outubro 29, 2007

Patty Ascher


Desafio e idéia maravilhosa

Patty Ascher, cantora paulistana faz estréia em disco com ´Bacharach Bossa Club´. Desafio que muitos não tiveram coragem: transpor clássicos do compositor norte-americano, maestro, arranjador Burt Bacharach para a Bossa Nova. Bacharach, um dos grandes mestre da música pop e muito sofisticado, é conhecido pela maestria e beleza de suas canções elaborando harmonias impecáveis. Roberto Menescal, é quem chancela a produção e arranjos. Ele propôs à intérprete três projetos e ela, envolvida com a música de Bacharach desde a infância, não hesitou em escolher trabalhar com o songbook do compositor. Cantora de timbres vocais afinadíssimos com ilimitados recursos técnicos e com feeling de jazz não deixa nada a desejar se compararmos as divas reconhecidas internacionalmente. Patty é filha de Neno, ex-integrante dos Clevers, Incríveis e Jordans. Ou seja, cresceu ao som de boa música. O repertório de ´Barcharach Bossa Club´ é de primeira linha, com maravilhas como: I Say a Little Prayer, Do You Know The Way To San Jose, I’ll Never Fall In Love Again, Wives and Lovers, Raindrops Keep Fallin’ On My Head, (They Long To Be) Close To You, Walk On By e One Less Bell To Answer, entre outras. Em bate papo com o International Magazine, a nova diva do disco fala do lançamento, da carreira e outras coisas.

- Patty, gostaria que comentasse um pouco de sua carreira. Como começou, influências, o que você escuta...
- Por incrível que possa parecer, meu pai era ídolo na jovem guarda. Então, cresci ouvindo Beatles, Aretha Franklin, Doors...Só fui ouvir música brasileira depois dos 20 anos . Logo, tenho grande influência da música negra americana e acredito que seja uma marca importante na minha maneira de cantar.

- Quantos discos você têm lançado?
- Sempre cantei, venho de família de músicos...gravei jingles, trilhas, fiz coro.Gravei outros cds, mas sinceramente considero que somente agora – com este projeto – estou começando ma carreira musical. Salve Menescal

- Foram colocadas a você três amostras para um possível projeto. Porque você escolheu Burt Bacharach? Quais eram os outros dois?
- Escolhi Bacharach porque ele está entre nós e quero celebrar a vida. Acredito que homenagear os grandes mestres – como é o caso do Menescal – é muito melhor quando eles estão entre nós. Os outros dois projetos eram: Carpenters em Bossa ou Tom Jobim em língua inglesa. Projetos incríveis também...foi difícil escolher.

- Cantar Bacharach é uma tarefa difícil. Você deve saber que o maestro e compositor foi interpretado por vários artistas de renomes mundial. Até os Beatles gravaram canções de Burt Bacharach. Como você conviveu com essa responsabilidade? Você já conhecia a obra do maestro?
- Tenho uma memória afetiva com Bacharach, músicas da minha infância. Então, existe uma familiaridade grande. Aliás, nos shows o público canta junto comigo muitas músicas. Todo mundo tem histórias de vida com estas músicas. A responsabilidade foi enorme – você tem razão – principalmente pela produção e arranjos do Menescal. Para mim, ele também é um dos maiores músicos do mundo, com uma história incrível, uma carreira memorável...então, Bacharach ou Menescal...são grandes ídolos para mim.

- Você já havia feito alguma coisa com Roberto Menescal? Já o conhecia?
- Foi o primeiro projeto (espero que de muitos que virão). E não o conhecia pessoalmente. Foi amor à primeira vista.

- Como foi trabalhar com Menescal?
- Foi uma experiência deliciosa. Grande músico, calmo, entende muito da indústria e já dirigiu projetos memoráveis de grandes nomes. Ah: e adora bromélias, jardinagem, mergulho...um ser humano incrível.

- Como foi feita a seleção de repertório? Você teve participação na escolha?
- Bem, selecionei 50 músicas - só super sucessos. Aí, junto com Menescal, reduzimos para 25 e finalmente escolhemos, juntos, as 14 que estão no cd. Tarefa árdua e sobrou material para outro cd...volume 2...já pensou?

outubro 23, 2007

Sérgio Benchimol



Ele é fundador da banda de rock progressivo – Semente - lançou um disco de estúdio e um CD/DVD gravado ao vivo no Museu Nacional de BeLas Artes no Rio de Janeiro. Fundou também o grupo instrumental True Illusion - com dois discos lançados, sendo um ao vivo e, um DVD ainda inédito - grupo que foi revelação do ano de 2000, no segmento instrumental. Os dois grupos tiveram seus discos indicados para concorrer o prêmio (Laras), uma espécie de Grammy Latino. Em 2004, ele lança, em carreira solo, o bem sucedido “A Drop In The Ocean, An Ocean In A Drop” onde obteve boa aceitação da imprensa.
Em tempo: Ele arremessa “Ciclos Imaginários”, disco totalmente autoral onde conta com participações e produção requintada. Em entrevista exclusiva, o músico, compositor e surfista nas horas vagas, fala do mais novo trabalho. Com vocês! Sérgio Benchimol!

- Gostaria de que você falasse do disco “Ciclos Imaginários”. Como foi escolhido o título?

- A partir do título da última música composta para piano e grupo. A música remete às diversas fases da vida. Da infância a maturidade, em ciclos imaginários.

- Como foi feito o repertório?

- Ele foi elaborado para este disco ou você já vinha compondo?
É uma mistura de idéias antigas com composições novas que combinam bem entre si e que refletem momentos bem pessoais de minha vida.

- Como adquire inspiração para a criação?
- Toda inspiração vem do prazer de tocar. Se não há prazer em tocar, não rola.

- Vejo que você se cercou de ótimos músicos. David Ganc, Eduardo Morelenbaum, Jessé Sadoc, Rafael Barata, Lui Coimbra, dentre outros. Como você conseguiu reunir todos num único disco?
- Na verdade é uma continuação do disco anterior. Fui aluno e sou amigo do David há muitos anos. Os músicos foram indicações dele, com exceção do Rafael Barata que toca comigo há alguns anos

- Sendo o segundo disco solo, o que diferencia “Ciclo Imaginários” do anterior “A Drop In The Ocean, An Ocean In A Drop” de 2004?
- Este disco é totalmente acústico com arranjos de quarteto de cordas e sopros. Nele toco dois instrumentos, violão e piano.

- Fale-me como foi feito à produção.
- As gravações começaram logo que terminei o “Drop In The Ocean...”, ainda em 2004. A partir das gravações vieram os arranjos, mixes etc.. De acordar com a disposição e disponibilidade de tempo e sem stress.

- Você fez parte de duas bandas (Semente e True Illusion) que chegaram a fazer um reboliço no Rio de Janeiro, lançando discos e DVDs. Pretende lançar mais coisas dos grupos, ou virou passado?
- Pretendo lançar o CD/DVD do True Illusion com Márcio Montarroyos que não foi lançado na época.

- Vamos fazer um faixa a faixa?

Terral II.
- A fonte de inspiração foram os dias de surf, com aquele vento terral soprando, sol e altas ondas levando a pessoa a sentir a presença do criador na sua obra, o que nos dá uma alegria interior e uma gratidão por viver esses momentos.

Oregon Montains.
- Idem em relação às montanhas. Principalmente as nossas montanhas cariocas da Mata Atlântica.

Daqui pra li.
- Um momento de introspecção. Pra quem está num momento de solidão se fixa no dark side da vida mas depois se toca e percebe que nunca estamos completamente sós. Nada como um bom som para levantar o astral.

Depois da Praia.
- Essa faixa e a anterior estão ligadas. Se na primeira a referência é pessoal, essa é coletiva. Trata da percepção de um momento especial que está por vir em que todos vão sacar que o grande lance, é viver em paz. O que um dia de praia não faz...

Shadow Valley.
- A curtição do stress, da tensão, num naipe de sopros excepcional, solos de trompete, violino e sax da pesada. Um dia de surf com mar gigante e muita adrenalina.

Ciclos.
- Já falei no início. Vale destacar o arranjo num clima que me lembra os bons momentos de Charles Mingus

Haverá show de lançamento?
- Talvez...

outubro 18, 2007

Nectar apresenta: Festa Indiana & Tributo a George Harrison !

É com grande satisfação que estaremos realizando no dia 26 de Outubro - Sexta-feira - este maravilhoso e, imperdível, evento multi-cultural , gastronômico, místico, musical e de confraternização em torno da cultura oriental e do ex-beatle George Harrison.

PROGRAMA:
Inicio 19h: Exposição de um vasto acervo da obra de George Harrison: Livros, Lps, fotos, pôsteres, reportagens, cds, dvds etc...
Quitutes especiais lacto-vegetarianos da culinária indiana!

19h30: Cerimônia de abertura “Agnihotra”, ritual hindu do fogo para a purificação do karma individual e planetário!

20h: Desfile de trajes indianos.

20:15h: Apresentação de Dança Indiana.

20:30: Mantras & Bhajans com instrumentos orientais.

21h: Exibição no telão de imagens raras no documentário “Hare Krishna Temple” com George Harrison sua musica e ligação com a espiritualidade oriental.

23:00h: Show Tributo/Homenagem a George Harrison acontece com o grupo "Dark Horse Band" - Cleber Beckman: voz, violão e teclado; Ruben Fernandes: voz, violão, guitarra slide; Henrique Bonna: voz e guitarra; Sergio de Carvalho: baixo, sitar e tabla; Marcelo Rodrigues: bateria. A banda irá tocar canções de George Harrison em carreira solo e também de sua ex-banda The Bealtes.

Em 29 de Novembro de 2001, deixava este mundo um dois maiores músicos e guitarristas da história: GEORGE HARRISON. Antecipamos esta merecida homenagem a ele, onde os fãs nestes seis anos de saudades, poderão relembrar um pouco da grandiosa vida e obra de um ser humano diferenciado, sensível, quieto, introspectivo, místico, ecologista, talento musical extraordinário e que também, modestamente, gostava de ser conhecido e até mesmo se auto-intitulava como um simples e dedicado “jardineiro”.

George nunca se deixou dominar pela fogueira das vaidades reinante no meio artístico, ao contrario, utilizou sua fama, prestigio e recursos financeiros para realizar diversas obras a serviço da humanidade como no antológico e pioneiro evento beneficente “Concerto para Bangladesh”. Venha celebrar conosco no maior astral esta festa tão especial! Namastê! (Sergio Carvalho)

Local: NECTAR
Estrada dos Bandeirantes 22.774 * Vargem Grande * RJ
DATA: 26 de Outubro (Sexta-feira) 2007
ATENÇÃO: Inicio do Evento: 19h
ENTRADA FRANCA até às 22h.
Das 22h até às 23h, o ingresso custa: R$10 a partir da 23h é R$15.

Informações:
2428 13 87 e 9168 71 09 (Sergio)
3787 72 34 e 9832 33 36 (Narayana)


PRIMEIRO PLANO

Personagem da semana - George Harrison
O ex-beatle que dedicou sua vida à busca espiritual será tema de um documentário dirigido por Martin Scorsese

O melhor filme sobre a história dos Beatles, na opinião de George Harrison, foi o longa-metragem The Rutles, um documentário fictício estrelado pela trupe de comediantes Monty Python. Em uma hora e 16 minutos de piadas perfeitas, o filme destroça o mito da beatlemania e humilha os maiores astros da música pop. Até o subtítulo – “Você só precisa de dinheiro” – é um contraponto sádico à utopia dos Beatles, que certa vez cantaram: “Você só precisa de amor”. Harrison adorou a ironia. “É o filme que mais se aproxima da verdade”, disse.

Na terça-feira, o diretor Martin Scorsese anunciou que fará um documentário sobre George Harrison. Não será uma paródia, como The Rutles. George, vitimado por um câncer na garganta em 2001, será assunto para um dos mais influentes cineastas vivos e aquele que mais entende de rock-‘n’-roll. Em 1978, Scorsese filmou a última apresentação do grupo The Band. O resultado, A Última Valsa, é considerado o melhor filme sobre o gênero. Nos últimos anos, lançou documentários sobre Bob Dylan e Rolling Stones.

“A música e a busca espiritual de Harrison ressoam ainda hoje”, disse Scorsese no anúncio da empreitada. “Estou ansioso para mergulhar mais fundo.” Ele terá acesso ao vasto arquivo de família e fará entrevistas com os ex-beatles sobreviventes. A expectativa é que Scorsese traga à tona lados menos conhecidos da personalidade do músico, como seu grande senso de humor.

George, o mais novo dos quatro beatles, ficou conhecido como o “beatle quieto”. Filho de um motorista de ônibus, ele nasceu em 1943 e foi criado na Inglaterra entre as severas restrições do pós-guerra. A escola não o interessava. Foi buscar empolgação no ritmo skiffle, um gênero parecido com o rock. Varava madrugadas ruminando as notas, de violão em punho, até os dedos sangrarem. Na escola, conheceu Paul McCartney, que o convidou a integrar a bandinha The Quarrymen. John Lennon, o líder do grupo, não aprovava a idéia de ver um pirralho seguindo seus passos. Apesar de o convite ter partido de Paul, foi com Lennon que George mais se identificou. Ele adorava o senso de humor sardônico e as atitudes desvairadas do colega. Eles se tornariam grandes amigos.

Mesmo à sombra de dois talentos inigualáveis, George se destacava pelo bom gosto e pela economia, criando frases musicais lembradas com a mesma facilidade que a melodia principal. Compôs clássicos como “While My Guitar Gently Weeps” e “Taxman”. Mas tudo deve passar.

Alguns anos e muitos sucessos depois, George estava amargurado com as duas músicas a que tinha direito. “Eu tinha tantas músicas que precisaria de cem discos para lançar o que eu tinha guardado em 1965”, disse. A atmosfera das gravações se tornara irrespirável. Nas sessões de Let It Be, as câmeras captaram uma discussão entre George e Paul. “O que você quiser que eu faça, eu faço. Se você quiser, eu não toco mais nada”, disse George. Lennon olhava, impávido, preso no estupor da heroína que corria em suas veias. A presença de Yoko Ono também não ajudava. A maior banda de todos os tempos morria ali.

O jovem ávido por respostas espirituais encontrou o que queria no som da cítara, instrumento que deu origem à guitarra. O instrumento indiano levou George a se interessar pelo hinduísmo, religião que seguiu até o fim da vida. Adepto da meditação transcendental, ele defendia a espiritualidade como alternativa às drogas.

A filosofia da impermanência, um dos pilares das religiões orientais, tornou-se um segundo dialeto para ele. O desapego com que encarou as mudanças reflete-se em cada segundo de All Things Must Pass, seu primeiro LP pós-Beatles, lançado em 1970. Dali saiu o single de maior sucesso em sua carreira: “My Sweet Lord”, uma canção em que os gritos de “aleluia” se transformam em “Hare Krishna”. Era uma canção de amor a Deus.

Em 1971, no auge do sucesso, George reuniu Bob Dylan, Ringo Starr e Eric Clapton num show cuja renda seria revertida para a população de Bangladesh, que vivia o flagelo da guerra civil. Foi o primeiro concerto beneficente envolvendo celebridades, fenômeno que se repete com freqüência de lá para cá.

George passou a década de 1970 afastando rumores da sonhada reunião com os beatles. Concentrou-se nos próprios trabalhos, uma coleção de seis LPs cravejados de faixas memoráveis. Na década seguinte, produziu filmes. Não deu certo. Sem problemas. Voltou à música e conquistou a geração MTV com Cloud Nine, em 1989.

Silenciosamente, George saiu de cena e se dedicou à jardinagem, em seu castelo em uma região nobre da Inglaterra. Foi ali que viveu o drama de ser esfaqueado por um fã enlouquecido, em 1999. Já diagnosticado com câncer, ficou ainda mais recluso do que era. As palavras escolhidas pela viúva, Olivia, para anunciar sua morte, coroaram a busca espiritual do grande homem: “Ele se foi deste mundo como viveu, consciente da existência de Deus, sem medo da morte e em paz”. (Texto extraído da Revista Época - dia 8 de outubro de 2007) - autor: Marcelo Zorzanelli

outubro 10, 2007

StereoMoog

A mais nova revelação do pop/rock, StereoMoog vem da Bahia, Rio de Janeiro e Paraná – Chris Duk no vocal , Rafael Oliveira na percussão, Gabriel Mariano na guitarra e Rafael Fiúza na bateria, detonam o primeiro disco de carreira e totalmente autoral “Pra Frente é que se Anda” e vira trilha sonora do seriado Malhação 2007 com a música “Quando se Quer Alguém”. Com dois anos de formação, o StereoMoog se deu ao luxo de ter na produção musical, o experiente e lendário, músico e produtor, Roberto Lly com quem eles mantém um relacionamento pra lá de amigos. “O Roberto é pai do StereoMoog”, brinca o vocalista Chris Duk. A estréia da banda, não poderia ser melhor. Com uma personalidade musical marcante, produção requintada e música em seriado, a banda cai na estrada e concede, com exclusividade, a primeira entrevista de sua carreira. Com vocês! StereoMoog!

Como vocês descobriram a arte musical?
Rafael - Sozinho, ninguém na minha família é muito ligado em musica. Mas acredito que os inúmeros carnavais, passados em salvador desde minha infância, tenham contribuído bastante pela minha paixão aos tambores. Meus pais e avós são baianos, portanto, meu destino nas férias sempre foi à Bahia. Lembro-me quando era muito pequeno de ficar hipnotizado com aquele batuque!

Gabriel - Comecei na musica desde cedo. Tive aulas de violão no colégio e depois aula particular, mas não levava muito a serio. Foi em 1995 quando comprei minha primeira guitarra de compensado que tudo mudou e comecei a levar realmente os estudos a serio.

Chris Duk - Descobrir a arte musical na infância de uma forma indireta. Não tinha a certeza que quando me tornasse adulto fosse trabalhar com música. Venho de uma família, um pouco, ortodoxa e me tornar um músico parecia uma coisa um pouco louca, já que eu não tinha nenhum parente músico. Durante a faculdade de Direito, pude perceber não tinha feito uma escolha profissional na qual me deixava feliz e realizado profissionalmente. A música completou todas as lacunas.

Guilo - Desde criança fui apresentado à boa música. Cresci ouvindo tudo dosBeatles, Led Zeppelin e muito da onda ‘disco’ que acontecia na décadade 70. Meu interesse pela bateria veio quando vi pela primeira vez um clipe da musica One do Metallica. Tinha 14 anos na época.

Todos estudaram música?
Rafael - Não em faculdade. Mas sempre fiz aulas particulares com grandes músicos. Entre eles: Rui Motta, Nilson Batata, etc. Mas não podemos esquecer o mais importante: O caráter autodidata de cada um.

Gabriel – Tive sorte de encontrar um ótimo professor de guitarra, Renato Ribeiro, que é realmente um guitarrista de Rock. Ele mostrou o rumo a tomar na música! Depois, tive outros dois professores, que considero muito importantes na minha vida, o Eduardo Ponti que é um cara que sabe realmente tudo de musica e o Vini Rosa que é um dos guitarristas mas requisitados do Brasil. Esse cara grava tudo que está rolando! O que só você sabe, já está dentro de você.

Chris Duk - Fiz aula de canto, mas nunca estudei música.

Guilo - Comecei a estudar música com 18 anos com um grande musico da Bahia chamado Zacarias. Foram dois anos de aulas que fazem a diferença até hoje. Mas sinto que preciso voltar a estudar.

Como se deu à reunião para formar a banda?
Rafael - Tinha acabado de voltar de Londres de uma temporada de sete meses. Estava num momento indeciso de voltar ao mercado formal de trabalho ou continuar na música, mas sempre com a certeza de que a música ia me levar. Logo depois, encontrei o Chris - já nos conhecíamos através de um amigo de infância em comum - na rua em Ipanema (RJ) e trocamos idéias sobre a música e percebemos que estávamos no mesmo momento querendo fazer um trabalho autoral. Foi o Chris quem trouxe Gabriel e o Guilo, o segundo baterista que ensaiou com agente.

Chris Duk - Já conhecia o Gabriel através do Felipe que tocava comigo em uma banda que eu tive chamada "Duk". Conheci o Rafael através de um amigo em comum e o Guilo foi indicado através de um conhecido. Logo de cara nos identificamos com a sonoridade e o som que fizemos. Aos poucos a banda foi se tornando cada vez mais séria e alcançando objetivos comuns.

Guilo - No meu caso, fui convidado para uma jam pelo antigo baixista da banda. No primeiro ensaio, rolou uma 'vibe' legal e estou na banda até hoje.


Quais as influências de um modo geral.
Rafael - Se tivesse que fazer uma escala, diria que o Chris e o Guilo trouxeram uma influência mais rock, mais pesado! Eu e Gabriel curtimos um rock com um clima, às vezes um reggae, quem sabe... Mas se tiver que citar nomes diria que escutamos bastante Red Hot Chili Peppers, Bob Marley, Lenny Kravitz, Jamiroquai, Gilberto Gil…

Gabriel – As influências da banda são muitas porque cada um tem gosto particular! Red Hot Chili Peppers, Marron 5, Incubus, John Mayer e etc......

Vocês finalizaram o primeiro disco com uma produção requintada do Roberto Lly. Como vocês chegaram até ele?
Rafael - Foi o Chris quem fez essa ponte. Sem dúvida, ele é um dos maiores produtores do Brasil e um grande amigo.

Chris Duk – Quando cheguei de volta ao Rio em 2003, tive a sorte e felicidade de conhecer esta pessoa ímpar e produtor que dispensa comentários! Naturalmente, nos tornamos amigos e o convidei para produzir nosso disco. O Roberto tem tanto mérito quanto cada um da banda. Ele sempre acreditou em nossas canções e na banda, além de produzir com muita maestria!

Falem do repertório. Como é feito? Todos compõem?
Rafael – Sim. Mas nesse primeiro trabalho, tivemos muitas músicas do Chris. Mas quem manda é sempre a música boa!

Chris Duk - O repertório é escolhido por todos. Quando temos músicas novas, levamos para o ensaio e tocamos. Ficando legal, está dentro! Este disco tem composições minhas - Deixa, Eu Tô na Sua, Quando Você For e Hoje á Noite. Têm outras em parceria com o Gabriel - Quando Se Quer Alguém - a música que foi escolhida para o cd do seriado Malhação 2007, Todo Dia e Teu Cheiro que teve a participação, do nosso amigo, Vinimax. Tua Cidade, uma parceria minha com, grande amigo baiano, Ricardo Barata. Outra parceria bacana, foi com Renato Ribeiro - Pé na Estrada e em Metade de Mim. Por fim, Alto Astral uma parceria com o Dj Roque.

Quem faz os arranjos?
Rafael - Fizemos os arranjos nos ensaios. Geralmente às harmonias já vem com Gabriel e Chris. Trabalhamos em cima disso. Aparamos as arestas nos ensaios e mudamos o que for necessário.

Chris Duk - Os arranjos quem faz é a banda, com algumas pitadas de alguns aqui e outros ali. Sendo que para o disco todos foram conferidos pelo produtor Roberto Lly.
Guilo - Tem dedo de todos no produto final.

Sendo o primeiro trabalho de vocês, banda jovem com pouco tempo de estrada, já colocaram uma canção como tema de seriado da TV Globo. Como isso aconteceu?
Rafael - Enviamos CD com as seis primeiras músicas gravadas e DVD com vídeo release para alguns contatos de gravadoras. Por surpresa nossa, a Som Livre gostou e incluiu a faixa - Quando se Quer Alguém, na trilha da Malhação. A partir daí, algumas portas se abriram e estamos nessa batalha para finalizar o CD e colocar, de fato, a música nas rádios.

Chris Duk - Distribuímos nosso EP com seis músicas em alguns lugares, um deles foi a "Som Livre". Depois de um tempo, recebemos a feliz notícia que música Quando Se Quer Alguém, tinha sido escolhida para entrar na trilha sonora do seriado de televisão Malhação 2007. E por causa disso as coisas estão acontecendo. Tudo á seu tempo! Terminamos nosso disco com 12 faixas autorais e estamos fazendo shows de divulgação.

outubro 09, 2007

Titãs & Paralamas do Sucesso


Titãs e Os Paralamas do Sucesso “A Tropa de Elite do Rock”

Juntos eles farão uma blitz em todo país e também no exterior

O rock brasileiro chegou ao mainstream há exatos 25 anos graças a uma nova legião de bons talentos. Duas bandas de grande importância, Titãs e Os Paralamas do Sucesso resolveram, juntos, comemorar com uma turnê "25 anos rock", anunciada em coletiva de imprensa em São Paulo no dia 3 de outubro. Bi Ribeiro, João Barone, Herbert Viana, Paulo Miklos, Branco Mello, Charles Gavin, Toni Belotto e Sérgio Britto, continuam em plena atividade e em forma. Eles estarão juntos tocando em palcos do país e do exterior.

Os Paralamas estão a caminho dos Estados Unidos e os Titãs estiveram lá há pouco tempo. As duas bandas, abriram a turnê em Sorocaba no interior de São Paulo e prometem agitar o publico de cidades como: São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Belo Horizonte, dentre outras cidades.



“Estamos aqui até hoje porque nossas canções são boas. Nossa história é ligada à estrada e palcos. Antes fazíamos disco todo anos, hoje, um disco só acontece a cada dois anos, é a estrada e nosso repertório que faz com que a gente permaneça em atividade. Gostamos da estrada e somos dependentes dela pra sobreviver. Já tocamos em todos os estados do Brasil, Os Paralamas, também, e conquistaram a América Latina. Somos assim sempre!” , afirma o baterista dos Titãs Charles Gavin.

O projeto de “25 anos rock” é Produzido pela Planmusic, a turnê conta com o patrocínio da SKY, empresa de TV paga digital da América Latina que possibilitará às duas bandas levar a turnê para grandes platéias do país.

Os encontros de agora vão se valer desse entrosamento e da amizade, mas possuem uma diferença fundamental em relação aos shows em dobradinha de 1993 e 1997.



“Agora é um mergulho com mais fôlego. Hoje somos bandas mais criteriosas, mais experientes, menos ansiosas. Música é aprendizado, vontade de meter a cara. A gente antes chutava para todos os lados, agora tem energia mais concentrada. Estamos saboreando, mais, o encontro musical. A maturidade dá um barato”, analisa Branco Mello.

A turnê tem alguns convidados já previstos e outros que surgirão pelo caminho. Eles são: Marcelo Camelo (Salvador e São Paulo), Andreas Kisser (São Paulo), Arnaldo Antunes (Belo Horizonte e São Paulo), Carlinhos Brown (Salvador) e Dado Villa Lobos (Belo Horizonte).