setembro 25, 2008

Documentário “Titãs, a vida até parece uma festa”, dirigido por Branco Mello e Oscar Rodrigues Alves, está na mostra competitiva do Festival do Rio 2008.

Longa-metragem foi selecionado para o Festival do Rio 2008 e fará parte da "Première Brasil Documentário". Será exibido no dia 30 de setembro, às 22h30m, no Cine Odeon, em sessão fechada para convidados. As sessões abertas para o público serão nos dias 01/10, às 13h15m, no Odeon Petrobras, e no dia 02/10, às 13h30m e 20h, no Estação Vivo Gávea 3.

As filmagens começaram logo no início da década de 80, quando Branco Mello comprou uma câmera VHS para registrar tudo o que acontecia com os Titãs nos shows, estúdios, quartos de hotéis, aeroportos, ensaios, enfim, os bastidores do intenso convívio da banda. Por mais de duas décadas Branco e seus companheiros captaram e arquivaram sons e imagens em vários formatos como VHS, Hi-8, Super 8 e mini DV.

Em 2002, Branco convidou o premiado diretor Oscar Rodrigues Alves para juntos dividirem o roteiro, a montagem e a direção do filme. Eles partiram das mais de 200 horas de material original organizado pela produtora Angela Figueiredo. De uma ampla pesquisa nas emissoras de TV, vieram os programas de auditório, videoclipes e entrevistas. A soma desse conteúdo revela personagens incríveis e momentos inesquecíveis: o início underground em São Paulo, o primeiro sucesso “Sonífera Ilha”, as prisões por envolvimento com drogas, o antológico show “Cabeça Dinossauro”, os bastidores das gravações do álbum “Jesus Não Tem Dentes no País dos Banguelas”, o sucesso nos grandes festivais, as saídas de Arnaldo Antunes e Nando Reis, a morte trágica de Marcelo Fromer, as viagens pelo Brasil e o mundo.

O resultado é um documentário musical de longa-metragem que não apenas conta a história da banda, mas mostra a irreverência, a emoção, o bom humor e as aventuras dos Titãs desde os primórdios até hoje em dia. A história dos Titãs, contada pelos próprios Titãs.



SINOPSE

Os Titãs contam sua própria história. Quando o disco “Cabeça Dinossauro” foi lançado, Branco Mello comprou uma câmera já pensando em fazer um documentário e com seus companheiros de banda começou a registrar tudo que acontecia com eles naquele momento de explosão musical dos anos 80. O resultado é um filme com ritmo de aventura, cenas inéditas da vida dentro e fora dos palcos, gravações de álbuns antológicos e de grandes sucessos desde os primórdios até hoje em dia.

Branco Mello e Oscar Rodrigues Alves - Foto: Paulo Wainer

setembro 19, 2008

Cristiano Krause - estúdio e gravadora

Á serviço da música boa!

Cristiano Augusto Krause, mais conhecido na cena musical do sul como Nanão, vem de uma família que sempre respirou música. Seu falecido pai juntamente com seus dois tios formou o conjunto - Mirins do Acordeom - que durou de 1953 á 1962. Após esses anos todos continuaram na música, porém já em segundo plano.

Já Cristiano, teve sua iniciação musical durante a efervescência do rock nos anos 80. Nessa época a cena do rock gaúcho estava em ebulição e dessa ebulição saíram bandas como: TNT, Cascavelletes, Garotos da Rua, Defalla, Engenheiros do Hawai, dentre outras. Cristiano passou pela guitarra, baixo e bateria, sendo que nesta última teve um apreço maior. Estudou bateria, com um dos maiores bateristas de rock do sul, Fabio Ly que teve passagens pelas principais bandas do rock como: TNT, Bandalheira, Bebeco Garcia, Nei Van Sória, dentre outros. Após anos de estudo com o Fabio Ly, Cristiano passou a fazer aulas com o professor Daniel Lima - Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSPA), para aperfeiçoar uma nova técnica.

Como proprietário de estúdio, começou em 1993 com a abertura do Estúdio Plus na cidade de São Leopoldo Rio Grande do Sul.

Hoje em dia é possível gravar, editar, mixar e masterizar um CD com qualidade no Estúdio Plus. Discos como: “Diários da Chuva” de Júlio Reny e “Volume 10” da banda Barata Oriental, são duas provas disso. CDs totalmente produzidos e finalizados no Estúdio Plus e lançados simultaneamente com “A Caminhada de Júlio Reny, Cowboys Espirituais III, etc. pelo, então, recém criado, selo Plus Records.

Atualmente Cristiano administra o selo Plus Records criado em 2004 e já possui catalogo de 11 produtos em quatro anos. Artistas como Chico Padilha, Viana Moog, Johnny Black, Lincon, Hist, e A Barata Oriental, são lançamentos de 2008.

Estive conversando com Nanão, como ele é chamado por amigos e todos que o conhecem, para falar sobre seu trabalho que flui positivamente para música brasileira. Com vocês! Cristiano Augusto Krause!



- Você é músico?
- Sim, comecei a tocar meu primeiro instrumento aos 12 anos de idade. Na verdade, meu irmão mais velho estava fazendo aulas de guitarra e eu como irmão menor e "pentelho" ficava perturbando para que ele ensinasse o que havia aprendido. Nunca vou esquecer o 1º riff de guitarra que aprendi - Smoke on the Wather do Deep Purple. Infelizmente não fiquei muito tempo na guitarra. Como queria tocar junto com o meu irmão passei para o contrabaixo. Cheguei a tocar por um tempo até perder a vaga para um amigo de meu irmão que realmente tocava melhor que eu, mas vi a possibilidade de tocar bateria já que o baterista que tocava junto com eles era muito ruim! O cara não usava o bumbo, fazia só chipô e caixa. Certo dia, depois do ensaio, deles quando o baterista foi embora, sentei-me na batera e comecei a fazer um ritmo básico porem usando o bumbo. Entrei pra banda na hora. De lá pra cá, faz 21 anos que estou tocando bateria. É claro que também aperfeiçoei a guitarra e o baixo.

- Estúdio Plus Records existe desde quando?
- Na verdade é Estúdio Plus, fui o primeiro estúdio de ensaios da minha região (Vale dos Sinos) que engloba várias cidades dentre elas São Leopoldo, local onde eu resido e trabalho. São Leopoldo sempre foi um pólo musical, cresci ouvindo música. Meu, falecido, pai juntamente com meus dois tios tinham o conjunto Mirins do Acordeom e ele sabia tocar tanto acordeom como violão e violino.
Senti a necessidade de abrir um estúdio no inicio dos anos 90, mais precisamente em 1993. Como em qualquer negócio, comecei pequeno, mas como havia muitas bandas logo formei uma clientela grande.

- Como Funciona?
- Tudo começou com ensaio. Naquela época toda grana que entrava eu reinvestia em equipamentos e aos poucos, comecei a equipar o estúdio para gravações. Passei por porta estúdios de fita cassete, logo depois entrou os portas estúdios digitais e hoje tenho uma plataforma que roda o meu bom Pro Tools. Hoje sim! Posso dizer que tenho um estúdio onde faço gravações, edições, mixagem e masterização.

- Quando e como foi que surgiu a idéia de montar um selo?
- Em 2002, entrei como baterista em um projeto chamado "Histórias do rock gaúcho", projeto esse liderado pelo músico e produtor Egisto Dal Santo. Ainda faziam parte da primeira formação os músicos Frank Jorge e Júlio Reny, com o qual comecei a tocar bateria em sua banda em 2003. Quando fiquei sabendo, em uma conversa de bar, antes de começar um show do mestre Reny, que ele tinha um disco pronto A Caminhada de Júlio Reny, disco esse que foi lançado pelo meu selo em 2004. Resolvi, junto com mais três amigos, criar à Plus Records e lançar esse disco. Hoje, infelizmente, trabalho sozinho da forma mais independente possível. Os amigos não quiseram continuar com a sociedade do selo e eu não deixei a peteca cair. Atualmente estou com 11 títulos em quatro anos de existência.

- Qual o critério para você lançar um artista?
- No inicio trabalhei com discos do Júlio Reny - A Caminhada em 2004 e Diários da Chuva em 2006. No ano seguinte, Reny reativou seu trabalho junto aos Cowboys Espirituais, do qual saiu o CD intitulado: Cowboys Espirituais III. O critério inicial era muito simples: lançar artistas que em algum momento da carreira tiveram certa exposição na mídia. E isso ficou claro na hora da venda dos discos para os lojistas. Não adianta chegar com artistas ou bandas desconhecidas que você não vende nenhum disco. Hoje já posso arriscar um pouco na contratação de um artista ou banda, sempre observando o mercado, em crise, fazendo o que ele está pedindo.
http://www.plusrecords.com.br