O jornalista e escritor Joel Macedo fez parte das primeiras edições do jornal Rolling Stone no Brasil. Participou do movimento cultural hippie, na contracultura e percorreu os Estados Unidos por terra duas vezes testemunhando o movimento e as transformações dos anos 60. Como correspondente da edição brasileira do jornal Rolling Stone, Macedo viajou pela Europa, Norte da África, Ásia Central, índia e Nepal. O Jornalista lança “Albatroz – O encontro das tribos na Califórnia dos anos 60” – financiado pelo próprio autor assim como os antecessores, Tatuagem (1972); Despertador (1979); Lições da Fornalha (1991). “As editoras nunca quiseram papo comigo”, admite Joel. Abaixo algumas falas do autor em conversa com Elias Nogueira.
Correspondente nos Estados Unidos
- Foi meio que acidental. Fui como correspondente de emergência do jornal Última Hora porque o pessoal do Dopes poderia a qualquer momento me prender. Os coronéis queriam minha cabeça porque eu dava carona para militantes de esquerda.
AI-5
- Fui num avião da Varig no dia 13 de dezembro de 1968 no dia do AI-5. Estava cheio de pessoas importantes fugindo da repressão. Este dia era o dia das bruxas! Eles iam prender todos. Eu só soube disso dentro do avião. Era uma noite muito severa.
Hippie
- Fiquei a disposição do Samuel (Wainer) enviando reportagens para a Última Hora. Entrevistei algumas pessoas como o Herbert Marcuse (Filósofo alemão da Escola de Frankfurt radicado nos EUA nos anos 60 e que por suas idéias progressistas e anti-capitalistas e se tornou guru da esquerda americana). Foi numa palestra na Universidade de Columbia. Foi assim que comecei a entrar em contato com a esquerda americana, conheci o movimento hippies. Fui me enfronhando com tudo aquilo. Cheguei a ser hippie a partir de minha ida para Califórnia.
Contracultura
- Sempre fui um cara da contracultura. Quando você milita na coisa, dificilmente você vai para o lado do sistema, até porque você nunca desperdiçaria sua experiência. Pode até reciclar e passar de uma utopia para outra, mas sempre num esquema da contracultura.
De Nova Iorque para Califórnia
Fiquei seis meses em Nova Iorque e fui, por terra, para Califórnia. Freqüentei muito o Fillmore West no West Village. Lá assisti show do Johnny Winter que para mim é o maior bluesman de todos os tempos. O blues branco está muito bem representado. Eric Clapton, John Mayall, dentre outros. Mas o Johnny Winter consegue ser melhor em minha opinião.
Altamont
Rolling Stones é uma história que conto no Albatroz e começa no Festival de Altamont em 1969, onde a produção dos Stones cometeu o equívoco de contratar os Hell Angles para fazer a segurança do evento, naquele dezembro de 1969 onde houve aquelas mortes (foram 4). Ali foi o prenúncio do sonho hippie. Woodstock já havia acontecido.
Alternativo
- A partir desta minha vivência na Califórnia me tornei um militante da alternativa. Fundei o jornal Presença, que teve dois números.
Correspondente nos Estados Unidos
- Foi meio que acidental. Fui como correspondente de emergência do jornal Última Hora porque o pessoal do Dopes poderia a qualquer momento me prender. Os coronéis queriam minha cabeça porque eu dava carona para militantes de esquerda.
AI-5
- Fui num avião da Varig no dia 13 de dezembro de 1968 no dia do AI-5. Estava cheio de pessoas importantes fugindo da repressão. Este dia era o dia das bruxas! Eles iam prender todos. Eu só soube disso dentro do avião. Era uma noite muito severa.
Hippie
- Fiquei a disposição do Samuel (Wainer) enviando reportagens para a Última Hora. Entrevistei algumas pessoas como o Herbert Marcuse (Filósofo alemão da Escola de Frankfurt radicado nos EUA nos anos 60 e que por suas idéias progressistas e anti-capitalistas e se tornou guru da esquerda americana). Foi numa palestra na Universidade de Columbia. Foi assim que comecei a entrar em contato com a esquerda americana, conheci o movimento hippies. Fui me enfronhando com tudo aquilo. Cheguei a ser hippie a partir de minha ida para Califórnia.
Contracultura
- Sempre fui um cara da contracultura. Quando você milita na coisa, dificilmente você vai para o lado do sistema, até porque você nunca desperdiçaria sua experiência. Pode até reciclar e passar de uma utopia para outra, mas sempre num esquema da contracultura.
De Nova Iorque para Califórnia
Fiquei seis meses em Nova Iorque e fui, por terra, para Califórnia. Freqüentei muito o Fillmore West no West Village. Lá assisti show do Johnny Winter que para mim é o maior bluesman de todos os tempos. O blues branco está muito bem representado. Eric Clapton, John Mayall, dentre outros. Mas o Johnny Winter consegue ser melhor em minha opinião.
Altamont
Rolling Stones é uma história que conto no Albatroz e começa no Festival de Altamont em 1969, onde a produção dos Stones cometeu o equívoco de contratar os Hell Angles para fazer a segurança do evento, naquele dezembro de 1969 onde houve aquelas mortes (foram 4). Ali foi o prenúncio do sonho hippie. Woodstock já havia acontecido.
Alternativo
- A partir desta minha vivência na Califórnia me tornei um militante da alternativa. Fundei o jornal Presença, que teve dois números.
3 comentários:
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Parabéns! Muito bom seu blog!Nota 1.000
Desculpe, meu nome é Lisbela! Mais uma vez vc tá de nota 1.000
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