janeiro 12, 2009

Ele é um compositor que todos os cantores, românticos, gostariam de gravar. Com uma carreia de 22 anos, com mais de uma centena de canções prontas – Renato Oliver – gaúcho de Bagé, radicado no Rio de Janeiro, lança seu primeiro disco autoral onde mostra maturidade e bom gosto. Amparado pelo, conceituado, guitarrista e produtor multinacional, Chico Miceli, Renato Oliver despeja criatividade e bom gosto nas nove faixas do disco homônimo. Em conversa – entre uma gravação e outra, o cantor e compositor falou um pouco de sua carreira e outras coisas interessantes.

Fotos e reportagem: Elias Nogueira


- Quando foi que você se descobriu para a música?
- Com oito anos já cantarolava músicas do Roberto Carlos, claro que não todas, mas as que eu mais gostava. Por exemplo: Quando, Calhambeque, Negro Gato... Quando fiz 12 anos ganhei um violão do meu pai, tive algumas aulas e lembro que a 1ª música que aprendi a tocar foi Linha do Horizonte do Azymuth depois Roberto Carlos, Raul Seixas, Renato e seus Blue Caps. Nessa época, ainda, morava em Bagé - RS.

- Onde você acha inspiração para compor?
- Depende do meu estado de espírito. Às vezes acordo como uma idéia, levanto e coloco no papel. É como se fosse um gancho e outras vezes, volto ao passado e lembro-me de romances que já vivi e outras somente imaginações ou acontecimentos do dia a dia.

- Onde você nasceu?
- Bagé RS

- Quantos anos de carreira você têm?
- 22 anos, juntando os anos do Rio grande do Sul mais os do Rio de Janeiro, sendo que dei uma parada durante cinco anos e depois retornei a cantar na noite.

- Você se considera um cantor ou compositor que interpreta a sua obra?
- Me considero um compositor que canta suas musicas, apesar de já ter tocado na noite e interpretar duas músicas de outros autores nesse disco.

- Se você fosse - rotular sua obra - como você a classificaria? Romântico, pop....
- Minha obra eu considero pop romântico, até porque tenho influências da minha infância quando eu gostava muito de cantar Roberto Carlos, Erasmo Carlos, José Augusto, Renato e seus Blue Caps, por volta da década de 70.

- Você está com disco de canções inéditas. Poderia fazer um faixa a faixa sobre seu disco?

Amor Eterno - Aqueles romances que passaram, mas que de vez em quando voltam à memória da gente... É como aquele galo que dói quando passa a mão... Fiz a letra e uma melodia bem simples, aí meu parceiro Chico Miceli mudou a melodia, fez as mudanças de tom e deu uns “pitacos” na letra.

Vou Ficar Aqui - Um desencontro amoroso - aliás, em toda a relação tem sempre quem ama e quem é amado, mesmo que isso mude, mas num determinado momento tem sempre um que esta dando e o outro recebendo né?Enfim, o cara magoou a mulher e quer o seu perdão, e para isso vai ficar aqui nesse lugar esperando por ela e seu perdão... Harmonia bem simples, um pouco U2... Mas essas são as melhores musicas, e as mais difíceis de fazer também...

O Amante - Letra meio machista, fala do cara que só quer “pegar”, quer só sexo e diz isso claramente. Para não ter mal entendidos nem confusões. É o melo do Ricardão! Mas aí, sem querer o cara se envolve... Melodia simples e doce, com a habitual “sabedoria harmônica” do meu parceiro Chico Miceli, que mexeu na harmonia, na melodia, e fez o especial.

Primeiro Amor – Letra romântica, de historias que passam e deixam lembranças. Especialmente o primeiro amor!!Um “balanço” bem típico do pop/funk carioca. Apesar de ser gaúcho. O meu parceiro/produtor diz que eu sou o gaúcho mais carioca que tem!Adoro a guitarra meio “Hendrix”, que dá um tempero especial!

Te Encontro no Leblon – Outro “charm” bem carioca, urbano. Com cara de verão carioca, azaração, romance, paixões à luz do luar... Diria que Jorge Benjor encontra George Benson e Cláudio Zolli. A base foi produzida pelo Reno Duarte, amigo nosso e produtor musical, porque o Miceli estava na Itália tocando, e aí me deixou nas boas mãos do Reno...

Nota 10 – Declaração de amor explícita à minha mulher Silvia. Fala da vida de solteiro, que se transforma e ganha novos significados quando se encontra uma mulher de verdade, companheira mesmo!Uma canção romântica, doce e apaixonada.

Menina Princesa – Singela, simples, de uma inocência quase desconcertante. Queríamos dar uma sonoridade anos 70, “charm”, meio Stevie Wonder e aquela rapaziada maravilhosa da Motown... Aí o Chicão caprichou tocando Clavinets, Piano Rhodes, guitarras “jazz” Alá George Benson. Funcionou bem para o que era a intenção da música.

Indo e Vindo - Amores que passam, separados pela distancia. Às vezes é melhor não pensar muito nas coisas... Se está certo ou não... Às vezes a razão atrapalha e separa as pessoas. Penso que uma dose de inconseqüência não faz mal. Essa é uma parceria minha com o guitarrista DiCastro do grupo Sangue da Cidade. O Miceli tocou um monte de guitarras, que parecem uma orquestra!

Deborah – Desencontros que deixam saudades. Já reparou que muitas vezes o sonho é melhor do que a realidade?Agente inventa a pessoa, idealiza, e ela fica muito melhor nos nossos sonhos do que ela é de verdade... Também sonhar não custa nada, não dá trabalho, nem despesa e ainda rende boas canções... Essa ficou com um sabor “country” com direito a slide e tudo mais.

2 comentários:

Anônimo disse...

Sempre fazendo entrevistas de qualidade! Valeu muito.
Abraços
Eduardo

Anônimo disse...

Descobridor de talentos... é isso aí!!
Norberto