agosto 30, 2007

14 Bis


Em atividade desde 1979, à banda mineira 14 Bis - Flávio Venturini, teclado, violão e voz; Cláudio Venturini, guitarra; Vermelho, teclados; Sérgio Magrão, baixo; e Hely, bateria, foi o que resultou da fusão dos componentes das bandas O Terço e Bendegó. Flávio Venturini e Vermelho também faziam parte do Clube da Esquina, grupo de músicos mineiros que incluía Beto Guedes e Milton Nascimento.
O 14 Bis fez sucesso na década de 80, quando lançou "Todo Azul do Mar" (F. Venturini), "Canção da América" (M. Nascimento - F. Brant), "Espanhola" (F. Venturini - G. Guarabyra). Em 1987, Flávio Venturini partiu para carreira solo. A banda nunca parou e continua na estrada fazendo shows e divulgando seu primeiro DVD depois de mais de 25 anos de carreira. Veja trechos da entrevista com Sérgio Magrão. O leitor poderá conferir na íntegra no jornal International Magazine nas bancas de jornal.


Custou mas saiu
- Estamos na batalha desse DVD já tem uns dois ou três anos.
A idéia era lançar no centenário do avião 14 Bis e rodar o Brasil inteiro. Mas não deu tempo e acabou rolando somente o DVD.

50% em São Paulo
Queríamos gravar em São Paulo. O maior público nosso é lá. Chega a representar 50% de tudo que fazemos.

Participações
- Foram duas participações. Flavio Venturini se deu em estúdio por causa dos transtornos nos vôos. Ficou preso em Feira de Sant’Ana. A participação do Rogério Flausino, também, em estúdio se deu por motivos particulares da família. As duas ao vivo foram do Marcus Vianna em “14 Bis instrumental” e “Mesmo de brincadeira”. E o Beto Guedes que cantou “Caçador de mim”.

Fãs reclamam
- Muita gente reclama de músicas que ficaram de fora. Temos ao todo 163 músicas gravadas e só cabem 20.

Novo projeto
- Temos um outro projeto para depois do meio do ano que vem, que é: Fazer uma excursão com o Flavio Venturini e gravar tudo. Ai sim! Tocaremos “Nuvens”, “Nos bares da vida” e outras coisas.

agosto 28, 2007

Marcia Sampaio - Os Mistérios da Fortuna


Marcia Sampaio é Terapeuta Holística com especialização em Psicologia e Saúde Mental. Percebendo que a maioria dos distúrbios físicos que levavam as pessoas a procurá-la em clínicas e consultórios, estavam relacionados a problemas no ambiente de trabalho. Com isso, a terapeuta resolveu investir em livros de auto-ajuda voltados para o lado profissional do cidadão de diferentes etapas no mercado de trabalho que é cada dias mais disputados em diferentes áreas. Em entrevista exclusiva, a também escritora, explica detalhadamente porque está lançando o livro ‘Os Mistérios da Fortuna’ – Litteris Editora. O lançamento será na XIII Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro 2007, no dia 22 de setembro das 17h às 18h30, no Pavilhão Verde da rua R, 336 do Rio Centro – Av. Salvador Allende, 6.555 – Barra da Tijuca- Rio de Janeiro.


- Este é o primeiro livro que você escreveu?
- Sim, é o primeiro livro. Sou a fã - número 1 - dos livros de auto-ajuda! Porém, acho que falta um teor didático que realmente ajude as pessoas a mudarem suas vidas. O que comumente vejo, são promessas mirabolantes, verdadeiras fantasias que fazem com que o leitor se sinta –se enganado diante da proposta da obra. As obras, em geral, oferecem a sensação de que uma mera leitura mudará o rumo da vida do leitor, resolverá todos os seus problemas, conflitos emocionais e, isso jamais acontecerá! A Biblioterapia (terapia através da leitura de auto-ajuda) é um método fantástico e pode revelar os mais favoráveis resultados, mas é preciso técnica, é necessário trabalhar o problema abordado e isso requer vontade, disciplina, exercícios e orientação, da mesma forma que um tratamento em consultório. Ninguém sai de um consultório de terapia curado com uma sessão, certo? Então, prometer que uma leitura milagrosa vai modificar a vida de alguém, ou mesmo incentivar a pessoa a acreditar que ela vai conseguir resolver tudo sozinha após uma compreensão maior da leitura, a meu ver, é debochar da inocência do leitor. Digo isso não só como terapeuta, mas também como educadora e até como leitora. É claro que não são todos. Há muitos livros bons no mercado, mas a maioria não me convence e, sinceramente, nunca vi ninguém feliz e com os problemas solucionados após uma leitura superficial. A pessoa, ao ler um livro de auto-ajuda, muitas vezes sente-se como se estivesse se olhando no espelho. Parece que o autor desvendou a vida dela! Há uma identificação total, mas dificilmente há um encaminhamento que explique como resolver o problema e que ensine como aplicar aquelas informações na vida. É o mesmo que estudar sozinho. Quantas pessoas autodidatas você conhece? Eu conheço poucas. É o mesmo caso. Se todos tivessem o dom de resolver seus problemas com uma simples leitura, os consultórios estariam vazios e todos seriam felizes! Então, Elias, antes que os livros de auto-ajuda percam a credibilidade eu decidi oferecer uma colaboração realista e educativa. Talvez até petulante e inovadora. Sei que sou polêmica, que vou irritar e fazer inimigos. Mas também sei que funciono, acredito na minha força e conheço a minha capacidade! Toda pessoa autêntica e firme em seus propósitos é inicialmente apedrejada pelos inconformados e preguiçosos, que não suportam a idéia de trabalhar em cima de mudanças, mesmo que seja para melhor. Buda, Sócrates e Jesus, só para citar alguns exemplos, souberam muito bem o que é isso. Essa veracidade escancarada na minha obra foi o detalhe que mais encantou o editor-chefe da Litteris Editora, Artur Rodrigues. Ele ficou impressionado com o meu texto verdadeiro, didático, preparado nos mínimos detalhes para de fato ajudar as pessoas. O meu texto apresenta linguagem simples, informal e até sem “palavras difíceis” ou termos que somente os profissionais da área compreendem. Escrevo como se estivesse conversando com o leitor em um consultório. Questiono, explico, faço comparações, ajudo a tirar uma conclusão. Tem até pegadinha! Acho que é assim que deve ser. Não acredito na competência verbal, e sim na prática eficiente. De discurso bonito e estéril todo mundo está farto! Além do mais, não escrevo diretamente para a elite ou para profissionais da minha área. Embora, todos os leitores sejam muito bem-vindos! Mas o meu principal objetivo é oferecer um livro com um baixo custo, uma oportunidade rara para as classes menos privilegiadas que não têm condição financeira de freqüentar um consultório de terapia, arcando com os altos custos de uma, duas ou até três sessões semanais, dependendo do caso. Não conheço uma só pessoa que não necessite de terapia, e quero imensamente trabalhar para a grande massa desfavorecida em todos os sentidos. Essa proposta combina muito bem comigo.

- Antes de ser escritora, você escreveu para alguns veículos de imprensa?
- Sim, alguns, mas sempre como uma “abelhuda amadora”. Nunca fui jornalista! Sempre fui escritora! Tive a sorte de alguns editores compreenderem o meu estilo amador e me valorizarem, acreditarem no meu potencial e me oferecerem até colunas de destaque em alguns veículos. Fui muito incentivada por Antonio Braga no Jornal das Gravadoras e na revista Musi-k durante mais de dez anos. Também ocupei posições privilegiadas nas revistas eletrônicas http://www.songweb.com.br/, com Rodrigo Maciel, e na http://www.dropmusic.com.br/, com Valdir Antonelli. Todas essas experiências estavam ligadas à música, minha grande paixão.

- Foi sua primeira experiência com o jornalismo?
- Não. Na verdade, a minha primeira experiência jornalística foi com Alberto Brizola, quando eu tinha apenas 18 anos. Ele apresentava o programa – Amor na extinta rádio Mundial e tinha o Jornal do Amor. Apresentei-me a ele - com a cara e a coragem - com três versões diferentes de uma entrevista que havia feito com o Grupo Yahoo!. Sucesso na época com o hit Mordida de Amor, para que Alberto Brizola escolhesse a que fosse de seu agrado. Para minha surpresa ele adorou as três e passou muitos dias em dúvida, sem saber qual das três versões publicar. Foi a minha primeira experiência como entrevistadora, e foi também, coincidentemente, a primeira grande entrevista que os integrantes do Grupo Yahoo! Uma matéria de capa, com duas páginas de entrevista e com direito a um pôster na folha central! Sem dúvida foi uma estréia cinematográfica! Agradei ao público e me tornei uma das maiores colaboradoras do jornal. No Jornal do Amor escrevia sobre política, economia, saúde, sexo, religião, educação e etc e tal. O jornal era bem rico em conteúdo. Não falava exclusivamente de amor, até porque o dono do jornal era um político e divulgava ali sua agenda, seus projetos e tinha o objetivo de oferecer educação e informação aos leitores de forma generalizada. Mais há à frente, dediquei-me a matérias musicais nos outros veículos citados.

-Você chegou a fazer algum curso para escrever jornalisticamente?
- Sim. Tenho formação musical e teatral. Fiz alguns cursos técnicos de redação jornalística e de jornalismo para a web. Mas nunca fui jornalista de fato. Apenas colaborei da melhor forma possível! Agradeço imensamente a esses excelentes profissionais da área que me engrandeceram nesse aspecto. Acho que no fundo, eles enxergaram em mim a escritora que se encontrava por trás da - pseudojornalista e por isso abriram as portas. Hoje, mantenho como escritora a mesma linha de texto - amador que agradou ao público e também aos editores dos veículos para os quais escrevi. Esses jornais e revistas foram a minha grande escola na arte de escrever. Foi onde fiz perigosos e ousados - testes em público. Muitas vezes tropecei, mas em geral passei com boa média nas provas como a jornalista que fui sem nunca ter sido. E floresceu então a escritora!

- Como surgiu a idéia de lançar um livro de auto-ajuda?
- Sou, por natureza, observadora, contestadora, teórica, filósofa... E adoro escrever! Talvez seja uma grande ambição minha desejar atender o Brasil inteiro através de minhas obras. Em vez de atender uma ou duas dezenas de pessoas privilegiadas financeiramente, trancada em um consultório na zona sul da cidade – no Rio. Sim, porque a terapia é tida como - tratamento de rico. Eu me preocupo imensamente com as classes menos abastadas. Quero inclusive, popularizar a terapia. O livro é uma grande abertura para eu ficar conhecida no Brasil e pode ser verificado na obra que eu me coloco à disposição dos leitores para orientação e aconselhamento por e-mail gratuitamente. Ou seja, ofereço uma complementação do trabalho realizado no livro aos meus leitores. Não é como ocorreria em um consultório, obviamente, mas sempre esclarecendo dúvidas, oferecendo um aconselhamento breve para um problema específico, ou enviando exercícios que a pessoa me retorne para serem corrigidos. Seja relacionado ao tema da obra ou a qualquer outro assunto que necessite de desabafo ou ajuda. Longe de mim ser uma escritora inacessível ou uma terapeuta de agenda sempre lotada. Esse contato com os leitores é muito importante, até para eu verificar quais são os temas que mais precisam ser trabalhados nos próximos lançamentos. É uma troca fabulosa! Um canal de pesquisa para mim e de acolhimento para o leitor. Enfim, quero atender o Brasil inteiro! Fechei os consultórios para abrir os livros! Por isso, estou lançando OS MISTÉRIOS DA FORTUNA - As leis do sucesso profissional. Estou me colocando à disposição de todos. Seja em contato presencial ou à distância.


- Esse livro é voltado para pessoas que estão começando no mercado de trabalho ou pra todos os níveis?
- Para todos os níveis. Desde o adolescente que está terminando o Ensino Médio e tem dúvidas sobre a sua vocação, até as pessoas já colocadas no mercado, mas que se encontram insatisfeitas, que desejam uma promoção ou sentem-se infelizes na função que exercem. É também para pessoas que se encontram desempregadas e precisam saber como proceder para alcançar uma recolocação profissional. Serve para os mais ambiciosos que desejam atingir um nível de prosperidade considerado difícil ou quase impossível. É um livro que ajuda a pessoa a se conhecer, a descobrir o seu potencial, as suas aptidões, a perceber as oportunidades, como vencer os obstáculos. Explica o que deve ser modificado para obter o total êxito profissional. Isso vai desde o autoconhecimento, até o nível de ambição do indivíduo. Enfim, é para todos que desejam trabalhar com progresso e sentindo-se bem com o que faz.

- É uma auto-analise para conseguir entrar no mercado de trabalho?
- É uma auto-análise para entrar no mercado de trabalho e também para modificar a posição dentro dele, caso a pessoa sinta necessidade de progresso, de mudanças, pelos mais variados motivos. Sem se conhecer a pessoa, não tem como escolher uma carreira adequada. É como eu coloco no livro: A pessoa precisa entender que só vai progredir quem exercer muito bem sua função. Seja ela qual for. E isso inclui uma avaliação de si mesmo, a valorização das potencialidades e a autocrítica na compreensão de si mesmo. Por exemplo: Um indivíduo desarticulado, ingênuo e de raciocínio lento, dificilmente resultará em um grande advogado. Da mesma forma que uma moça tímida e insegura, raramente se sairá bem como recepcionista de eventos. Um detalhe interessante é que quase todo mundo que se encontra desempregado, resolve ser vendedor! E a profissão de vendedor exige tantas características de personalidade e aptidões! É uma das profissões mais difíceis de se exercer bem! É preciso ter o dom para progredir na área de vendas. Não há como forçar a barra. Então, o livro ajuda a pessoa a se entender, a se perceber e a procurar um direcionamento que a leve ao êxito profissional, tirando partido de si mesma, das virtudes que muitas vezes ela própria nunca notou.

- Fale da importância do livro para os jovens que são recém-formados.
- Os jovens recém-formados precisam apresentar um diferencial no currículo que alerte o entrevistador, no sentido de demonstrar por que razão aquela pessoa é melhor e mais adequada para um cargo do que as outras centenas ou milhares que estão disputando a mesma vaga. Hoje as organizações não procuram mais um colecionador de diplomas. Exemplo: Se um cargo exige memória, raciocínio lógico, autonomia e concentração, as pessoas que exaltarem esses detalhes tão importantes no currículo despertarão mais interesse. Mas, além de ser necessário falar a verdade, é preciso, antes de tudo, se conhecer para vender bem a própria competência. O marketing pessoal tem seu valor na questão da imagem, comportamento e relações humanas. Mas acredito mais na sinceridade exposta por um conhecimento profundo de si mesmo. O marketing pessoal é, muitas vezes, interpretado erroneamente. Ao tentar fazer marketing pessoal muitas vezes você corre o risco de vender uma falsa imagem. Tipo: Propaganda enganosa! Compreende? Com o tempo, todo o teatro será desvendado e não trará bons resultados. Muitas vezes a própria pessoa, sem querer, na ânsia de impressionar, de fazer bonito, acaba entrando na fantasia que criou e até se confunde, mas sempre tem os momentos em que a pessoa se despolicia e a máscara cai. Não é nada bom que isso ocorra. É importante não tentar impressionar erroneamente, pois o tempo revelará a pessoa por inteiro na execução das tarefas mais simples. De modo que é bom ser eficiente desde o início, com sinceridade. Acho que esse deve ser o fundamento do - marketing terapêutico. A verdade atrai credibilidade maior, e a credibilidade atrai mais responsabilidade, autonomia e promoção. Assim ninguém perde tempo e dinheiro. Mas é importante também, Elias, abordar os que ainda não se formaram, pois entrar no mercado de trabalho hoje é uma tarefa complicada. Por isso o livro é aberto a todos, sem exceção. Entrar no mercado de trabalho de forma errada pode levar um tempo que vale ouro para consertar o caminho tomado. É absurdo trocar de profissão com freqüência no desespero de conseguir uma colocação no mercado. Mas é o que mais está acontecendo atualmente.

- No mercado atual, em sua opinião, esse livro teria um papel importante na cidadania?
- Sim, porque o trabalho faz parte do exercício da cidadania. Sem trabalho ninguém vive, mas, além da remuneração, o mercado de trabalho envolve a questão de direitos humanos que não se resume à violência, criminalidade e preconceito. A auto-estima, o direito a uma remuneração decente, a noção do valor da vida, o respeito, direito à saúde, educação e informação, tudo isso faz parte do trabalho dos direitos humanos e também do exercício da cidadania.

- A quem você indicaria como uma Bíblia – ‘Os Mistérios da Fortuna’?
- Não tenho como citar um órgão público ou ONG, etc. que necessite ter - Os Mistérios da Fortuna como uma Bíblia. Poderia dizer que todas as pessoas físicas necessitam dessa “Bíblia”. Desde os mais bem colocados aos que desejam um lugar ao sol. Pessoas jurídicas, nesse caso, seriam todas as organizações, ONGS, especialmente profissionais de recursos humanos no sentido de investigar corretamente o potencial de um funcionário ou candidato a funcionário. Pois muitas vezes os funcionários são mal selecionados e acaba por não conseguirem cumprir adequadamente suas tarefas. Isso causa prejuízos ao indivíduo e igualmente à organização como um todo. É preciso que as organizações entendam que uma recepcionista pode destruir uma empresa. Pois qualquer contato presencial ou ligação passa por ela da mesma forma que um alto executivo. Não existe diferença de importância. A diferença real é meramente financeira, na questão da remuneração deste mercado de trabalho explorador, escravagista. Todos os cargos possuem uma vital importância no desenvolvimento de uma empresa e se isso não for devidamente valorizado. A motivação e a produtividade entrarão em declínio. O que seria de uma empresa sem o pessoal da limpeza, o ascensorista, o boy, a secretária... Até chegar ao diretor, ao presidente? Deixe apenas o presidente ou um dos diretores conduzindo a organização por um dia para ver o resultado! Um trabalho em equipe é algo muito sério! Todos os cargos se encontram interligados em busca de um mesmo objetivo. A troca constante de funcionários insatisfeitos ou considerados incompetentes, jamais resolverá o problema e, sim uma nova forma de se relacionar com os funcionários, além de procurar conhecer profundamente o seu pessoal. O ideal é fazer isso no momento da seleção. Mas muitas vezes esse processo de conhecimento só se intensifica com o tempo. A primeira impressão é a que fica. Mas nem sempre corresponde à realidade. E, antes de exigir experiência anterior, os departamentos de recursos humanos deveriam se importar mais com as características individuais dos candidatos. Experiência anterior nunca representou e jamais representará competência no exercício de uma função. Um recém-formado pode render mais do que um profissional experiente, se for devidamente analisado durante a entrevista pessoal e na dinâmica de grupo. É abordando tudo isso que a obra pode ser considerada uma Bíblia para todas as organizações, ONGs, órgãos públicos. Sem precisar citar um em especial. Todos precisam.

- Você é terapeuta com especialização em psicologia. Pretende lançar algo referente?
- Sou Terapeuta Holística - CRT 39620 com formação em Acupuntura Auricular, Cromoterapia, Reflexologia Podal, Florais de Bach e Fitoterapia. Fiz uma extensão especializada em Psicologia e Saúde Mental com qualificação plena. É impossível interpretar os distúrbios físicos sem analisar os componentes emocionais. Hoje, pelo menos 70% dos distúrbios físicos são psicossomáticos, ou seja, de fundo emocional. Embora eu não trabalhe com Psicoterapia ou Psicanálise, a Terapia Holística aborda o físico, emocional, mental e espiritual, que é um resumo do ser humano. A pessoa não é um fígado ou um coração. Ela é um todo. Com essa visão pretendo trabalhar problemas relacionados ao trabalho. Mas que certamente envolvem o lado emocional. Meu editor-chefe, Artur Rodrigues, já me pediu uma continuidade desse trabalho com - Os Mistérios da Fortuna. Vou atendê-lo! Mas, pretendo trabalhar todos os problemas emocionais através dos problemas do trabalho. Por uma razão muito simples: Passamos mais tempo no trabalho do que em casa ou com os amigos. Isso é fato. E os problemas do trabalho, em geral, são levados para a vida familiar causando enormes transtornos e crises de relacionamento. Da mesma forma que uma vida familiar e social desajustada interfere no desempenho profissional. Aproveitando minha formação em Gestão de Recursos Humanos e inúmeros cursos de extensão como Direção e Administração de Empresas, Conflitos Organizacionais, Seleção de Pessoal, Recolocação no Mercado de Trabalho, Auto-estima no Trabalho, Sucesso Profissional, Motivação e Produtividade, Chefia e Liderança, entre muitos outros , resolvi unir o mercado de trabalho à Terapia Holística, podendo ser considerada uma espécie de - Terapeuta do Mercado de Trabalho.
Foto montagem com a capa do livro - Os Mistéridos da Fortuna e foto da autora.

agosto 22, 2007

Didiê Cunha - a revelação do som!



Didiê, jovem talentoso de 24 anos, engenheiro de som, que desde que entrou em estúdio, se dedicou o melhor possível com muita perspicácia. Sendo assim, Didiê se tornou o que podemos dizer, um jovem engenheiro de som prodígio, mostrando que idade nem sempre é documento. Com uma bagagem profissional de meter inveja em qualquer marmanjo, experiência acumulada em mais de oito anos de atividade. Natural do Rio Grande do Sul, onde iniciou sua carreira, Didiê Cunha, trabalhou com artistas de renome em sua terra natal, dentre os quais ele destaca: Papas da Língua, Nenhum de Nós, Nico Nicolaiewsky, Renato Borguetti, dentre outros. Em descontraída conversa, em seu apartamento no Rio de Janeiro no dia 14 de agosto, ele conta algumas façanhas dentro do circuito da música. Deixemos a revelação do som falar!

- Você trabalhou com pessoas de renome?
- Sim. Lenine, um cara com quem eu trabalhei direto na produção da trilha sonora do grupo de dança - Corpo - junto com JR Tostoi. Trabalhei também com o SNZ, Preta Gil, Elza Soares, Celso Fonseca, Ivan Lins com Celso Viafra, Zéu Britto, F.UR.T.O (banda do Marcelo Yuka), Gabriel O Pensador, Kátia B, Roberta Sá, Luka, Banda Black Rio, Engenheiros do Hawaii, Daniel Rey, produtor dos Ramones que produziu o disco da banda Tequila Baby, Paulinho Moska, Bebel Gilberto, Antonio Villeroy, Martnália, Danni Carlos, Bossacucanova, Jacques Morelembaum, Arthur Maia, Hamilton de Holanda e Marcos Suzano.

- Como você foi parar na música?
- Eu tinha 16 anos quando fui passar as férias na casa de meu pai que mora em Goiânia, minha mãe é que mora em Porto alegre. Meu pai sempre abria algum negócio e depois fechava. Nesse verão, ele abriu uma escola de música. Lá tinha também um estúdio e começamos a mexer, a ler revistas especializadas e coisa e tal. Foi quando minha mãe ligou e disse: - Temos que arrumar um emprego pra você. Ela chegou a falar com meu primo Marco, que tem uma empresa de engenharia elétrica em Porto Alegre. Ele me perguntou o que eu queria fazer. Expliquei que nunca havia trabalhado e que apenas tinha mexido naquele estúdio de Goiânia, mas que não entendia nada nessa área. Esse meu primo conhecia o cara que era dono do maior estúdio de Porto Alegre – Tec Áudio, que é do Renato Alscher e do guitarrista gaúcho Marcelo Corsetti. Fiquei um mês visitando o estúdio e quando um assistente saiu me convidaram para entrar na vaga. Trabalhei na madrugada, das 20h às 6h do outro dia durante dois anos. Depois passei para o horário diurno. Comecei então a trabalhar com bandas locais como técnico. Isso foi em 1999. Era um estúdio tipo empresa. Hoje em dia, praticamente não existe estúdio com a rotatividade e quadro de funcionários como havia lá.

- Como você começou no estúdio?
- Como assistente de estúdio. É aquele cara que está aprendendo a enrolar cabo. Eu era muito cru! Tive a sorte de aprender com técnicos experiente do mercado gaúcho que aprenderam com o Renato que é muito bem conceituado e tido como um mestre! O pai do Renato é considerado um professor Pardal! Sabe tudo de eletrônica! Construiu o estúdio e fazia toda a manutenção. Sou um fã do “Seu” Egon Alscher. Em minha opinião, quem aprendeu com ele, não precisa de faculdade. O Renato está aqui no Rio, trabalha com a Marina Lima e têm um estúdio no Leblon - Corredor 5 estúdios, junto com o Clemente que é produtor musical. Durante seis anos fui aprendendo trabalhando diariamente mais de dez horas. Até que apareceu um artista que estava gravando seu disco no estúdio e que precisava de um técnico de monitor para sua equipe, foi quando o produtor técnico me perguntou se eu não estava interessado, já que eu trabalhava no estúdio e conhecia o repertório do artista. Sem pensar duas vezes, eu aceitei, com a cara e a coragem! Não falei que eu nunca tinha trabalhado ao vivo e eles também não sabiam disso. (risos). Sei que no final, deu tudo certo. Até chegar a faculdade, demorou anos. Comecei a fazer monitor, em seguida PA e gravar em estúdio varias bandas e artistas locais. Chegou um certo tempo que eu não tinha mais pra onde ir, em questões de trabalho. Trabalhava com as melhores bandas - Tequila Baby, Rosa Tattooada, Cidadão Quem, Papas da Língua, Nenhum de Nós, Orquestras... Até artistas regionais eu trabalhei. Fiz muita coisa no Sul.

- Chegou um momento que o Rio Grande do Sul ficou pequeno pra você?
- Sim. Coincidiu que em 2004 roubaram meu carro. Peguei uma grana do seguro e resolvi mudar. Minha mãe descobriu que havia no Rio de Janeiro, uma faculdade que tinha o curso de técnica de gravação. Como eu precisava de um motivo para vir para o Rio para procurar trabalho, aproveitei e fiz o curso na faculdade Estácio de Sá de técnica de gravação e produção fonográfica. Foram seis meses sem trabalho. Até que o Renato, que estava mixando o DVD da Martnália, me chamou para trabalhar junto a ele.

- Esse foi seu primeiro trabalho aqui no Rio de Janeiro?
- Sim! Foi meu primeiro trabalho aqui no Rio. Fui fazer todo SYNC do áudio com o vídeo do DVD. Foi muito trabalhoso e demandava muito tempo. Tínhamos prazo para entrega e não podíamos passar 25 horas dentro de um estúdio. No final saiu tudo bacana. A partir desse trabalho, começou a rolar um trabalho com ela – Martnália. Gravamos uma música que entrou na novela “À Lua me disse” que o Arthur Maia produziu depois de março. Em junho de 2005, fiz minha primeira tour pela Europa com a Martnália fazendo o PA. Até hoje, trabalho com ela.

- As portas abriram pra você?
- Sim. Digo que quem abriu as portas pra mim, foi o Renato, pelo seu trabalho e sua história tanto em estúdio como em shows. Ele ainda me apresentou o Celso Fonseca e Clemente, com quem fiz bastantes coisas. Gravei um disco de uma cantora italiana, Sandy Muller www.myspace.com/sandymuller, que o Marcelo Costa baterista da Marisa Monte produziu, na qual gravei músicos como: Jorge Helder, João Carlos Coutinho, Lew Soloff - famoso trompetista do circuito de be-bop nova-iorquino, Moska e o próprio Celso Fonseca. Também gravei, mixei e co-produzi o disco de um grupo de hip-hop de angola chamado: Major League Rap www.myspace.com/majorleaguehiphop.

- Você trabalhou também com o Gabriel o Pensador?
- Sim, era do mesmo escritório do F.UR.T.O, que na época eu fazia PA.
Acabou rolando uma tour pelos Estados Unidos. Fizemos Miami, Nova Iorque e Boston. Eu já havia feito uma viagem com a Martnália pela Europa em 2005. No final de 2005, fiz um sub de PA dos Engenheiros do Hawaii durante um mês. Depois, fiz novamente o F.UR.T.O. Começou a rolar o Gabriel. Acabei indo para Alemanha fazer Martnália com Chico Buarque na Copa do Mundo de 2006. Retornei em junho e em setembro, rolou essa tour com o Gabriel. O pessoal voltou e eu fiquei em Nova Iorque.

- Porque você ficou nos Estados Unidos?
- Queria abrir novos horizontes! Conheci umas pessoas e fui trabalhar dentro de um estúdio, que era um selo - Tycoon Dynasty - e acabei gravando e mixando duas faixas para um grupo que estava começando a fazer sucesso, de R’n’B do brooklyn, chamado – Deep, www.myspace.com/brooklynsdeep. Trabalhei em uma empresa que sonorizava shows médios de bandas locais em Manhattam e em Long Island. Foram três meses de aprendizagem. Quando retornei em dezembro, fiquei fazendo shows com a Luka. Comecei a trabalhar com a Danni Carlos em janeiro fazendo monitor e hoje faço PA. Em março e abril de 2007, gravei Marcos Suzano, Hamilton de Holanda, nas faixas de Kátia B, produzido por Jr Tostoi e também Roberta Sá, produzido por Rodrigo Campello. Ainda com Jr Tostoi, www.myspace.com/jrtostoi, produzi, gravei e fiz a mixagem para o EP do Pantico Rocha, www.myspace.com/panticorocha, baterista do Lenine, que tem participações do próprio Lenine e também de Pedro Luís - da Parede. Também gravei as baterias e masterizei o EP da banda dele Vulgue Tostoi, myspace.com/vulguetostoi. Em junho gravei um disco de uma banda de rock australiana chamada: The Regurgitators, www.myspace.com/regurgitators. Os caras viram minha página no My Space, www.myspace.com/didiecunha, fizeram contato e me contrataram para fazer a gravação e produção local. Foi um diretor da gravadora australiana chamada Verve Records. Ele e a banda vieram ao Rio e gravamos no Jardim Botânico, no estúdio SOMA, que possui uma console Neve. Alugamos a sala do estúdio Jam House, que é de ensaio e fica na mesma casa do SOMA, para termos duas salas para a gravação. O disco foi todo gravado no Brasil, mixado na Austrália e masterizado em NY, nos Estados Unidos. Ainda está para ser lançado.

- Você estava fora do Brasil?
- Acabamos de retornar da Angola com a Martnália onde fizemos três shows em Luanda. Ficamos uma semana por lá.

- Daqui pra frente?
- Continuo fazendo Martnália, Danni Carlos e sub’s para Bossacucanova, com show na Venezuela em setembro, Stereo Maracanã e trabalhos em estúdio.

- Qual seu último trabalho?
- Acabei de gravar uma faixa, dirigida por Edu Neves, para o disco do Antonio Villeroy, www.myspace.com/antoniovilleroymusic, que é um samba na qual os músicos que gravaram fazem parte da banda do Zeca Pagodinho. Estou trabalhando na produção de um artista independente também chamado Seu Flô, www.myspace.com/seuflorr e, em vários outros projetos menores.

Os reis do baile estão de volta ao Canecão!


The Fevers chega ao Canecão com o show ‘Vem dançar’

Grupo de rock mais popular do Brasil – The Fevers – chega ao palco do Canecão - Rio de Janeiro apresentando o show ‘Vem dançar’. No final do ano passado a banda lançou seu primeiro DVD pela gravadora Polydisc gravado em Recife e direção de JC Marinho e produção musical do r Liebert 'Fever' Ferreira. No DVD, a banda teve convidados especiais – Renato & seus Blues Caps e a banda paulista Pholhas.
“Acredito que nosso DVD já vendeu mais de 15 mil cópias”, comenta Luiz Cláudio.

O grupo formado por Luiz Cláudio (vocalista) e Liebert Ferreira (contra baixo e vocais) - dois remanescentes da formação histórica, mais o excelente Rama (guitarra e vocais), o já dinossauro Miguel Ângelo (teclados e vocais) e Otavio Henrique (bateria) que teve passagem por Sangue da Cidade e Vid Sangue Azul, continua percorrendo todo país lotando os maiores palcos nas principais cidades brasileira.
“Na realidade, quase não divulgamos o DVD no Rio, que saiu ano passado, por falta de espaço. Apareceu essa data coincidindo com os 40 anos do Canecão, que pra nós da banda, é o palco mais sagrado na historia do show business brasileiro e a mais tradicional na Cidade do Rio de Janeiro. É muito importante deixar nossa presença marcada num ano como esse. Os Fevers tem 42 anos de estrada e muita história nessa casa”, declara o cantor da banda Luiz Cláudio completatando: “Nesse show estaremos contando com as participações especiais do meu filho Luiz Cláudio Jr (violões), Paulo Meira (guitarra e vocal) e Marcos Neto (teclados e vocal)”.

Recentemente os The Fevers participaram do show comemorativo 40 Anos de Rock Brasil, ao lado de Wanderléa, Erasmo Carlos e Golden Boys, com registro ao vivo e posteriormente premiado pela Associação Brasileira dos Produtores de Discos com Ouro e Platina, tanto para o DVD como para o CD. Foi aí que o grupo se empolgou e tocou em frente o projeto de lançar seu primeiro DVD. Para o repertório do DVD e CD que o acompanha, eles escolheram 20 grandes sucessos.
“Acredito que a banda chegou a formação ideal, tanto humano como musicalmente. O pessoal mais novo trouxe coisas novas. Essa mistura é que deu certo!”, avalia Luiz.

Quem pensa que os Fevers não tem gás para tantos shows e projetos, se enganam.
“Estamos planejando um novo trabalho, que poderá ser cd e DVD”, avisa Cláudio. Agora, é conferir o show ao vivo!

SERVIÇO
Show THE FEVERS – VEM DANÇAR
Local: Canecão. Avenida Venceslau Brás, 215 – Botafogo – Rio de Janeiro.
Capacidade: 2000 lugares
Data – 24.08.2007 (Sexta-feira)
Horário – 22 horas
Classificação – 16 anos
Informações: (21)2105-2000.
Site:
www.canecao.com.br
Ingressos: R$ 90,00 (Setor A e Frisa Central), R$ 85,00 (Setor B e Balcão Nobre), R$ 80,00 (Setor C e mezanino), R$ 60,00 (Frisa Lateral e poltronas par), R$ 20,00 (poltronas impar).

agosto 20, 2007

Cachorro Grande


Eles são amigos que se conheceram nas ruas de Porto Alegre, ainda nos anos 90. Ralaram e se divertiram, fazendo shows pelo país até chegarem ao grande público, em 2005, com o CD Pista Livre, o primeiro pela gravadora Deckdisc. Agora, com o novo Todos os Tempos, seu quarto álbum oficial, o grupo Cachorro Grande - Beto Bruno (voz), Marcelo Gross (guitarra), Rodolfo Krieger (baixo), Gabriel Azambuja (bateria) e Pedro Pelotas (piano) - está pronto para aumentar ainda mais o grande número de fãs que já curtem suas músicas influenciado no rock dos anos 60 e 70. Em entrevista concedia em 05 de junho de 2007 em São Paulo, a banda fala do caminho rumo ao sucesso. Com vocês! Cachorro Grande!

Por Elias Nogueira

- Muitas pessoas acreditam que esse é o primeiro disco da banda. Este é o grande teste?
Beto Bruno - Na verdade esse é o quarto disco de carreira da banda. Esse é o segundo pela Deck. Ao mesmo tempo esse disco foi gravado com maior preocupação. O primeiro pela Deck, que é uma grande gravadora, nós pensamos assim: Vamos botar pra f... Nesse disco! Esse foi mais relaxado, mas tranqüilo e o resultado saiu bem melhor que o anterior. Ao mesmo tempo em que é um grande teste, nos deixou bem mais tranqüilos. A gente lançou o nosso primeiro disco em 2001 de forma independente por uma gravadora pequena mesmo para os padrões do Rio Grande do Sul. Ou seja, não tínhamos distribuição nacional. Então o que a gente podia fazer para espalhar a nossa música era sair tocando nos festivais de bandas independentes. E foi o que aconteceu. Isso ajudou nos ajudou muito a conseguir um certo reconhecimento dentro desse cenário underground. O nosso segundo disco saiu encartado na “Outra Coisa”, revista editada pelo Lobão que mensalmente traz um CD encartado. Esse disco já chegou em todo o país e abriu as portas para que a gente conseguisse uma gravadora de médio porte, que é a Deckdisc, a nossa atual gravadora. Ao mesmo tempo acho legal que as coisas estejam acontecendo somente agora, já que a gente conhece essas histórias de bandas que estouram logo no primeiro disco e depois não conseguem se manter. Estamos com o pé no chão.

- Todos compõem na banda, antes não. Qual a diferença?
Beto Bruno - Agora nos vemos mais como banda. Antes era tudo por minha conta e do Gross. Aparecia sempre uma certa pressão sobre nós para aparecer com músicas novas. Entrou o Rodolfo que canta bem e tem música dele. Foi por isso que o convidamos para ingressar na banda e não queríamos apenas ele tocando baixo. Quando o Rodolfo entrou, ele deu, meio que, um empurrão no Gross e no Gabriel para eles cantarem as músicas que são de autorias deles. Hoje, quem tiver a melhor idéia, entramos os cinco de cabeça. Não têm mais regras! Todos compõem e acho que isso é o mais perto do que queremos. As bandas que gostamos e admiramos, Beatles, Mutantes e Pink Floyd, eram assim. Todos faziam músicas, todos cantavam. Esse é o caminho que nós iremos seguir daqui por diante.

- Na seleção do repertório teve sobras?
Marcelo – Tem sim, Algumas coisas legais que não puderam entrar. Nos discos anteriores, também ficaram coisas de fora.

- O que pretendem fazer com o que ficou de fora?
Marcelo - Quem sabe daqui a algum tempo lançar um álbum duplo com todas as sobras.

- Beatles, Rolling Stones, Mutantes... Serviram de inspirações. Da nova geração o que vocês escutam?
Beto - Bandas influenciadas por Beatles e Rolling Stones! (risos). Gostamos muito do Supergrass. No ano passado conheci uma banda chamada Racounteurs que acho sensacional! Não vejo a hora de sair o próximo disco. Estamos escutando de tudo. Redescobrimos o som do Manchester do final dos anos 80. The Stone Roses começo do Primal Scream, que é um grupo de rock alternativo formado como um duo no ano de 1982 em Glasgow, Escócia, por Bobby Gillespie, antigo baterista do The Jesus and Mary Chain e Jim Beattie. Na época dos grunges, que não deixaram acontecer por aqui, lá fora foi muito forte e acabou que ninguém fez esse tipo de som no Brasil. Tem um cara que escutamos muito que é o Ian Brown que é um músico da Inglaterra e ex-vocalista líder da banda de índie rock e britpop The Stone Roses. O motorista do ônibus não agüenta mais escutar! (risos). Esse sim é um cara que quando escutamos sabemos que estamos em 2007. Adoramos Oasis, Blur que retornaram.

Rodolfo – Gostamos de bandas obscuras também, The Biz que uma banda do interior da Inglaterra. Isso têm tudo haver com disco.

Beto - Não escutamos somente coisas antigas! Mas quando os velhos lançam disco, é sempre um melhor que o outro. Por exemplo: O melhor disco do ano passado foi do Neil Young e o desse ano, é do Paul McCartney! O último do Rolling Stones é um dos melhores deles!
No lado nacional escutamos muita coisa. Cascadura por exemplo, uma banda de Salvador.

Marcelo – Em função disso, a banda fica mais solta, mais alegre, mas rock! Assim o grupo fica mais unido também!

Rodolfo - Todos os baixos do disco, foram gravados junto com a bateria.


- O Cachorro surgiu numa leva de bandas gaúchas (Bidê ou Balde, Vídeo Hits, Wonkavision...). Vejo que agora dá pra falar com certa segurança que de todos aqueles grupos vocês foram os que se deram melhor no resto do país. Outra coisa: é público e notório que bandas do sul, principalmente do Rio Grande do Sul, fazem sucesso em seu estado de origem, mas não chegam, salvo as exceções, ao estrelato maior, ou seja, não conseguem fazer sucesso no resto do país, principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro. O que vocês têm a dizer sobre isso?
Beto - Eu acho que foi porque a gente insistiu muito mesmo na época do primeiro disco. Estamos felizes das coisas não acontecerem de uma hora pra outra. Porque banda que aparecem assim, também desaparecem de uma hora pra outra. Quanto ao sucesso somente no RS, acho que é comodidade por parte deles. E para nós isso nunca nos pareceu legal, já que o rock é a música mais universal que existe. Seria muito mais tranqüilo ficar morando em Porto Alegre e morar com a mamãe! Mas não, nós viemos para os primeiros shows aqui em São Paulo. Tocamos para 30 pessoas. Muitas bandas de lá vieram também e tocaram para 30 pessoas e nunca mais voltaram. Porque lá, eles tocam pra mais de mil pessoas. Na segunda vez que tocamos aqui, tinham 35 pessoas, já na terceira tinham 100 pessoas. Ficamos morando aqui num apartamento pequeno com sete pessoas. Do Rio Grande do Sul, temos apenas saudades.

Gabriel – Uma anda de rock não pode se prender por lá! Tem procurar as grandes vitrines que são Rio e São Paulo.

Marcelo - Começamos aos poucos. Vínhamos de vez em quando até assinarmos com a Deck. Ralamos muito! Vai ver que a galera (do Sul) não tenha forçado tanto quando deveria, talvez por terem achado cômodo ficar restrito ao cenário gaúcho.

- O Estado chega a ser uma influência no jeito de ser da banda, já que a cena de rock do estado é forte e permite que muitos grupos sobrevivam tocando apenas localmente.
Beto Bruno - Isso é bem legal mesmo, rola muito das bandas de Porto Alegre tocarem por todo o interior do Estado. Mas isso acaba levando àquela comodidade de que já falamos há pouco. Por isso a gente prefere ficar se dividindo entre Rio, São Paulo e Porto Alegre.

- Vocês tem tocado bastante antes de ficar somente por conta da gravação do disco. Como funciona o repertório do show?
Beto - Nós não armamos repertório e não gostamos de repetir o mesmo show. Achamos que fica uma coisa muita mecânica e não agüentaríamos. Olhando pelo lado do público, é bem melhor você ir a um show que não fosse o mesmo repertório do disco. Seria muito xarope! Tem solos diferentes, às vezes as músicas ficam mais longas. Quando tocamos, nos divertimos e dessa forma, o público também se diverte.

Entrevista na íntegra no jornal International Magazine (capa) da edição 134 de agosto de 2007.

agosto 06, 2007

Rick & Renner


Rick & Renner
Coisa de Deus

“Coisa de Deus” é o nome do novo álbum de Rick & Renner, que chega para confirmar a bem sucedida carreira da dupla. O primeiro lançamento foi em 1993 e desde 1998 os discos da dupla são de Ouro e/ou Platina, uma franca demonstração de que a dupla sabe exatamente o que quer. O amor continua sendo o tema favorito de Rick & Renner. Neste novo CD – produzido por Rick, com coordenação e direção de Manoel Nenzinho Pinto –, eles estão mais românticos do que nunca e com menos letras de duplo sentido, mas sem perder o bom humor. Acompanhe um papo de Renner com Elias Nogueira.


Discos
14 discos, mais de cinco milhões vendidos, fora os piratas.

Repertório
Foi uma coisa bem nova do Rick. Manoel Nenzinho, eu e o Rick elaboramos durante um ano as músicas. Cortamos várias canções uma semana antes de entrar no estúdio para gravar. Foi tudo feito em cima da hora.

Amizade
Desde 86 quando começou, somos amigos. Tocamos em muitos lugares. Eram bares e casas noturnas. Isso aconteceu entre 1986 até chegar 1992, quando chegou 1993, lançamos o primeiro disco. É muito tempo junto. Tivemos brigas sim, mas sempre prevalece a melhor opinião. Somos iguais a um casal! Estamos mais maduros! No começo brigávamos por bobagens. Depois víamos que não tinha nada haver. Somos amigos e o Rick é o cara! (risos)

Roberto Carlos
A idéia foi nossa de regravar alguma coisa do Rei. Acabamos escolhendo “Quando”. É difícil escolher. A primeira preocupação era a liberação. Tivemos sorte, ele liberou de cara! Ele, Roberto Carlos, nos conhece, mas quem fez o contato foi o maestro. Estamos de olho em outras canções, mas não vamos abusar do homem!

Participação de Zezé Di Camargo & Luciano e Luiz Caldas
Zezé é padrinho do Rick e Renner e devemos muito a ele. Um dia falamos que iríamos gravar juntos e passaram 14 discos. Luiza Caldas é um grande musico e meu amigo. Resgatamos o Luiz por que estava sumido da mídia e ele merece por tudo que já fez pela música.

Shows
Em São Paulo. no Rio de Janeiro é complicado! Tenho muita curiosidade de cantar no Claro Hall! Gostaria de ver o que aconteceria.
Assim teria uma informação melhor do Rio. Seria um laboratório para nós! Quem sabe surpreendemos? Nós amamos o Rio de Janeiro.