo.

Fiz este artigo apenas para esclarecer algumas coisas do exelente músico que a cada dia me surprende com sua carreira e amor pela música e, também, desejar feliz aniversário ao mestre dos tambores. Vida longa ao melhor baterista de todos os tempos!

Abaixo uma relação de lançamentos de Ringo Starr. Vale ressaltar que tudo que se refere a discografia e até filmografia, dos Beatles e seus integrantes em carreira solo, nunca será completa. Sempre existirão coisas a serem atribuídas. Portanto, se faltar alguma coisa não será nada anormal.

Discografia com os Beatles

LPs

A discografia brasileira começa com capas e seleções de músicas diferentes das versões inglesas e americanas. Os álbuns também possuíam nomes diferentes dos
LPs ingleses e americanos, com exceção de Os reis do Iê Iê Iê (versão igual ao LP inglês chamado A Hard Day's Night).

Beatlemania (1963)
Beatles Again (1964)
Os Reis do Iê, Iê, Iê (1964)
Beatles 65 (1965)
Help! (1965)

A partir de Rubber Soul, a discografia brasileira seguiu os lançamentos ingleses.

Rubber Soul (1966)
Revolver (1966)
Beatles Oldies...but goldie's (1967) - Coletânea
Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band (1967)
The Beatles ou Álbum Branco (1968)
Yellow Submarine (1968)
Abbey Road (1969)
Hey Jude (álbum) (1970) - Coletânea
Let it be (1970)
Beatles forever (1972) - Coletânea rara, primeira prensagem, pois a música Penny Lane tem dois erros - parada na música e um erro de rotação, se for da primeira tiragem.
The Beatles 1962/1966 (1973) - Coletânea
The Beatles 1967/1970 (1973) - Coletânea

Em 1975 os primeiros álbuns foram relançados, do mesmo modo que os lançamentos ingleses enquanto os discos Beatlemania, Beatles Again, Beatles 65 foram retirados de circulação. Os outros álbuns foram reeditados e continuaram com mesmo nome e capa - Rubber Soul, Revolver, Sgt Pepper's, The Beatles, Yellow Submarine e Let it be.

Please Please Me (1975)
With the Beatles (1975)
Beatles for Sale (1975)
Help! (1975)

Lançamentos após o término da banda.

The Beatles were born (1975) - LP lançado somente no Brasil
Magical Mystery Tour (1976) - Igual ao lançamento americano de 1967.
The Beatles at Hollywood Bowl (1977) - Igual ao lançamento inglês. Tratava-se de um álbum que juntou shows feitos no Hollywood Bowl de Los Angeles feitos em 1964 e 1965.

Love songs (The Beatles Album) (1977) - Coletânea com baladas
Rarities (capa azul) (1980) - Igual ao lançamento inglês, coletânea de músicas presentes em compactos que não estiverem presentes em nenhum álbum oficial.

Rarities (1980) - Igual ao lançamento americano, idem ao Rarities inglês, só que com seleção de músicas diferente da versão inglesa.
Ballads (1980) - Igual ao lançamento inglês
The Beatles Story (1981) - Igual ao lançamento inglês
20 Greatest Hits (1982) - Coletânea igual ao lançamento inglês
Rock and Roll Music - Coletânea
Reel Music - Coletânea com músicas dos filmes

CDs
Lps que foram relançados em
CDs no final da década de 90.

Please Please Me - Álbum originalmente lançado em 1963.
With the Beatles - Álbum originalmente lançado em 1963.
A Hard Day´s Night - Álbum originalmente lançado em 1964.
Beatles For Sale - Álbum originalmente lançado em 1964.
Help! - Álbum lançado originalmente em 1965.
Rubber Soul - Álbum lançado originalmente em 1965.
Revolver - Álbum lançado originalmente em 1966.
Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band - Álbum lançado originalmente em 1967.
Magical Mystery Tour - Álbum lançado originalmente em 1976 cujas gravações são de 1967.
The Beatles ou Álbum Branco - Lançado originalmente em 1968.
Yellow Submarine - Álbum lançado originalmente em 1968.
Abbey Road - Álbum lançado originalmente em 1969.
Let It Be - Álbum lançado originalmente em 1970.
The Beatles 1962–1966 - Coletânea Vermelha, álbum lançado originalmente em 1973.
The Beatles 1967–1970 - Coletânea Azul, álbum lançado originalmente em 1973.
Love Songs - Álbum lançado em 1977.

Novos lançamentos, alguns foram lançados em vinil e outros em
CDs

Past Masters: Volume 1 - 1988
Past Masters: Volume 2 - 1988
Live at the BBC - 1994
Anthology 1 - 1995
Anthology 2 - 1996
Anthology 3 - 1996
Yellow Submarine Song track - 1999
1 - 2000
Let it Be... Naked - 2003
Capitol Álbuns - Volume 1 - 2004
Capitol Álbuns - Volume 2 - 2006
Love - 2006

Compactos Brasileiros


Simples
Please please me / From me to you (janeiro/1964)
I Want To Hold Your Hand / She Loves You (março/1964)
Long tall Sally / I call your name (dezembro/1964)
I feel fine / If I fell (abril/1965)
Eight day's a week / Rock and roll music (outubro/1965)
This boy / Ticket to ride (junho/1966)
Michelle / Yesterday (agosto/1966)
Paperback writer /
Rain (dezembro/1966)
Yellow Submarine / Eleanor Rigby (março/1967)
Strawberry Fields Forever / Penny Lane (junho/1967)
All you need is love / Baby you're rich man (agosto/1967)
Hello, Goodbye /
I am the walrus (dezembro/1967)
Lady Madonna / The inner light (abril/1968)
Hey Jude / Revolution (dezembro/1968)
Ob-La-Di, Ob-La-Da / Old brown shoe (dezembro/1968)
Something / Come together (novembro/1969)
Let it Be / You know my name (maio/1970)

Duplos
Twist and shout; Taste of honey / Do you want to know a secret; There's a place (julho/1964)
I want to hold your hand; This boy / She loves you;
Love me do (setembro/1964)
A hard day's night; I should have known better /
Can’t buy me love; And I love her (dezembro/1964)
Help; I'm down / Not a second time; Till there was you (outubro/1965)
Yesterday; Act Naturally / You like me too much; It's only love (junho/1966)
You like me too much; Tell me what you see / Dizzy Miss Lizzy; Yes it is (outubro 1966)
Anna; Chains / Misery; I saw her standing there (julho/1966)
All you need is love ; Baby you're rich man / Penny Lane; Strawberry fields forever (dezembro/1967)
Magical mistery tour; You mother should know / I'm the walrus /
The fool on the hill; flying / Blue Jay way. Este com dois compactos duplos e um encarte que contava a história do filme Magical Mystery Tour. (março/1968)

Lançados em 1975
Em 1975 os compactos, também, foram relançados em 45 rpm.

Love me do / PS I love you
From me to you / Please please me
She loves you / I want to hold your hand
A hard day's night / I should have known better
Can't buy me love / You can't do that
I call your name / Long tall Sally
She's a woman / I feel fine
Rock and roll music / Eight days a week
Help / I'm down
Day Tripper / We can work it out
This boy /
Ticket to ride
Michelle / Yesterday
Papperback writer / Rain
Yellow Submarine / Eleanor Rigby
Strawberry fields forever / Penny Lane
All you need is love / Baby you're rich man
Hello Goodbye / I'm the walrus
Lady Madonna / The inner light
Hey Jude / Revoloution
Ob-la-di, ob-la-da / While my guitar gently weeps
Back in the URSS / Twist and Shout
Something / Come together
The ballad of John and Yoko / Old brown shoe
Get back / Don't let me down
Let it be / You know my name


Carreira solo
Sentimental Journey -
1970
Beaucoup of Blues -
1970
Ringo -
1973
Goodnight Vienna -
1974
Blast From Your Past -
1975
Ringo's Rotogravure -
1976
Ringo IV -
1977
Scouse the Mouse,
1977
Bad Boy -
1978
Stop And Smell The Roses -
1981
Old Wave -
1983
Starr Struck - Best of Ringo Starr Vol. #2 -
1989
Time Takes Time - 1992
Vertical Man -
1998
VH1 Storytellers -
1998
I Want To Be Santa Claus -
1999
The Anthology... So Far -
2001
Ringo Rama -
2003
Tour 2003,
2004 Choose Love - 2005
Liverpool 8 -
2008

Com a All Starr Band
Ringo Starr and His All-Starr Band -
1990.
Ringo Starr and His All Starr Band Volume 2: Live From Montreaux -
1993
Ringo Starr and His third All Starr Band - Volume 1-
1995.
King Biscuit Flower Hour Presents Ringo & His New All Starr Band -
2002
Tour 2003/
2004.
Ringo Starr and Friends -
2006


Filmes importantes que Ringo participou.
A Hard Day's Night (1964) com
Paul McCartney, John Lennon e George Harrison.
Help! (1965) com Paul McCartney, John Lennon e George Harrison.
Magical Mistery Tour (1967) com Paul McCartney, John Lennon e George Harrison.
Candy (1968) com
Marlon Brando, Richard Burton, Walter Matthau e Charles Aznavour.
The Magic Christian (1969) com
Peter Sellers.
Let It Be (1970) com Paul McCartney, John Lennon e George Harrison.
200 Motels (1971) com Frank Zappa.
Blindman (1971)
Born to Boogie (1972)
O Filho de Drácula (1974) com
Harry Nilsson.
Lisztomania (1975)
O Homem das Cavernas (1981) com Barbara Bach e
Dennis Quaid.
Give My Regards to Broadstreet (1984) com
Paul McCartney.

julho 01, 2009

Forfun


Forfun lança seu esperado terceiro disco, Polisenso, composto e gravado ao longo de três anos nos quais, muita coisa aconteceu. Grupo que até então era de adolescentes começaram a tocar seus instrumentos – e que no momento seguinte já saíram correndo atrás de palcos que abrigassem o seu som insolente. Hoje mais maduros, vivem da música. Cresceram com a música e com ela criaram o seu próprio universo, repleto de sons, imagens, cores, idéias, percepções, etc. e tal. Polisenso nasceu de uma viagem. Os quatro rapazes alugaram uma casa no bairro carioca de Botafogo, fizeram as adaptações para montar um estúdio e não saíram mais de lá. Entre leituras, papos, descobertas, audições de discos e infindáveis jams, eles fizeram, entre março de 2007 e fevereiro de 2008, toda a composição e a pré-produção de Polisenso. Estive no estúdio Corredor 5 para conversar com a banda no dia 7 de abril no bairro carioca Leblon. Vejam o que Danilo, Vitor, Rodrigo e Nicolas falaram.

Por Elias Nogueira

- Terceiro disco. Mas é incluído aquele primeiro, que vocês lançaram antes do - Teoria Dinâmica Gastativa produzido por Liminha?

Danilo
- Nós lançamos o primeiro que era independente mesmo! Era nosso primeiro álbum. Abriu muitas portas para nós. Vendíamos em todos os shows que fizemos. Arrumávamos uma banca e vendíamos. Foram umas 3.000 cópias. Tocamos em alguns estados do Brasil. Vendia pela internet também. Isso já tem mais de seis anos.

Vitor
- Teoria Dinâmica Gastativa tem uma peculiaridade. Um pouco mais da metade, ele tem dezesseis faixas, são músicas do primeiro CD. Foi melhorando a qualidade de gravação e os arranjos mudaram um pouco. Teve o detalhe das letras que modificamos alguma coisa.

- Quando o Liminha pegou vocês para trabalhar, deu um impulso na carreira banda.

Danilo
- O Liminha veio somar. Aprendemos muito com ele. Técnicas, gravações... O estúdio Nas Nuvens é maravilhoso, grande tem de tudo. Até o fato de ter feito o selo foi bom demais. Tivemos uma exposição muito boa. Em termos de divulgação, conseguimos alcançar coisas que até então não havíamos conseguido. Nossa música tocou nas rádios e chegamos em, quase, todo o Brasil. Abriu as portas para aumentar o número de shows. A banda vinha numa crescente, internet e tal... A partir daquele momento foi um empurrão muito bom!

Vitor
- Em São Paulo, nunca tocamos em rádio, mas aparecemos muito bem na MTV. Teve uma assessoria de imprensa muito boa. No Rio rolou bastante coisa também! Foi nosso Carro-Chefe.

Nicolas
- Fizemos festivais como, Planeta Atlântico, Festival de Verão de Salvador, Ceará Festival... Podemos mostrar nossa cara para um público grande. Isso nos colocou mais em evidência.

Vitor
- Naquela época, final de 2005 e 2006, aparecemos na grande mídia. Coisa que até então, não havíamos conseguido, em termos de jornais e revistas, revistas eletrônicas. A internet nos ajudou muito. 2007 também foi um ano muito bom pra banda!

- E o Liminha? Como ficou a relação da banda com ele?

Danilo
- Tranqüilo. Na verdade, não teve briga, foi apenas incompatibilidade de tempo.

Vitor
- Idéias também. A banda começou ir para outro lado, prova disso é esse novo disco, fugindo do comum.

Danilo
- Acho que independente disso, ele gravaria também! O Liminha já produziu o Titãs, que cada disco era uma coisa diferente... Em minha opinião foi por causa de tempo. Acho que o interesse do selo era uma coisa, muito, mais focado para um público adolescente e isso já estava ficando desconfortável para nós e queríamos fugir disso. Outra coisa foi que começamos a colocar nas temáticas das músicas coisas mais maduras e tentando fugir do lugar comum. Tentamos fazer com mais conteúdo. E o interesse do selo era uma coisa mais pop. Ele estava produzindo, viajando para o exterior e coincidiu que a banda estava querendo gravar naquele momento e o tempo já estava no final. Então resolvemos gravar sozinhos. Mas está tudo numa boa.

- Teve um hiato de 2005 até 2009, até vocês lançarem novo disco.

Rodrigo
- Incrivelmente, conseguimos nos manter bem! Conseguimos nos segura legal. Fizemos muitos shows! Amadurecemos como banda e ficamos mais velhos. Com isso as idéias mudam.

- Como foi que deu o estalo de lançar disco novo?

Danilo
- Quando lançamos o Teoria Dinâmica Gastativa era uma época de transição, estávamos vindo de faculdade, a galera trabalhava em loja. O pessoal estava se desvencilhando dessas coisas para poder assumir uma carreira artística. Nós não tínhamos esquema de compor, de trabalho...

Vitor
- Foi fundamental para assumir o profissionalismo, quando alugamos uma casa, em Botafogo, no final de 2006. Fizemos um estúdio e marcamos uma rotina durante a semana e nos finais de semanas fazíamos shows e sempre renovávamos o roteiro da apresentação. Durante o intervalo, no disco, conseguimos manter nosso público de uma maneira que enchiam os lugares onde tocávamos.

Rodrigo
- Teve lugares que tocamos mais de quatro meses.

Vitor
- isso mesmo! Mas foi a maneira, que tivemos para dar uma renovada. Lançamos duas músicas novas ao vivo. Foi muito legal.

- Neste tempo, vocês foram convidados a participar de alguns projetos.

Danilo
- Trabalhos no Tributo ao Renato Russo – Renato Russo pra sempre. Inclusive, percebemos que você, Elias, trabalhou nesse dia! Foi muito importante para nossa carreira. Fizemos também uma participação com Charles Brown Jr. Conhecemos o Chorão num desses festivais. Ele escutou nosso som gostou e, nos convidou a fazer uma participação numa composição com eles, em seu último disco. Fizemos arranjos juntos - guitarra, baixo e bateria, nós fizemos mais uma guitarra. Dividimos uma parte da letra com Chorão e parte do arranjo. Foi muito bacana! Fomos para São Paulo gravar com ele. O disco saiu ano passado.

Rodrigo
- Teve o DVD da MTV com quatro bandas.

- Por falar em DVD, qual será a hora do Forfun lançar o seu? Vejo que vocês se apresentaram em festivais que poderia gerar registro em vídeo.

Rodrigo
- Acho que faltava material para fazermos um DVD. Acho muito cedo para isso.

Danilo
- Estamos esperando uma oportunidade, legal, para fazermos um DVD. Precisamos estar bem maduro para tal coisa. O show tem que estar bem amarrado. O último show que fizemos como lançamento do disco no Circo Voador (RJ), dia 28 de março, foi incrível. Estamos amadurecendo a idéia de fazer um DVD. A hora vai chegar.

- Como foi o processo de criação disco? Vocês fazem a letra pensando na música ou ao contrário?

Vitor
- Mais a letra pensando na música. Conforme te falamos, alugamos aquela casa, fizemos a reforma no quarto para se transformar num estúdio. Passou o Carnaval de 2007, nos enfurnamos na casa.

Nicolas
- Tinha um esquema de moradia. Dormíamos por lá.

Vitor
- Nós arrepiamos nas composições, fazendo uma pré-produção, oportunidade que nunca tínhamos tido. Gravamos tudo que vinha a cabeça. As idéias de arranjos, letras, músicas, timbres, incorporando elementos que nunca havíamos usado. Foi tudo troca de idéias. Foi ali que começou a criação do disco. Muita coisa foi mudando até finalizar.

- No inicio, vocês eram uma banda mais direcionada em um segmento de música. Era um rock mais pesado e continua sendo pesado. Polisenso tem uma miscigenação de ritmos. Rock, folk, reggae, latina, funk... Era uma banda adolescente. Como foi que aconteceu essa mudança?

Danilo
- Acho que isso foi em função de nossa maturidade. Coisas de nossas cabeças. Acho que esse lance de alugar a casa nos deu uma dimensão maior para que pudéssemos adquirir influências boas. Descobrimos Os Novos Baianos e são quatro pessoas trazendo e trocando idéias de outras bandas que admiramos e que nos influenciaram de certa maneira. Os Novos Baianos é um exemplo que gostamos e curtimos muito. Eles faziam uma salada de ritmos. Essa era a idéia mesmo. Curtimos muitos ritmos jamaicanos... Esses tipos, de groove, para dançar.

Rodrigo
- Fomos vivenciando os lugares que passamos a freqüentar e fomos para um lado, musical, mais dançante. É a mesma coisa de tempos passados, só que agora estamos com mais experiências e estamos descobrindo coisas boas.

Danilo
- Polisenso é a cara da banda e somos nós sem tirar nem por. Espero que o povo goste. Já estamos com grande receptividade nos shows. Tocamos músicas novas e o pessoal está curtindo bastante. Prova disso foi o show do Circo Voador.