setembro 14, 2009

Rodrigo Santos

Após a parada do Barão Vermelho Rodrigo Santos, baixista e também compositor aproveitou a inatividade da banda, em 2007, para se dedicar à carreira-solo. Primeiro lançou com ótima repercussão seu primeiro CD, “Um pouco mais de calma”, onde fez vários shows no Rio de Janeiro, São Paulo e outras cidades. Agora, Rodrigo Santos arremessa novo álbum, intitulado “O Diário do Homem Invisível”. Não se trata apenas de mais um disco, mas de um conceito musical como se fazia nos anos 60 e 70. Entretanto, Santos já idealizava sua incursão solo antes com primeiro disco fora do Barão Vermelho, lançado em 2007. Em “O Diário do Homem Invisível” (Som Livre), Rodrigo demonstra personalidade individual diferentemente do Barão Vermelho, apostando numa sonoridade diversa. Para isso convidou artistas de diferentes vertentes que deram um tom mais elegante ao álbum - Ney Matogrosso, Cidade Negra, Hélio Flanders do Vanguart, Autoramas (banda com maior número de shows), Filhos da Judith, entre outros. Nas 13 faixas autorias, sendo algumas divididas com parceiros talentosos, Rodrigo mostra que não está para brincadeira. “Com o Barão Vermelho e Os Britos parados pude enxergar que tinha que ser mais rápido do que um raio e não depender das bandas para viver” diz Rodrigo. Em entrevista, Rodrigo Santos fala sobre elaboração do álbum, orientação de sua carreira solo, Barão Vermelho, Os Britos e comenta a descoberta de seu público que até então era somente do meio. Com vocês Rodrigo Santos!

Por Elias Nogueira

- Antes de se lançar em carreira solo, você já era compositor. Agora é o momento de se firmar, também, como tal tendo em vista que todas as faixas são autorais?
- Componho porque gosto de mostrar minhas idéias e pensamentos, sei fazer isso em forma de música. Na carreira solo, obviamente, tenho mais espaço para isso e faço com muita tranqüilidade. Não sou artista que compõe para se firmar no mercado ou disputar com outros compositores, ou compor grande quantidade para enviar para outros artistas, escrevo de forma pessoal. Tenho personalidade como compositor e não abro mão disso. Tenho critérios de escolha própria e dos compositores que escuto ou gosto. Em carreira solo tenho mais espaço e direciono meu trabalho, tanto musical quanto conceitualmente, na direção que acho certa e instintiva. Os que me conhece, sabe que escrevo com o coração e a emoção de quem se entrega nas letras, seja me expondo na primeira pessoa ou até na terceira pessoa, falando de situações pessoais do cotidiano, direcionadas em outro personagem. Tinha mais de 50 músicas e letras para esse novo CD, selecionei as que tivessem mais a ver com o conceito do álbum e ainda fiz outras no estúdio, no meio do disco. Não gosto de colocar músicas fora do contexto e se pra isso for preciso criar coisas, eu crio. Pra mim, disco tem de ter uma história. Arte tem que ser assim, não pensar demais, se jogar na própria convicção, estando certo ou errado. Não faço música pensando em rádio ou em ficar mais digerível - detesto isso. Faço música por prazer, mensagem, sentimento, desesperos guardados, emoções que devem ser colocadas pra fora, por estar feliz, triste, emocionado - essa é a minha verdade! Sem formatos óbvios, as pessoas gostando ou não. Assim não me sinto parte de uma fatia do mercado que acho uma farsa. Sem citar nomes, claro!
- Gostaria que comentasse as parcerias nas composições.
- Meus parceiros têm tudo haver comigo na forma de pensar e até agir. Não gosto de compor com alguém conhecido apenas pra chamar atenção da mídia. Por isso tenho como parceiros mais presentes: Leoni, Mauro Santa Cecília, Marília Bessy, Zélia Duncan, Dado Villa-Lobos, Frejat, Guto Goffi, Humberto Barros, Maurício Barros, George Israel e Fernando Magalhães. Claro que estou sempre aberto a canções e descobri novos parceiros que já cantaram comigo e estão no meu cd, mas não compus nada ainda: Filhos da Judith, Gabriel dos Autoramas, Hélio do Vanguart, Canastra, Nervoso e os Calmantes. Ainda vou fazer coisas com essa galera. Fiz algumas com Lobão que saiu no primeiro disco. Com Mauro Santa Cecília fiz muitas canções e pretendo não parar, temos facilidade em compor juntos, além de sermos amigos. Tenho muita afinidade com que Leoni. O acho preciso e não foi por acaso que o nome do CD vem de uma letra dele com música nossa, o pensamento combina. “O Diário do Homem Invisível” têm duas nossas, a faixa titulo e "A última vez", que veio de dois sonetos, dele, fiz o refrão além da parte musical. Humberto Barros está sendo meu maior parceiro, atualmente. Descobrimo-nos parceiros nesse CD que produzimos. Fizemos quatro músicas juntos e poderíamos ter feito muito mais, mas ficaríamos doidos depois na hora de decidir. (risos) Com certeza essa parceria será bem constante porque acho que encontrei alguém que encaixa com minhas idéias, conceitos e musicalmente. Marília Bessy, também, é uma parceira recente. Compusemos três para o CD dela que estou produzindo e uma entrou no meu: "Você não entende o que é o amor", que Ney Matogrosso cantou. Além de minha amiga e grande cantora, descobrimos uma afinidade enorme de pensamentos e começamos a traduzir isso nas parcerias, que vieram uma atrás da outra. Fora isso, faço músicas só - na hora aparece letra e música, às vezes três no mesmo dia. Não uso gravador ou algum tipo de registro. Toco várias vezes à música, mexo na letra e depois, caso haja algo que possa melhorar - e se achar boa, lembro depois. Muitas vezes faço primeiro a letra e depois a música - da outra forma também me agrada. Por exemplo: "7 vidas" e "E agora" primeiro saiu à música e depois a letra. Já em "32 segundos", "Longe perto de você", "O Diário do Homem Invisível" e "Vamos dormir em paz" primeiro a letra e depois a música. Têm casos onde sai tudo junto, música e letra na mesma hora com melodia pronta - "Trem Bala", "Você não entende o que é o amor", "Não vá" e "O Homem da Máscara de Ferro". A única diferente foi "Linhas pontilhadas", onde eu e Dado Villa-Lobos fizemos ao mesmo tempo, letra e música - eu tinha uma letra e ele uma música e queríamos fazer uma parceria. Saiu tudo bem! Encaixei uma na outra.
- “O Diário do Homem Invisível” foi preparado ao longo de quanto tempo?
- Começamos em novembro e em fevereiro estava pronto. Foi muito bacana esse processo. As canções foram tomando forma com bateria e baixos eletrônicos, teclados, violões, vozes guias (algumas ficaram) e depois chamei Fernando Magalhães e Kadu Menezes pra completá-las com a maravilhosa musicalidade de ambos. Gravei guitarras, além de alguns baixos, todos, violões e vocais-vozes. A novidade era que eu tinha (desde abril de 2008) planejado gravar de uma maneira diferente - chamando bandas novas e consagradas pra dar a pluralidade musical, que eu desejava. Cada faixa tinha que ter um som particular interligado pela minha voz e violão. Outros baixistas também gravaram faixas avulsas - Nilo Romero, Jorge Valladão e Felipe Cambraia (Nando Reis). Entreguei o baixo para pessoas mais competentes. (risos) Gravei em “Trem Bala”, “E agora”, “7 vidas” e “32 segundos”. Baixos e baterias eletrônicas também foram gravados por Humberto Barros. As vozes e teclados foram gravados no estúdio do Humberto. O Coral foi gravado em Petrópolis numa ótima tarde, naquela serra linda. As bandas também gravaram lá, as baterias foram feitas na Som Livre. Hélio cantou em São Paulo e mandou a sessão. O esqueleto do disco foi todo realizado no estúdio do Humberto e algumas coisas como violões e guitarras, na Som Livre.

- Quando você lançou seu primeiro disco solo, já havia planos em andamento para o segundo?
- Sim, "Não vá" foi guardada para o segundo, assim como uma centena para os outros álbuns, dependendo da época e do conceito de cada disco que venha a fazer. Não me planejei para um ou dois discos ou pra provar que sou capaz ou ainda pra me divertir e sim para construir uma carreira que me possibilite continuar fazendo o que sempre quis na minha vida - viver de música sem depender das bandas em que trabalho há mais de 15 anos, Barão e Os Britos. Essas paradas me fez enxergar que eu tinha de ser mais rápido do que um raio e não depender do Barão Vermelho pra viver.
- São treze faixas. Este número (13) para muitos é místico. Você já havia percebido isso?
- Não. Sinceramente até agora, eu nunca tinha nem pensado nisso. (risos)

- Como surgiu a idéia de trazer – Autoramas, Cidade Negra, Ney Matogrosso, Marília Bessy, Hélio Flanders (Vanguart), Filhos da Judith, Coral das Princesas de Petrópolis, Canastra e João Penca e Seus Miquinhos Amestrados?
- Canastra, Cidade Negra, Autoramas, Filhos da Judith, João Penca & Seus Miquinhos Amestrados, Coral das Princesas de Petrópolis, Marília Bessy, Ney Matogrosso e Hélio Flanders, foram os escolhidos a partir da participação na temporada que fiz no Rio de Janeiro, dentro de uma linha que queria seguir. Hélio cantou comigo em São Paulo umas três vezes e sou fã dele, assim como das outras bandas que convidei. Fui mestre de cerimônias de minhas próprias músicas durante esse tempo, tendo como base meus shows. Participaram mais de 100 artistas e músicos de várias gerações tanto do rock quanto da MPB, isso me possibilitou viver momentos sensacionais. Escolhi os que afinavam mais com cada canção minha. Todos já haviam feito participação em meus shows e vice e versa, com exceção do Coral que foi uma indicação de Pedro Paulo Carneiro - diretor do meu novo clipe e do DVD d’Os Britos. Num papo informal confessei a ele que queria gravar com um coral e ele indicou o maestro Rodrigo D’Ávila com as princesas do Coral do Colégio São José, em Petrópolis. Depois descobri que já havia feito som várias vezes com o maestro em fogueiras da região serrana. Ney Matogrosso foi um caso à parte, é uma das coisas mais importantes da minha carreira desde que comecei a tocar. O convidei para a temporada no Rio depois de termos cantado juntos no Tributo a Cazuza em maio de 2008. Em julho cantamos no Letras & Expressões "Flores Astrais", "Metamorfose Ambulante" e "Sangue Latino". Foi maravilhoso! Quando gravei um CD pra ele com as músicas (dele) que íamos cantar no Letras & Expressões, coloquei uma música minha de voz e violão no final e ele curtiu muito. Quando fui gravá-la convidei e ele aceitou, numa generosidade incrível. Ney era dos poucos artistas que se encaixavam nesse disco, por ser um artista mutante, sempre antenado com o novo, diferente, atual e a música tinha tudo haver com ele. É uma influencia minha de Secos & Molhados e Mutantes. Por isso falo que não escolho a composição por ser radiofônica. Cidade Negra foi uma escolha direta. Chamei Nilo Romero pra produzir especialmente a faixa "Não vá". Queria fazer algo com ele há tempos à canção era do primeiro CD. Como tinha muito folk rock no primeiro, guardei para o segundo. Quando comecei pensar no disco novo decidi que não queria mais folk rock da maneira que era, então transformei em reggae, meu único até hoje. A coincidência é que ao falar isso pro Nilo, e confessar que queria chamar a cozinha do Cidade Negra, ele me confidenciou que estava produzindo o Cidade Negra! Marcarmos a sessão no estúdio do Lazão e correr para o abraço! Eles realmente foram demais! Toda a banda (o novo Cidade + o Nilo) participou da faixa. Autoramas fez a faixa título por ter a pegada de rock que eu queria e já havíamos feito no meu show no Canecão em abril de 2008. Fiz uma vinheta especialmente para esse “Diário..." e queria que os Miquinhos gravassem cantando comigo, uma homenagem aos caras que me deram a primeira oportunidade como músico em 1984. O Canastra entrou para apimentar essa composição. Íamos gravar outra, mas ao compor essa, não tinha dúvidas que eles fariam bem e dariam o humor que eu queria. Juntamos as turmas! Edu ainda levou a Tuba que havia acabado de comprar e demos a sonoridade da faixa, uma versão circense. O naipe foi uma característica diferente desse meu novo trabalho e o Canastra deu esse tempero. As outras de naipe foram feitas pelas mãos de Humberto e seus teclados voadores. Marília Bessy cantou comigo as músicas mais estranhas do disco e ficaram muito legais, pois ela tem uma voz bem marcante. Numa delas, cantamos juntos com o Ney. Ela participa do meu show como cantora e como baterista. Combinei com Hélio - depois de um show em que cantamos juntos. Ia separar uma música do "Diário..." especialmente pra ele, uma vez que tinha curtido o trabalho. Caiu como uma luva em "O Homem da Máscara de Ferro", letra minha, me emociono ao escutar. Os Filhos da Judith chegaram com o arranjo pronto depois que mandei por e-mail uma música que fiz com Mauro Santa Cecília e Fernando Magalhães com voz e violão. Eles já haviam feito várias participações nos meus shows e a sintonia foi perfeita. O e-mail voltou 10 minutos depois com baixo, bateria, mellotron e vocais, em cima e-mail que mandei. Fiquei impressionado. Eles fazem parte do meu show também, como backing-vocalistas e no meio do show passam para baixo e guitarra. Fazemos quatro músicas com dois deles e com a Marília Bessy na bateria. A idéia de convidar esses artistas todos foi pela afinidade e musicalidade, única e exclusivamente por esses quesitos. Sinto-me feliz por poder ter contado com todos eles. O Cd vem com uma faixa interativa com as filmagens de todos que gravaram.
- Humberto Barros na produção...
- Parceiro que sabe tudo de música e produzimos juntos, catalisando e canalizando as nossas idéias, muito afinadas. Tão afinadas que ainda nos demos ao luxo de compor quatro músicas Foi ótimo trabalhar com ele. É uma pessoa que escuta minhas idéias, respeita, mas também não se furta a dizer se alguma coisa esta ruim quando ele acha. O bacana é que respeitei todas as opiniões contrarias dando razão ou não, quando necessário. Quando achava que tinha razão e quando tínhamos dúvidas, conversávamos até achar a direção. Muito bom trabalhar com ele. Acho que nossa única divergência foi quanto ao colocar o Coral. Inicialmente ele achava over - ate porque eu também queria colocar o Monobloco. Depois acabou concordando com o resultado final.

- O primeiro disco serviu de termômetro para início de sua carreia individual? Em algum momento você teve receio em sair como cantor, já que você faz parte de um grupo de rock consagrado, Barão Vermelho? Teve medo de comparações?
- Não tive receio. Eu já cantava em outros trabalhos e sabia o que queria, mas claro que um primeiro CD é sempre um divisor de águas e serviu para me transportar a uma nova fase. Depois de 420 shows de 2007 até agora, acho que estou cantando e interpretando bem melhor, tanto minhas canções, como versões de outros. Fui aprendendo e melhorando na estrada. Acho que estou cantando melhor no segundo disco, mas considero uma coisa natural. A prática do dia-a-dia e diferentes situações que encontrei nesses dois anos, deram a segurança que sinto agora. Enfrentei milhares de situações diferentes com a minha banda, com bandas locais que eu nunca havia tocado antes e em shows de voz e violão em situações mais variadas possíveis e das mais adversas. Sempre me comportei da mesma maneira e encarando-as. Participei de muitos shows, dividi palco com Ney Matogrosso, Zélia, Benjor, Toni Garrido e muitos outros - na temporada de um ano que fiz no Rio de Janeiro. O palco é onde me sinto melhor e hoje consigo transportar, melhor, para o estúdio o que faço ao vivo. Cantei todas as músicas do CD no quarto do Humberto Barros, sentado na cama da maneira que queria e sem interferências, nisso eu e Humberto estávamos totalmente de acordo, funcionou muito bem. Ao vivo sou bem mais maluco e me jogo em cada música, transpiro toda emoção que se apresenta e me divirto horrores! (risos). Não fiz um trabalho que estabelecesse comparações com o Barão ou qualquer outro trabalho, fui por outro caminho, minha própria estrada. Hoje acho que tenho minha marca e meu público, que realmente pede as minhas músicas nos shows. Foi uma transição que já previa. Aos poucos fui trocando, nos shows, as músicas do Barão pelas minhas. É tendência natural de quem mostra novidades próprias de disco para disco. E foi o público quem pediu que eu tocasse as minhas músicas. Sobre receio, desde que parei com álcool e drogas em 2005, aceito qualquer desafio numa boa e mesmo se tivesse receio de algo, não deixaria de fazer por causa disso. Acredito nos sonhos e não desisto deles por qualquer barreira boba ou opinião alheia. Sonho não se negocia, corre-se atrás.

- O que não poderia de deixar de fora. E o Barão Vermelho? O relacionamento com os outros Barões? Sei que Fernando Magalhães está sempre com você.
- Mixei meu disco no estúdio do Frejat - por Rodrigo Lopes. Estamos sempre nos falando. Guto Goffi veio em minha casa para vermos o tom de uma música nossa que vai entrar no disco dele. Maurício Barros e eu jogamos bola toda segunda feira. Parceiro e também está para lançar CD solo. Peninha gravou três faixas no meu disco, assim como Cesinha, irmão dele. Fernando, como você falou acima, está comigo em todos os momentos, bons ou ruins! Somos casados! (risos) Fernando também esta lançando disco solo - o segundo instrumental. Ele tem sido um grande amigo e companheiro. Frejat, Guto, Fernando, Peninha e Mauricio são meus irmãos e sinto por eles mesmo sentimento - de respeito, fraternidade, carinho, admiração e amizade. A volta do Barão Vermelho não tem previsão, mas isso não é o mais importante. O importante é que quando fizermos algo junto novamente. Será com muita vontade e prazer, como merecemos!

- Os Britos ainda continuam?
- Como os Barões, estão de férias! Tire férias para os seus pés! Temos projetos, mas todos para depois da Copa do Mundo no Brasil. (risos)

- A banda básica é a mesma do disco anterior?
- Sim, Fernando Magalhães, Kadu Menezes, Humberto Barros e Jorge Valladão. Às vezes me viro para fazer shows em qualquer lugar e tenho outras formações espalhadas. Mingau, Bacalhau e Marcos Kleine (todos do Ultraje a Rigor) fazem a formação em SP junto ao tecladista Ruivo, Sérgio Serra (ex-ultraje), Sérgio Mello, Marcelinho da Costa e Billy Brandão (todos da banda solo do Frejat). A mais freqüente é a que gravou os dois discos.

- Rodrigo Santos e George Israel uniram-se, no dia 8 abril de 2008 e gravam, supostamente, DVD no Canecão - Rio de Janeiro. Será lançado?
- Acho que será lançado sim, mas não agora. Os projetos solo não estão nos dando tempo no momento, mas vai sair um dia.

setembro 08, 2009

Fabbio Ribeiro

O pop rock em sua nova página!

Fabbio Ribeiro - a nova, refinada, safra do pop rock nacional.

Fabbio Ribeiro - cantor e compositor carioca de 25 anos detona seu segundo disco “Quebrando a Vidraça” com produção de Ezequias B. Silva e do próprio Fabbio. Nele o cantor despeja repertório próprio, onze faixas, acompanhado de sua banda. Na verdade, Fabbio compõe desde os 16 anos, essa influência musical vem de família que outrora integrou várias bandas de baile no circuito carioca e até Minas Gerais. Fabbio tem uma carreira que é direcionada pela família que participa ativamente desse trabalho. O cantor tem influências requintadas de lendários nomes da música mundial - Rolling Stones, The Beatles, Lulu Santos, Jorge Benjor, Tim Maia, Dalto, Pepeu Gomes, dentre outros. Essa mistura de influencias e inspirações está no disco “Quebrando a Vidraça”. Fabbio Ribeiro tem muito do pop rock oitentista, com criatividade, modernismo, jovial com personalidade madura. Fabbio é respeitado e admirado por pessoas importantes que acompanham sua carreira como Dalto, Kiko Continentino, Fabio Lessa, entre outros.
Pude bater um papo com o cantor que se mostrou simpático, inteligente e linkado em tudo que acontece na cultura.

Fotos e texto por Elias Nogueira Início.
- Jogava futebol em alguns clubes do Rio - Canto do Rio, Botafogo e Flamengo. Tive umas contusões, passei a me dedicar a outra paixão - a música, coisa de família. Procurei aprimorar sem pretensão mesmo depois que começou a ficar sério, a partir das minhas criações.

Música
- Aprendi tudo vendo! Tudo que sei foi esforço próprio.

Inspirações
- Ás vezes me pergunto e não sei o certo. Acho que vem naturalmente, uma coisa minha, faço letra e música ao mesmo tempo a partir de uma idéia, cotidiano dos amigos ou de pessoas que agente mal conhece. Falo de minha pessoa na maioria delas.


- Gosto, desde criança do Tim Maia! Acho um cara genial! Gostaria de ter conhecido. Uma figura carismática.

Gosto
- Tenho gosto musical variado – vão de Vinicius de Moraes a Titãs, Lulu Santos, Beatles, Barão Vermelho, Tim Maia etc.

Instrumento
- Violão e guitarra.

Tempo de carreira
- Do primeiro CD para o segundo, sete anos.

Primeiro disco
- Um amigo levou meu CD, que era uma demo, pra casa do Dalto (compositor e cantor) ele gostou e logo de cara tentou me colocar no selo Niterói Discos. Dalto teve alguns problemas para isso, mas o trabalho chegou às mãos de um produtor da gravadora e acabou me lançando. Foi legal, me deu experiência e respaldo.

Shows - agenda cheia
- Fico feliz por isso! Acho que isso reflete no que muita gente quer ver! Existe uma carência por artistas novos. É uma tendência natural devido á escassez de novidades boas no mercado.

“Quebrando a Vidraça”
- Esse disco tem tudo um pouco de mim. Trato ele como um filho. Quem não me conhece e vai me conhecer logo de cara na primeira música. É um disco bem eclético, muito importante pra minha carreira, marca meu amadurecimento musical. É fruto de uma realidade!