outubro 23, 2007

Sérgio Benchimol



Ele é fundador da banda de rock progressivo – Semente - lançou um disco de estúdio e um CD/DVD gravado ao vivo no Museu Nacional de BeLas Artes no Rio de Janeiro. Fundou também o grupo instrumental True Illusion - com dois discos lançados, sendo um ao vivo e, um DVD ainda inédito - grupo que foi revelação do ano de 2000, no segmento instrumental. Os dois grupos tiveram seus discos indicados para concorrer o prêmio (Laras), uma espécie de Grammy Latino. Em 2004, ele lança, em carreira solo, o bem sucedido “A Drop In The Ocean, An Ocean In A Drop” onde obteve boa aceitação da imprensa.
Em tempo: Ele arremessa “Ciclos Imaginários”, disco totalmente autoral onde conta com participações e produção requintada. Em entrevista exclusiva, o músico, compositor e surfista nas horas vagas, fala do mais novo trabalho. Com vocês! Sérgio Benchimol!

- Gostaria de que você falasse do disco “Ciclos Imaginários”. Como foi escolhido o título?

- A partir do título da última música composta para piano e grupo. A música remete às diversas fases da vida. Da infância a maturidade, em ciclos imaginários.

- Como foi feito o repertório?

- Ele foi elaborado para este disco ou você já vinha compondo?
É uma mistura de idéias antigas com composições novas que combinam bem entre si e que refletem momentos bem pessoais de minha vida.

- Como adquire inspiração para a criação?
- Toda inspiração vem do prazer de tocar. Se não há prazer em tocar, não rola.

- Vejo que você se cercou de ótimos músicos. David Ganc, Eduardo Morelenbaum, Jessé Sadoc, Rafael Barata, Lui Coimbra, dentre outros. Como você conseguiu reunir todos num único disco?
- Na verdade é uma continuação do disco anterior. Fui aluno e sou amigo do David há muitos anos. Os músicos foram indicações dele, com exceção do Rafael Barata que toca comigo há alguns anos

- Sendo o segundo disco solo, o que diferencia “Ciclo Imaginários” do anterior “A Drop In The Ocean, An Ocean In A Drop” de 2004?
- Este disco é totalmente acústico com arranjos de quarteto de cordas e sopros. Nele toco dois instrumentos, violão e piano.

- Fale-me como foi feito à produção.
- As gravações começaram logo que terminei o “Drop In The Ocean...”, ainda em 2004. A partir das gravações vieram os arranjos, mixes etc.. De acordar com a disposição e disponibilidade de tempo e sem stress.

- Você fez parte de duas bandas (Semente e True Illusion) que chegaram a fazer um reboliço no Rio de Janeiro, lançando discos e DVDs. Pretende lançar mais coisas dos grupos, ou virou passado?
- Pretendo lançar o CD/DVD do True Illusion com Márcio Montarroyos que não foi lançado na época.

- Vamos fazer um faixa a faixa?

Terral II.
- A fonte de inspiração foram os dias de surf, com aquele vento terral soprando, sol e altas ondas levando a pessoa a sentir a presença do criador na sua obra, o que nos dá uma alegria interior e uma gratidão por viver esses momentos.

Oregon Montains.
- Idem em relação às montanhas. Principalmente as nossas montanhas cariocas da Mata Atlântica.

Daqui pra li.
- Um momento de introspecção. Pra quem está num momento de solidão se fixa no dark side da vida mas depois se toca e percebe que nunca estamos completamente sós. Nada como um bom som para levantar o astral.

Depois da Praia.
- Essa faixa e a anterior estão ligadas. Se na primeira a referência é pessoal, essa é coletiva. Trata da percepção de um momento especial que está por vir em que todos vão sacar que o grande lance, é viver em paz. O que um dia de praia não faz...

Shadow Valley.
- A curtição do stress, da tensão, num naipe de sopros excepcional, solos de trompete, violino e sax da pesada. Um dia de surf com mar gigante e muita adrenalina.

Ciclos.
- Já falei no início. Vale destacar o arranjo num clima que me lembra os bons momentos de Charles Mingus

Haverá show de lançamento?
- Talvez...

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