Marcia Sampaio é Terapeuta Holística com especialização em Psicologia e Saúde Mental. Percebendo que a maioria dos distúrbios físicos que levavam as pessoas a procurá-la em clínicas e consultórios, estavam relacionados a problemas no ambiente de trabalho. Com isso, a terapeuta resolveu investir em livros de auto-ajuda voltados para o lado profissional do cidadão de diferentes etapas no mercado de trabalho que é cada dias mais disputados em diferentes áreas. Em entrevista exclusiva, a também escritora, explica detalhadamente porque está lançando o livro ‘Os Mistérios da Fortuna’ – Litteris Editora. O lançamento será na XIII Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro 2007, no dia 22 de setembro das 17h às 18h30, no Pavilhão Verde da rua R, 336 do Rio Centro – Av. Salvador Allende, 6.555 – Barra da Tijuca- Rio de Janeiro.
- Este é o primeiro livro que você escreveu?
- Sim, é o primeiro livro. Sou a fã - número 1 - dos livros de auto-ajuda! Porém, acho que falta um teor didático que realmente ajude as pessoas a mudarem suas vidas. O que comumente vejo, são promessas mirabolantes, verdadeiras fantasias que fazem com que o leitor se sinta –se enganado diante da proposta da obra. As obras, em geral, oferecem a sensação de que uma mera leitura mudará o rumo da vida do leitor, resolverá todos os seus problemas, conflitos emocionais e, isso jamais acontecerá! A Biblioterapia (terapia através da leitura de auto-ajuda) é um método fantástico e pode revelar os mais favoráveis resultados, mas é preciso técnica, é necessário trabalhar o problema abordado e isso requer vontade, disciplina, exercícios e orientação, da mesma forma que um tratamento em consultório. Ninguém sai de um consultório de terapia curado com uma sessão, certo? Então, prometer que uma leitura milagrosa vai modificar a vida de alguém, ou mesmo incentivar a pessoa a acreditar que ela vai conseguir resolver tudo sozinha após uma compreensão maior da leitura, a meu ver, é debochar da inocência do leitor. Digo isso não só como terapeuta, mas também como educadora e até como leitora. É claro que não são todos. Há muitos livros bons no mercado, mas a maioria não me convence e, sinceramente, nunca vi ninguém feliz e com os problemas solucionados após uma leitura superficial. A pessoa, ao ler um livro de auto-ajuda, muitas vezes sente-se como se estivesse se olhando no espelho. Parece que o autor desvendou a vida dela! Há uma identificação total, mas dificilmente há um encaminhamento que explique como resolver o problema e que ensine como aplicar aquelas informações na vida. É o mesmo que estudar sozinho. Quantas pessoas autodidatas você conhece? Eu conheço poucas. É o mesmo caso. Se todos tivessem o dom de resolver seus problemas com uma simples leitura, os consultórios estariam vazios e todos seriam felizes! Então, Elias, antes que os livros de auto-ajuda percam a credibilidade eu decidi oferecer uma colaboração realista e educativa. Talvez até petulante e inovadora. Sei que sou polêmica, que vou irritar e fazer inimigos. Mas também sei que funciono, acredito na minha força e conheço a minha capacidade! Toda pessoa autêntica e firme em seus propósitos é inicialmente apedrejada pelos inconformados e preguiçosos, que não suportam a idéia de trabalhar em cima de mudanças, mesmo que seja para melhor. Buda, Sócrates e Jesus, só para citar alguns exemplos, souberam muito bem o que é isso. Essa veracidade escancarada na minha obra foi o detalhe que mais encantou o editor-chefe da Litteris Editora, Artur Rodrigues. Ele ficou impressionado com o meu texto verdadeiro, didático, preparado nos mínimos detalhes para de fato ajudar as pessoas. O meu texto apresenta linguagem simples, informal e até sem “palavras difíceis” ou termos que somente os profissionais da área compreendem. Escrevo como se estivesse conversando com o leitor em um consultório. Questiono, explico, faço comparações, ajudo a tirar uma conclusão. Tem até pegadinha! Acho que é assim que deve ser. Não acredito na competência verbal, e sim na prática eficiente. De discurso bonito e estéril todo mundo está farto! Além do mais, não escrevo diretamente para a elite ou para profissionais da minha área. Embora, todos os leitores sejam muito bem-vindos! Mas o meu principal objetivo é oferecer um livro com um baixo custo, uma oportunidade rara para as classes menos privilegiadas que não têm condição financeira de freqüentar um consultório de terapia, arcando com os altos custos de uma, duas ou até três sessões semanais, dependendo do caso. Não conheço uma só pessoa que não necessite de terapia, e quero imensamente trabalhar para a grande massa desfavorecida em todos os sentidos. Essa proposta combina muito bem comigo.
- Antes de ser escritora, você escreveu para alguns veículos de imprensa?
- Sim, alguns, mas sempre como uma “abelhuda amadora”. Nunca fui jornalista! Sempre fui escritora! Tive a sorte de alguns editores compreenderem o meu estilo amador e me valorizarem, acreditarem no meu potencial e me oferecerem até colunas de destaque em alguns veículos. Fui muito incentivada por Antonio Braga no Jornal das Gravadoras e na revista Musi-k durante mais de dez anos. Também ocupei posições privilegiadas nas revistas eletrônicas http://www.songweb.com.br/, com Rodrigo Maciel, e na http://www.dropmusic.com.br/, com Valdir Antonelli. Todas essas experiências estavam ligadas à música, minha grande paixão.
- Foi sua primeira experiência com o jornalismo?
- Não. Na verdade, a minha primeira experiência jornalística foi com Alberto Brizola, quando eu tinha apenas 18 anos. Ele apresentava o programa – Amor na extinta rádio Mundial e tinha o Jornal do Amor. Apresentei-me a ele - com a cara e a coragem - com três versões diferentes de uma entrevista que havia feito com o Grupo Yahoo!. Sucesso na época com o hit Mordida de Amor, para que Alberto Brizola escolhesse a que fosse de seu agrado. Para minha surpresa ele adorou as três e passou muitos dias em dúvida, sem saber qual das três versões publicar. Foi a minha primeira experiência como entrevistadora, e foi também, coincidentemente, a primeira grande entrevista que os integrantes do Grupo Yahoo! Uma matéria de capa, com duas páginas de entrevista e com direito a um pôster na folha central! Sem dúvida foi uma estréia cinematográfica! Agradei ao público e me tornei uma das maiores colaboradoras do jornal. No Jornal do Amor escrevia sobre política, economia, saúde, sexo, religião, educação e etc e tal. O jornal era bem rico em conteúdo. Não falava exclusivamente de amor, até porque o dono do jornal era um político e divulgava ali sua agenda, seus projetos e tinha o objetivo de oferecer educação e informação aos leitores de forma generalizada. Mais há à frente, dediquei-me a matérias musicais nos outros veículos citados.
-Você chegou a fazer algum curso para escrever jornalisticamente?
- Sim. Tenho formação musical e teatral. Fiz alguns cursos técnicos de redação jornalística e de jornalismo para a web. Mas nunca fui jornalista de fato. Apenas colaborei da melhor forma possível! Agradeço imensamente a esses excelentes profissionais da área que me engrandeceram nesse aspecto. Acho que no fundo, eles enxergaram em mim a escritora que se encontrava por trás da - pseudojornalista e por isso abriram as portas. Hoje, mantenho como escritora a mesma linha de texto - amador que agradou ao público e também aos editores dos veículos para os quais escrevi. Esses jornais e revistas foram a minha grande escola na arte de escrever. Foi onde fiz perigosos e ousados - testes em público. Muitas vezes tropecei, mas em geral passei com boa média nas provas como a jornalista que fui sem nunca ter sido. E floresceu então a escritora!
- Como surgiu a idéia de lançar um livro de auto-ajuda?
- Sou, por natureza, observadora, contestadora, teórica, filósofa... E adoro escrever! Talvez seja uma grande ambição minha desejar atender o Brasil inteiro através de minhas obras. Em vez de atender uma ou duas dezenas de pessoas privilegiadas financeiramente, trancada em um consultório na zona sul da cidade – no Rio. Sim, porque a terapia é tida como - tratamento de rico. Eu me preocupo imensamente com as classes menos abastadas. Quero inclusive, popularizar a terapia. O livro é uma grande abertura para eu ficar conhecida no Brasil e pode ser verificado na obra que eu me coloco à disposição dos leitores para orientação e aconselhamento por e-mail gratuitamente. Ou seja, ofereço uma complementação do trabalho realizado no livro aos meus leitores. Não é como ocorreria em um consultório, obviamente, mas sempre esclarecendo dúvidas, oferecendo um aconselhamento breve para um problema específico, ou enviando exercícios que a pessoa me retorne para serem corrigidos. Seja relacionado ao tema da obra ou a qualquer outro assunto que necessite de desabafo ou ajuda. Longe de mim ser uma escritora inacessível ou uma terapeuta de agenda sempre lotada. Esse contato com os leitores é muito importante, até para eu verificar quais são os temas que mais precisam ser trabalhados nos próximos lançamentos. É uma troca fabulosa! Um canal de pesquisa para mim e de acolhimento para o leitor. Enfim, quero atender o Brasil inteiro! Fechei os consultórios para abrir os livros! Por isso, estou lançando OS MISTÉRIOS DA FORTUNA - As leis do sucesso profissional. Estou me colocando à disposição de todos. Seja em contato presencial ou à distância.
- Esse livro é voltado para pessoas que estão começando no mercado de trabalho ou pra todos os níveis?
- Para todos os níveis. Desde o adolescente que está terminando o Ensino Médio e tem dúvidas sobre a sua vocação, até as pessoas já colocadas no mercado, mas que se encontram insatisfeitas, que desejam uma promoção ou sentem-se infelizes na função que exercem. É também para pessoas que se encontram desempregadas e precisam saber como proceder para alcançar uma recolocação profissional. Serve para os mais ambiciosos que desejam atingir um nível de prosperidade considerado difícil ou quase impossível. É um livro que ajuda a pessoa a se conhecer, a descobrir o seu potencial, as suas aptidões, a perceber as oportunidades, como vencer os obstáculos. Explica o que deve ser modificado para obter o total êxito profissional. Isso vai desde o autoconhecimento, até o nível de ambição do indivíduo. Enfim, é para todos que desejam trabalhar com progresso e sentindo-se bem com o que faz.
- É uma auto-analise para conseguir entrar no mercado de trabalho?
- É uma auto-análise para entrar no mercado de trabalho e também para modificar a posição dentro dele, caso a pessoa sinta necessidade de progresso, de mudanças, pelos mais variados motivos. Sem se conhecer a pessoa, não tem como escolher uma carreira adequada. É como eu coloco no livro: A pessoa precisa entender que só vai progredir quem exercer muito bem sua função. Seja ela qual for. E isso inclui uma avaliação de si mesmo, a valorização das potencialidades e a autocrítica na compreensão de si mesmo. Por exemplo: Um indivíduo desarticulado, ingênuo e de raciocínio lento, dificilmente resultará em um grande advogado. Da mesma forma que uma moça tímida e insegura, raramente se sairá bem como recepcionista de eventos. Um detalhe interessante é que quase todo mundo que se encontra desempregado, resolve ser vendedor! E a profissão de vendedor exige tantas características de personalidade e aptidões! É uma das profissões mais difíceis de se exercer bem! É preciso ter o dom para progredir na área de vendas. Não há como forçar a barra. Então, o livro ajuda a pessoa a se entender, a se perceber e a procurar um direcionamento que a leve ao êxito profissional, tirando partido de si mesma, das virtudes que muitas vezes ela própria nunca notou.
- Fale da importância do livro para os jovens que são recém-formados.
- Os jovens recém-formados precisam apresentar um diferencial no currículo que alerte o entrevistador, no sentido de demonstrar por que razão aquela pessoa é melhor e mais adequada para um cargo do que as outras centenas ou milhares que estão disputando a mesma vaga. Hoje as organizações não procuram mais um colecionador de diplomas. Exemplo: Se um cargo exige memória, raciocínio lógico, autonomia e concentração, as pessoas que exaltarem esses detalhes tão importantes no currículo despertarão mais interesse. Mas, além de ser necessário falar a verdade, é preciso, antes de tudo, se conhecer para vender bem a própria competência. O marketing pessoal tem seu valor na questão da imagem, comportamento e relações humanas. Mas acredito mais na sinceridade exposta por um conhecimento profundo de si mesmo. O marketing pessoal é, muitas vezes, interpretado erroneamente. Ao tentar fazer marketing pessoal muitas vezes você corre o risco de vender uma falsa imagem. Tipo: Propaganda enganosa! Compreende? Com o tempo, todo o teatro será desvendado e não trará bons resultados. Muitas vezes a própria pessoa, sem querer, na ânsia de impressionar, de fazer bonito, acaba entrando na fantasia que criou e até se confunde, mas sempre tem os momentos em que a pessoa se despolicia e a máscara cai. Não é nada bom que isso ocorra. É importante não tentar impressionar erroneamente, pois o tempo revelará a pessoa por inteiro na execução das tarefas mais simples. De modo que é bom ser eficiente desde o início, com sinceridade. Acho que esse deve ser o fundamento do - marketing terapêutico. A verdade atrai credibilidade maior, e a credibilidade atrai mais responsabilidade, autonomia e promoção. Assim ninguém perde tempo e dinheiro. Mas é importante também, Elias, abordar os que ainda não se formaram, pois entrar no mercado de trabalho hoje é uma tarefa complicada. Por isso o livro é aberto a todos, sem exceção. Entrar no mercado de trabalho de forma errada pode levar um tempo que vale ouro para consertar o caminho tomado. É absurdo trocar de profissão com freqüência no desespero de conseguir uma colocação no mercado. Mas é o que mais está acontecendo atualmente.
- No mercado atual, em sua opinião, esse livro teria um papel importante na cidadania?
- Sim, porque o trabalho faz parte do exercício da cidadania. Sem trabalho ninguém vive, mas, além da remuneração, o mercado de trabalho envolve a questão de direitos humanos que não se resume à violência, criminalidade e preconceito. A auto-estima, o direito a uma remuneração decente, a noção do valor da vida, o respeito, direito à saúde, educação e informação, tudo isso faz parte do trabalho dos direitos humanos e também do exercício da cidadania.
- A quem você indicaria como uma Bíblia – ‘Os Mistérios da Fortuna’?
- Não tenho como citar um órgão público ou ONG, etc. que necessite ter - Os Mistérios da Fortuna como uma Bíblia. Poderia dizer que todas as pessoas físicas necessitam dessa “Bíblia”. Desde os mais bem colocados aos que desejam um lugar ao sol. Pessoas jurídicas, nesse caso, seriam todas as organizações, ONGS, especialmente profissionais de recursos humanos no sentido de investigar corretamente o potencial de um funcionário ou candidato a funcionário. Pois muitas vezes os funcionários são mal selecionados e acaba por não conseguirem cumprir adequadamente suas tarefas. Isso causa prejuízos ao indivíduo e igualmente à organização como um todo. É preciso que as organizações entendam que uma recepcionista pode destruir uma empresa. Pois qualquer contato presencial ou ligação passa por ela da mesma forma que um alto executivo. Não existe diferença de importância. A diferença real é meramente financeira, na questão da remuneração deste mercado de trabalho explorador, escravagista. Todos os cargos possuem uma vital importância no desenvolvimento de uma empresa e se isso não for devidamente valorizado. A motivação e a produtividade entrarão em declínio. O que seria de uma empresa sem o pessoal da limpeza, o ascensorista, o boy, a secretária... Até chegar ao diretor, ao presidente? Deixe apenas o presidente ou um dos diretores conduzindo a organização por um dia para ver o resultado! Um trabalho em equipe é algo muito sério! Todos os cargos se encontram interligados em busca de um mesmo objetivo. A troca constante de funcionários insatisfeitos ou considerados incompetentes, jamais resolverá o problema e, sim uma nova forma de se relacionar com os funcionários, além de procurar conhecer profundamente o seu pessoal. O ideal é fazer isso no momento da seleção. Mas muitas vezes esse processo de conhecimento só se intensifica com o tempo. A primeira impressão é a que fica. Mas nem sempre corresponde à realidade. E, antes de exigir experiência anterior, os departamentos de recursos humanos deveriam se importar mais com as características individuais dos candidatos. Experiência anterior nunca representou e jamais representará competência no exercício de uma função. Um recém-formado pode render mais do que um profissional experiente, se for devidamente analisado durante a entrevista pessoal e na dinâmica de grupo. É abordando tudo isso que a obra pode ser considerada uma Bíblia para todas as organizações, ONGs, órgãos públicos. Sem precisar citar um em especial. Todos precisam.
- Você é terapeuta com especialização em psicologia. Pretende lançar algo referente?
- Sou Terapeuta Holística - CRT 39620 com formação em Acupuntura Auricular, Cromoterapia, Reflexologia Podal, Florais de Bach e Fitoterapia. Fiz uma extensão especializada em Psicologia e Saúde Mental com qualificação plena. É impossível interpretar os distúrbios físicos sem analisar os componentes emocionais. Hoje, pelo menos 70% dos distúrbios físicos são psicossomáticos, ou seja, de fundo emocional. Embora eu não trabalhe com Psicoterapia ou Psicanálise, a Terapia Holística aborda o físico, emocional, mental e espiritual, que é um resumo do ser humano. A pessoa não é um fígado ou um coração. Ela é um todo. Com essa visão pretendo trabalhar problemas relacionados ao trabalho. Mas que certamente envolvem o lado emocional. Meu editor-chefe, Artur Rodrigues, já me pediu uma continuidade desse trabalho com - Os Mistérios da Fortuna. Vou atendê-lo! Mas, pretendo trabalhar todos os problemas emocionais através dos problemas do trabalho. Por uma razão muito simples: Passamos mais tempo no trabalho do que em casa ou com os amigos. Isso é fato. E os problemas do trabalho, em geral, são levados para a vida familiar causando enormes transtornos e crises de relacionamento. Da mesma forma que uma vida familiar e social desajustada interfere no desempenho profissional. Aproveitando minha formação em Gestão de Recursos Humanos e inúmeros cursos de extensão como Direção e Administração de Empresas, Conflitos Organizacionais, Seleção de Pessoal, Recolocação no Mercado de Trabalho, Auto-estima no Trabalho, Sucesso Profissional, Motivação e Produtividade, Chefia e Liderança, entre muitos outros , resolvi unir o mercado de trabalho à Terapia Holística, podendo ser considerada uma espécie de - Terapeuta do Mercado de Trabalho.
- Este é o primeiro livro que você escreveu?
- Sim, é o primeiro livro. Sou a fã - número 1 - dos livros de auto-ajuda! Porém, acho que falta um teor didático que realmente ajude as pessoas a mudarem suas vidas. O que comumente vejo, são promessas mirabolantes, verdadeiras fantasias que fazem com que o leitor se sinta –se enganado diante da proposta da obra. As obras, em geral, oferecem a sensação de que uma mera leitura mudará o rumo da vida do leitor, resolverá todos os seus problemas, conflitos emocionais e, isso jamais acontecerá! A Biblioterapia (terapia através da leitura de auto-ajuda) é um método fantástico e pode revelar os mais favoráveis resultados, mas é preciso técnica, é necessário trabalhar o problema abordado e isso requer vontade, disciplina, exercícios e orientação, da mesma forma que um tratamento em consultório. Ninguém sai de um consultório de terapia curado com uma sessão, certo? Então, prometer que uma leitura milagrosa vai modificar a vida de alguém, ou mesmo incentivar a pessoa a acreditar que ela vai conseguir resolver tudo sozinha após uma compreensão maior da leitura, a meu ver, é debochar da inocência do leitor. Digo isso não só como terapeuta, mas também como educadora e até como leitora. É claro que não são todos. Há muitos livros bons no mercado, mas a maioria não me convence e, sinceramente, nunca vi ninguém feliz e com os problemas solucionados após uma leitura superficial. A pessoa, ao ler um livro de auto-ajuda, muitas vezes sente-se como se estivesse se olhando no espelho. Parece que o autor desvendou a vida dela! Há uma identificação total, mas dificilmente há um encaminhamento que explique como resolver o problema e que ensine como aplicar aquelas informações na vida. É o mesmo que estudar sozinho. Quantas pessoas autodidatas você conhece? Eu conheço poucas. É o mesmo caso. Se todos tivessem o dom de resolver seus problemas com uma simples leitura, os consultórios estariam vazios e todos seriam felizes! Então, Elias, antes que os livros de auto-ajuda percam a credibilidade eu decidi oferecer uma colaboração realista e educativa. Talvez até petulante e inovadora. Sei que sou polêmica, que vou irritar e fazer inimigos. Mas também sei que funciono, acredito na minha força e conheço a minha capacidade! Toda pessoa autêntica e firme em seus propósitos é inicialmente apedrejada pelos inconformados e preguiçosos, que não suportam a idéia de trabalhar em cima de mudanças, mesmo que seja para melhor. Buda, Sócrates e Jesus, só para citar alguns exemplos, souberam muito bem o que é isso. Essa veracidade escancarada na minha obra foi o detalhe que mais encantou o editor-chefe da Litteris Editora, Artur Rodrigues. Ele ficou impressionado com o meu texto verdadeiro, didático, preparado nos mínimos detalhes para de fato ajudar as pessoas. O meu texto apresenta linguagem simples, informal e até sem “palavras difíceis” ou termos que somente os profissionais da área compreendem. Escrevo como se estivesse conversando com o leitor em um consultório. Questiono, explico, faço comparações, ajudo a tirar uma conclusão. Tem até pegadinha! Acho que é assim que deve ser. Não acredito na competência verbal, e sim na prática eficiente. De discurso bonito e estéril todo mundo está farto! Além do mais, não escrevo diretamente para a elite ou para profissionais da minha área. Embora, todos os leitores sejam muito bem-vindos! Mas o meu principal objetivo é oferecer um livro com um baixo custo, uma oportunidade rara para as classes menos privilegiadas que não têm condição financeira de freqüentar um consultório de terapia, arcando com os altos custos de uma, duas ou até três sessões semanais, dependendo do caso. Não conheço uma só pessoa que não necessite de terapia, e quero imensamente trabalhar para a grande massa desfavorecida em todos os sentidos. Essa proposta combina muito bem comigo.
- Antes de ser escritora, você escreveu para alguns veículos de imprensa?
- Sim, alguns, mas sempre como uma “abelhuda amadora”. Nunca fui jornalista! Sempre fui escritora! Tive a sorte de alguns editores compreenderem o meu estilo amador e me valorizarem, acreditarem no meu potencial e me oferecerem até colunas de destaque em alguns veículos. Fui muito incentivada por Antonio Braga no Jornal das Gravadoras e na revista Musi-k durante mais de dez anos. Também ocupei posições privilegiadas nas revistas eletrônicas http://www.songweb.com.br/, com Rodrigo Maciel, e na http://www.dropmusic.com.br/, com Valdir Antonelli. Todas essas experiências estavam ligadas à música, minha grande paixão.
- Foi sua primeira experiência com o jornalismo?
- Não. Na verdade, a minha primeira experiência jornalística foi com Alberto Brizola, quando eu tinha apenas 18 anos. Ele apresentava o programa – Amor na extinta rádio Mundial e tinha o Jornal do Amor. Apresentei-me a ele - com a cara e a coragem - com três versões diferentes de uma entrevista que havia feito com o Grupo Yahoo!. Sucesso na época com o hit Mordida de Amor, para que Alberto Brizola escolhesse a que fosse de seu agrado. Para minha surpresa ele adorou as três e passou muitos dias em dúvida, sem saber qual das três versões publicar. Foi a minha primeira experiência como entrevistadora, e foi também, coincidentemente, a primeira grande entrevista que os integrantes do Grupo Yahoo! Uma matéria de capa, com duas páginas de entrevista e com direito a um pôster na folha central! Sem dúvida foi uma estréia cinematográfica! Agradei ao público e me tornei uma das maiores colaboradoras do jornal. No Jornal do Amor escrevia sobre política, economia, saúde, sexo, religião, educação e etc e tal. O jornal era bem rico em conteúdo. Não falava exclusivamente de amor, até porque o dono do jornal era um político e divulgava ali sua agenda, seus projetos e tinha o objetivo de oferecer educação e informação aos leitores de forma generalizada. Mais há à frente, dediquei-me a matérias musicais nos outros veículos citados.
-Você chegou a fazer algum curso para escrever jornalisticamente?
- Sim. Tenho formação musical e teatral. Fiz alguns cursos técnicos de redação jornalística e de jornalismo para a web. Mas nunca fui jornalista de fato. Apenas colaborei da melhor forma possível! Agradeço imensamente a esses excelentes profissionais da área que me engrandeceram nesse aspecto. Acho que no fundo, eles enxergaram em mim a escritora que se encontrava por trás da - pseudojornalista e por isso abriram as portas. Hoje, mantenho como escritora a mesma linha de texto - amador que agradou ao público e também aos editores dos veículos para os quais escrevi. Esses jornais e revistas foram a minha grande escola na arte de escrever. Foi onde fiz perigosos e ousados - testes em público. Muitas vezes tropecei, mas em geral passei com boa média nas provas como a jornalista que fui sem nunca ter sido. E floresceu então a escritora!
- Como surgiu a idéia de lançar um livro de auto-ajuda?
- Sou, por natureza, observadora, contestadora, teórica, filósofa... E adoro escrever! Talvez seja uma grande ambição minha desejar atender o Brasil inteiro através de minhas obras. Em vez de atender uma ou duas dezenas de pessoas privilegiadas financeiramente, trancada em um consultório na zona sul da cidade – no Rio. Sim, porque a terapia é tida como - tratamento de rico. Eu me preocupo imensamente com as classes menos abastadas. Quero inclusive, popularizar a terapia. O livro é uma grande abertura para eu ficar conhecida no Brasil e pode ser verificado na obra que eu me coloco à disposição dos leitores para orientação e aconselhamento por e-mail gratuitamente. Ou seja, ofereço uma complementação do trabalho realizado no livro aos meus leitores. Não é como ocorreria em um consultório, obviamente, mas sempre esclarecendo dúvidas, oferecendo um aconselhamento breve para um problema específico, ou enviando exercícios que a pessoa me retorne para serem corrigidos. Seja relacionado ao tema da obra ou a qualquer outro assunto que necessite de desabafo ou ajuda. Longe de mim ser uma escritora inacessível ou uma terapeuta de agenda sempre lotada. Esse contato com os leitores é muito importante, até para eu verificar quais são os temas que mais precisam ser trabalhados nos próximos lançamentos. É uma troca fabulosa! Um canal de pesquisa para mim e de acolhimento para o leitor. Enfim, quero atender o Brasil inteiro! Fechei os consultórios para abrir os livros! Por isso, estou lançando OS MISTÉRIOS DA FORTUNA - As leis do sucesso profissional. Estou me colocando à disposição de todos. Seja em contato presencial ou à distância.
- Esse livro é voltado para pessoas que estão começando no mercado de trabalho ou pra todos os níveis?
- Para todos os níveis. Desde o adolescente que está terminando o Ensino Médio e tem dúvidas sobre a sua vocação, até as pessoas já colocadas no mercado, mas que se encontram insatisfeitas, que desejam uma promoção ou sentem-se infelizes na função que exercem. É também para pessoas que se encontram desempregadas e precisam saber como proceder para alcançar uma recolocação profissional. Serve para os mais ambiciosos que desejam atingir um nível de prosperidade considerado difícil ou quase impossível. É um livro que ajuda a pessoa a se conhecer, a descobrir o seu potencial, as suas aptidões, a perceber as oportunidades, como vencer os obstáculos. Explica o que deve ser modificado para obter o total êxito profissional. Isso vai desde o autoconhecimento, até o nível de ambição do indivíduo. Enfim, é para todos que desejam trabalhar com progresso e sentindo-se bem com o que faz.
- É uma auto-analise para conseguir entrar no mercado de trabalho?
- É uma auto-análise para entrar no mercado de trabalho e também para modificar a posição dentro dele, caso a pessoa sinta necessidade de progresso, de mudanças, pelos mais variados motivos. Sem se conhecer a pessoa, não tem como escolher uma carreira adequada. É como eu coloco no livro: A pessoa precisa entender que só vai progredir quem exercer muito bem sua função. Seja ela qual for. E isso inclui uma avaliação de si mesmo, a valorização das potencialidades e a autocrítica na compreensão de si mesmo. Por exemplo: Um indivíduo desarticulado, ingênuo e de raciocínio lento, dificilmente resultará em um grande advogado. Da mesma forma que uma moça tímida e insegura, raramente se sairá bem como recepcionista de eventos. Um detalhe interessante é que quase todo mundo que se encontra desempregado, resolve ser vendedor! E a profissão de vendedor exige tantas características de personalidade e aptidões! É uma das profissões mais difíceis de se exercer bem! É preciso ter o dom para progredir na área de vendas. Não há como forçar a barra. Então, o livro ajuda a pessoa a se entender, a se perceber e a procurar um direcionamento que a leve ao êxito profissional, tirando partido de si mesma, das virtudes que muitas vezes ela própria nunca notou.
- Fale da importância do livro para os jovens que são recém-formados.
- Os jovens recém-formados precisam apresentar um diferencial no currículo que alerte o entrevistador, no sentido de demonstrar por que razão aquela pessoa é melhor e mais adequada para um cargo do que as outras centenas ou milhares que estão disputando a mesma vaga. Hoje as organizações não procuram mais um colecionador de diplomas. Exemplo: Se um cargo exige memória, raciocínio lógico, autonomia e concentração, as pessoas que exaltarem esses detalhes tão importantes no currículo despertarão mais interesse. Mas, além de ser necessário falar a verdade, é preciso, antes de tudo, se conhecer para vender bem a própria competência. O marketing pessoal tem seu valor na questão da imagem, comportamento e relações humanas. Mas acredito mais na sinceridade exposta por um conhecimento profundo de si mesmo. O marketing pessoal é, muitas vezes, interpretado erroneamente. Ao tentar fazer marketing pessoal muitas vezes você corre o risco de vender uma falsa imagem. Tipo: Propaganda enganosa! Compreende? Com o tempo, todo o teatro será desvendado e não trará bons resultados. Muitas vezes a própria pessoa, sem querer, na ânsia de impressionar, de fazer bonito, acaba entrando na fantasia que criou e até se confunde, mas sempre tem os momentos em que a pessoa se despolicia e a máscara cai. Não é nada bom que isso ocorra. É importante não tentar impressionar erroneamente, pois o tempo revelará a pessoa por inteiro na execução das tarefas mais simples. De modo que é bom ser eficiente desde o início, com sinceridade. Acho que esse deve ser o fundamento do - marketing terapêutico. A verdade atrai credibilidade maior, e a credibilidade atrai mais responsabilidade, autonomia e promoção. Assim ninguém perde tempo e dinheiro. Mas é importante também, Elias, abordar os que ainda não se formaram, pois entrar no mercado de trabalho hoje é uma tarefa complicada. Por isso o livro é aberto a todos, sem exceção. Entrar no mercado de trabalho de forma errada pode levar um tempo que vale ouro para consertar o caminho tomado. É absurdo trocar de profissão com freqüência no desespero de conseguir uma colocação no mercado. Mas é o que mais está acontecendo atualmente.
- No mercado atual, em sua opinião, esse livro teria um papel importante na cidadania?
- Sim, porque o trabalho faz parte do exercício da cidadania. Sem trabalho ninguém vive, mas, além da remuneração, o mercado de trabalho envolve a questão de direitos humanos que não se resume à violência, criminalidade e preconceito. A auto-estima, o direito a uma remuneração decente, a noção do valor da vida, o respeito, direito à saúde, educação e informação, tudo isso faz parte do trabalho dos direitos humanos e também do exercício da cidadania.
- A quem você indicaria como uma Bíblia – ‘Os Mistérios da Fortuna’?
- Não tenho como citar um órgão público ou ONG, etc. que necessite ter - Os Mistérios da Fortuna como uma Bíblia. Poderia dizer que todas as pessoas físicas necessitam dessa “Bíblia”. Desde os mais bem colocados aos que desejam um lugar ao sol. Pessoas jurídicas, nesse caso, seriam todas as organizações, ONGS, especialmente profissionais de recursos humanos no sentido de investigar corretamente o potencial de um funcionário ou candidato a funcionário. Pois muitas vezes os funcionários são mal selecionados e acaba por não conseguirem cumprir adequadamente suas tarefas. Isso causa prejuízos ao indivíduo e igualmente à organização como um todo. É preciso que as organizações entendam que uma recepcionista pode destruir uma empresa. Pois qualquer contato presencial ou ligação passa por ela da mesma forma que um alto executivo. Não existe diferença de importância. A diferença real é meramente financeira, na questão da remuneração deste mercado de trabalho explorador, escravagista. Todos os cargos possuem uma vital importância no desenvolvimento de uma empresa e se isso não for devidamente valorizado. A motivação e a produtividade entrarão em declínio. O que seria de uma empresa sem o pessoal da limpeza, o ascensorista, o boy, a secretária... Até chegar ao diretor, ao presidente? Deixe apenas o presidente ou um dos diretores conduzindo a organização por um dia para ver o resultado! Um trabalho em equipe é algo muito sério! Todos os cargos se encontram interligados em busca de um mesmo objetivo. A troca constante de funcionários insatisfeitos ou considerados incompetentes, jamais resolverá o problema e, sim uma nova forma de se relacionar com os funcionários, além de procurar conhecer profundamente o seu pessoal. O ideal é fazer isso no momento da seleção. Mas muitas vezes esse processo de conhecimento só se intensifica com o tempo. A primeira impressão é a que fica. Mas nem sempre corresponde à realidade. E, antes de exigir experiência anterior, os departamentos de recursos humanos deveriam se importar mais com as características individuais dos candidatos. Experiência anterior nunca representou e jamais representará competência no exercício de uma função. Um recém-formado pode render mais do que um profissional experiente, se for devidamente analisado durante a entrevista pessoal e na dinâmica de grupo. É abordando tudo isso que a obra pode ser considerada uma Bíblia para todas as organizações, ONGs, órgãos públicos. Sem precisar citar um em especial. Todos precisam.
- Você é terapeuta com especialização em psicologia. Pretende lançar algo referente?
- Sou Terapeuta Holística - CRT 39620 com formação em Acupuntura Auricular, Cromoterapia, Reflexologia Podal, Florais de Bach e Fitoterapia. Fiz uma extensão especializada em Psicologia e Saúde Mental com qualificação plena. É impossível interpretar os distúrbios físicos sem analisar os componentes emocionais. Hoje, pelo menos 70% dos distúrbios físicos são psicossomáticos, ou seja, de fundo emocional. Embora eu não trabalhe com Psicoterapia ou Psicanálise, a Terapia Holística aborda o físico, emocional, mental e espiritual, que é um resumo do ser humano. A pessoa não é um fígado ou um coração. Ela é um todo. Com essa visão pretendo trabalhar problemas relacionados ao trabalho. Mas que certamente envolvem o lado emocional. Meu editor-chefe, Artur Rodrigues, já me pediu uma continuidade desse trabalho com - Os Mistérios da Fortuna. Vou atendê-lo! Mas, pretendo trabalhar todos os problemas emocionais através dos problemas do trabalho. Por uma razão muito simples: Passamos mais tempo no trabalho do que em casa ou com os amigos. Isso é fato. E os problemas do trabalho, em geral, são levados para a vida familiar causando enormes transtornos e crises de relacionamento. Da mesma forma que uma vida familiar e social desajustada interfere no desempenho profissional. Aproveitando minha formação em Gestão de Recursos Humanos e inúmeros cursos de extensão como Direção e Administração de Empresas, Conflitos Organizacionais, Seleção de Pessoal, Recolocação no Mercado de Trabalho, Auto-estima no Trabalho, Sucesso Profissional, Motivação e Produtividade, Chefia e Liderança, entre muitos outros , resolvi unir o mercado de trabalho à Terapia Holística, podendo ser considerada uma espécie de - Terapeuta do Mercado de Trabalho.
Foto montagem com a capa do livro - Os Mistéridos da Fortuna e foto da autora.
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