Egisto Dal Santo vive de música desde 1987, quando iniciou com a banda Colarinhos Caóticos. Cruzou várias gerações do rock gaúcho. Participou em mais de 50 projetos, inclusive sendo um dos pioneiros da produção artística e musical no sul do país. Tocou com nomes de peso como: Edu K, Charles Master, Bebeco Garcia, Jimi Joe, Julio Reny, Frank Jorge, Carlo Pianta, Beltrao Vanini, Mitch Marini, Fabio Ly, Bebeto Mohr, Iben Ribeiro, dentre outros. Em tempo: desenvolve diferentes trabalhos paralelos. Amado por uns e odiado por outros, Egisto sempre fez o que gosta dentro do meio musical, tornando-se uma referência para os novos e uma lenda para os mais antigos. Egisto segue o caminho que seu coração roqueiro leva! Em entrevista exclusiva, o cantor, baixista, guitarrista e tecladista fala do presente, passado e futuro. Com vocês: Egisto Dal Santo!
- Como o Egisto entrou para musica e o que te inspirou?
- Comecei escrevendo letras para amigos em 1981. Depois aprendi a tocar violão por insatisfação das musicas que eles faziam (risos). Acabei fazendo minhas próprias composições do meu jeito. Tive muita influência musical na família. Minha mãe cantava em rádio, meu tio Julio Cezar era violeiro de mão cheia – sabia tudo de bossa nova e MPB. Meu pai escutava um misto de Roberto Carlos com Astor Piazzola, passando por Chet Baker e John Coltrane. Mas o que me inspirou mesmo foi: Os Mutantes, The Beatles, The Rolling Stones, os Almôndegas - grupo gaúcho folk rock anos 70 e o Elvis. O Rei esteve sempre presente de alguma maneira. Mas a idéia sempre foi à expressão e conseguir dizer alguma coisa da - busca do ser através das músicas onde as trato como únicas. Não tenho certezas sobre estilo. Prefiro a música.
- Fale-me sobre os Colarinhos Caóticos.
- Colarinhos Caóticos foi, e voltará a ser, uma experiência estética dentro das linguagens do pop e do rock, sem limitações e com a procura, da linguagem própria da originalidade e da criação que infelizmente está esquecida através desse processo histórico alienante da cultura nos últimos 20 anos. A banda acabou tendo mais de 50 formações. Seria piada se não estivesse o capitão Egisto sempre buscando a mesma orientação inicial. Mas como o ouvido nacional empobreceu, ficou difícil manter um produto não comercial como esse. Se estivéssemos fora do país, tenho certeza que as coisas teriam sido diferente. Mas, a formação original do primeiro LP, Introdução de 1988, se reuniu em estúdio em 2005. Em 2006, terminei as gravações – agora só falta mixar. A idéia era sair esse ano, em novembro, quando se completam 20 anos do primeiro show da banda. Mas provavelmente só sairá ano que vem. É uma continuação do Introdução, como se nada tivesse acontecido desde 1989 quando essa formação se separou e ficou 15 anos sem se reunir numa mesma sala.
- Você é baixista, guitarrista, tecladista e vocalista. Como você se define tocando todos esses instrumentos?
- Atualmente sou mais vocalista e guitarrista, devido à orientação que dei na minha vida: Dedicar-me mais as minhas composições e ao trabalho de resgate histórico e cultural que sempre fiz aqui no estado, descobrindo novos talentos e recuperando compositores esquecidos da maior importância. Esse meu trabalho de voz e guitarra pode ser conferido nas bandas Egisto Dal Santo Exp. Tem Histórias do Rock Gaúcho, onde aparecem todas as fases dos Colarinhos Caóticos. Como baixista, destaco meu trabalho junto ao Bebeco Garcia nos álbuns: Me chamam de Curto Circuito – disco de estúdio e também O Bando dos Ciganos – ao vivo. O CD que estou lançando e trabalhando esse ano se chama Rock Antigo. Nele gravei todos os baixos, violões e teclados seguindo a inspiração do Jack Bruce em seus discos solo de 1968 e 1969. O teclado é uma experiência relativamente nova. Iniciou-se no álbum da banda A Cretinice Me Atray de 1999. Ao invés do que muitos pensam, gravei tantos os teclados, quanto o Astronauta Pingüim, que acabou ficando com todos os créditos. No Rock Antigo, fiz muitos teclados e no disco novo que estou preparando, em fase de mixagem, toco teclados, pianos elétricos, órgãos, Synths, muitos barulhos e efeitos também! Cada instrumento exige uma coisa de mim, uma atitude diferente e uma forma diferente de expressar o que ofereço artisticamente. Hoje sou mais guitarrista! É onde tenho me desenvolvido mais! O Arnaldo Baptista é um pouco culpado de tudo isso! (risos) Eu acho!
- Quais são as bandas que você é integrante?
- Egisto Dal Santo Exp com canções próprias e releituras para coisas que a banda gosta. Da MPB ao rock internacional. A Formação é: Egisto Dal Santo (voz , guitarra e teclados), Luciano Lucky (voz e bateria) e Rodrigo Ruivo (baixo). Historias do Rock Gaúcho estou cantando e contando a verdadeira história do rock gaúcho dos Brasas, Liverpool, Bixo da Seda, Almôndegas, anos 80 até hoje e ainda inéditas. Formação: Egisto Dal Santo (voz, guitarra, teclado e bandolim), Gugu Mendes (voz e baixo), Luciano Albo (voz, guitarra e violão 12), Pedro Petracco (voz e bateria) filho do guitarrista Marcio Petracco do TNT. Colarinhos Caóticos a formação atual é: Egisto Dal Santo (voz, guitarra e pedais), Beltrão Vanini (baixo e voz), Álvaro Godolphin (sax alto e tenor), Leandro Aragão (bateria).
- Comente sobre suas produções. O que é mais difícil?
- Iniciei como produtor em 1988. O som que saia dos discos de rock nacional não me satisfazia de forma alguma! Parecia de plástico! Então, resolvi, mesmo sem saber nada, botar a mão na massa. Claro que naquela época tudo era gravado em rolo e a mixagem tinha que ser - de homem! Assinar e pronto! Porque saía caríssimo fazer de novo! Eram tempos heróicos. Com o início do selo Antídoto, cresci como produtor e não parei mais! Recuperei artistas quase esquecidos como: Bebeco Garcia e Charles Máster. Descobri novos artistas como: Tequila Baby e Júpiter Maçã. Produzi muitas coletâneas visando lançar novas bandas e recuperar fonogramas perdidos do tal Rock Gaúcho. Sim! Isso existe e tem personalidade! Mas infelizmente, não é o que aparece na mídia! É bem mais embaixo e tem muitos artistas de verdade que não se vendem e nem se rendem ao esquemão. O mais difícil numa produção é sem duvida nenhuma o ego dos artistas que mesmo não sabendo bem o que querem, insistem em tentar dividir com o produtor certas coisas. Prefiro a liberdade ter a palavra final. Afinal, quem é o mais interessado que o disco dê certo? O artista né? Então, é a ele que tenho que responder. Não dou o que ele quer e sim o que ele precisa. Se eu tivesse essa liberdade em todos os discos que produzi, te garanto que eles chegariam mais longe. Eu sou do time e da equipe! Jogo para que a musica fique perfeita e que dure muitos anos. O álbum não um produto datado de época. Prefiro o atemporal! Meus mestres são os irmãos Johns - Andy e Glyn – fizeram os Stones, The Who e Faces – especialmente, Eddie Krammer - Led Zeppelin e Jimi Hendrix. Gosto também do super George Martin. Esses são meus espelhos em meus discos!
- Como foi trabalhar com: Bebeco Garcia, Charles Master, o projeto Baladas do Bonfim e Ipanema as 15 mais?
- Bebeco Garcia foi uma ótima experiência! Tocar e conviver com um dos maiores guitarristas do país, foi demais!. Muitas aventuras e shows memoráveis com o Bando dos Ciganos, tanto com Edinho Galhardi, quanto com Fabio Ly na bateria. Fizemos - Me Chamam Curto Circuito e Bebeco Garcia e Bando dos Ciganos- Ao Vivo. Tivemos mais três parcerias. O Bebeco gravou: Eu Sei Que Você Sabe , um dos meus primeiro blues e três parcerias nossas: Sorte No Amor, Pouco Importa e Mexe e Rebola. Essa, última, estou gravando no meu disco novo. Voltei a tocar guitarra depois de passar quase nove anos tocando baixo com Bebeco de 1998 a 2007. Com Charles Master fui o articulador da volta dele e escolhendo os membros da banda. Primeiro foi no disco Ipanema as 15 mais volume 2 e depois produzindo na Som Livre no Rio de Janeiro. O disco vendeu quase 20 mil cópias, tendo como sucesso a faixa – Aquela Música, que virou um clássico do rock gaúcho. Isso tem apenas sete anos de vida. Temos mais de 20 músicas em parceria. O TNT gravou - Saiba Escolher Seus Amigos e prepara disco novo com a faixa - Na Minha, mais uma parceria nossa. Durante dois anos toquei baixo na banda de Charles. Baladas Do Bonfim foi uma homenagem que fiz para o grande Nei Lisboa Um dos maiores compositores do RS. Esse projeto teve divulgação somente por aqui. Reuni bandas novas, outras nem tanto, e tentamos dar uma cara nova para obra do Nei. O resultado me agradou muitíssimo e vários clássicos voltaram a tocar nas rádios do Sul. Ipanema as 15 Mais volume 1 e 2, foi o projeto que me levou a criar o Histórias do Rock Gaúcho. Era uma reunião de momentos, quase todos esquecidos do rock gaúcho! Momentos fundamentais. E mais: Nessa época não tocava mais vinil nas rádios e todo esse material estava em vinil e demos. Foi realmente um resgate cultural. Os shows de lançamento bateram recorde de bilheterias no Teatro Opinião, a maior casa de shows do estado, apesar de um tanto comercial. (risos) Vamos dizer assim! A própria rádio Ipanema me limou das ondas sonoras após esse fato! Exibindo toda a categoria de Porto Alegre. A província que só incha e nunca cresce!
- Você já produziu 50 discos?
- Em torno disso. Cinco dos Colarinhos Caóticos, Elektra, dez coletâneas de Rock Gaúcho, Oly Jr, Bebeco Garcia, Charles Master, Baladas do Bonfim, Marittmus, Mr. Magoo, Júpiter Maça, Tequila Baby, Cowboys Espirituais – Deluxe, Julio Reny, seis álbuns solo, duas Histórias do Rock Gaúcho, Zé do Belo, A Cretinice Me Atray, Spacequera, Litibo, Banda Sem Nome, Graforréia Xilarmônica, Ângelo Metz – Coming, dentre outros que me fugiu da memória. (risos).
- O que esperar do Egisto Dal Santo daqui pra frente?
- Estou na fase de colocar minhas canções na roda. Estou me dedicando a elas de corpo e alma. Estou preparando projetos para ano que vem e terminando de mixar dois álbuns. Um acústico só eu em várias vozes, violões e bandolins e participações especiais de amigos. O outro é: um álbum da banda - Egisto Dal Santo Exp totalmente gravado com duas baterias ao vivo o tempo todo e muita experimentação psicodélica. Mas tudo dentro do velho estilo Egisto Dal Santo. Participações especiais também de músicos das bandas: Pata de Elefante (Daniel Mossman), TNT (Fabio Ly), Bataclã FC e Rosa Tatooada, além do Gaspo Harmônica. Para ano que vem, preparamos um DVD dessa banda acústico e os Cds novos dos Colarinhos Caóticos e Histórias do Rock Gaúcho. Tenho também, projetos culturais de recuperação histórica que estão em tramitação no Funproarte e Lei de Incentivo a Cultura aqui do Estado. Também existe a previsão de voltar a produzir alguns álbuns para o selo Antídoto, que entra em nova fase. Agora em novembro, na feira do livro de Porto Alegre, lançarei meu primeiro livro: Notas De Viagens - aventuras e desventuras no rock gaúcho, onde retrato a vida de um roqueiro num país do samba. Falo de todas essas dificuldades colocadas pelo sistema como: jabá, manipulação, alienação da cultura e o descaso geral com a situação dos verdadeiros artistas do país.
- Como o Egisto entrou para musica e o que te inspirou?
- Comecei escrevendo letras para amigos em 1981. Depois aprendi a tocar violão por insatisfação das musicas que eles faziam (risos). Acabei fazendo minhas próprias composições do meu jeito. Tive muita influência musical na família. Minha mãe cantava em rádio, meu tio Julio Cezar era violeiro de mão cheia – sabia tudo de bossa nova e MPB. Meu pai escutava um misto de Roberto Carlos com Astor Piazzola, passando por Chet Baker e John Coltrane. Mas o que me inspirou mesmo foi: Os Mutantes, The Beatles, The Rolling Stones, os Almôndegas - grupo gaúcho folk rock anos 70 e o Elvis. O Rei esteve sempre presente de alguma maneira. Mas a idéia sempre foi à expressão e conseguir dizer alguma coisa da - busca do ser através das músicas onde as trato como únicas. Não tenho certezas sobre estilo. Prefiro a música.
- Fale-me sobre os Colarinhos Caóticos.
- Colarinhos Caóticos foi, e voltará a ser, uma experiência estética dentro das linguagens do pop e do rock, sem limitações e com a procura, da linguagem própria da originalidade e da criação que infelizmente está esquecida através desse processo histórico alienante da cultura nos últimos 20 anos. A banda acabou tendo mais de 50 formações. Seria piada se não estivesse o capitão Egisto sempre buscando a mesma orientação inicial. Mas como o ouvido nacional empobreceu, ficou difícil manter um produto não comercial como esse. Se estivéssemos fora do país, tenho certeza que as coisas teriam sido diferente. Mas, a formação original do primeiro LP, Introdução de 1988, se reuniu em estúdio em 2005. Em 2006, terminei as gravações – agora só falta mixar. A idéia era sair esse ano, em novembro, quando se completam 20 anos do primeiro show da banda. Mas provavelmente só sairá ano que vem. É uma continuação do Introdução, como se nada tivesse acontecido desde 1989 quando essa formação se separou e ficou 15 anos sem se reunir numa mesma sala.
- Você é baixista, guitarrista, tecladista e vocalista. Como você se define tocando todos esses instrumentos?
- Atualmente sou mais vocalista e guitarrista, devido à orientação que dei na minha vida: Dedicar-me mais as minhas composições e ao trabalho de resgate histórico e cultural que sempre fiz aqui no estado, descobrindo novos talentos e recuperando compositores esquecidos da maior importância. Esse meu trabalho de voz e guitarra pode ser conferido nas bandas Egisto Dal Santo Exp. Tem Histórias do Rock Gaúcho, onde aparecem todas as fases dos Colarinhos Caóticos. Como baixista, destaco meu trabalho junto ao Bebeco Garcia nos álbuns: Me chamam de Curto Circuito – disco de estúdio e também O Bando dos Ciganos – ao vivo. O CD que estou lançando e trabalhando esse ano se chama Rock Antigo. Nele gravei todos os baixos, violões e teclados seguindo a inspiração do Jack Bruce em seus discos solo de 1968 e 1969. O teclado é uma experiência relativamente nova. Iniciou-se no álbum da banda A Cretinice Me Atray de 1999. Ao invés do que muitos pensam, gravei tantos os teclados, quanto o Astronauta Pingüim, que acabou ficando com todos os créditos. No Rock Antigo, fiz muitos teclados e no disco novo que estou preparando, em fase de mixagem, toco teclados, pianos elétricos, órgãos, Synths, muitos barulhos e efeitos também! Cada instrumento exige uma coisa de mim, uma atitude diferente e uma forma diferente de expressar o que ofereço artisticamente. Hoje sou mais guitarrista! É onde tenho me desenvolvido mais! O Arnaldo Baptista é um pouco culpado de tudo isso! (risos) Eu acho!
- Quais são as bandas que você é integrante?
- Egisto Dal Santo Exp com canções próprias e releituras para coisas que a banda gosta. Da MPB ao rock internacional. A Formação é: Egisto Dal Santo (voz , guitarra e teclados), Luciano Lucky (voz e bateria) e Rodrigo Ruivo (baixo). Historias do Rock Gaúcho estou cantando e contando a verdadeira história do rock gaúcho dos Brasas, Liverpool, Bixo da Seda, Almôndegas, anos 80 até hoje e ainda inéditas. Formação: Egisto Dal Santo (voz, guitarra, teclado e bandolim), Gugu Mendes (voz e baixo), Luciano Albo (voz, guitarra e violão 12), Pedro Petracco (voz e bateria) filho do guitarrista Marcio Petracco do TNT. Colarinhos Caóticos a formação atual é: Egisto Dal Santo (voz, guitarra e pedais), Beltrão Vanini (baixo e voz), Álvaro Godolphin (sax alto e tenor), Leandro Aragão (bateria).
- Comente sobre suas produções. O que é mais difícil?
- Iniciei como produtor em 1988. O som que saia dos discos de rock nacional não me satisfazia de forma alguma! Parecia de plástico! Então, resolvi, mesmo sem saber nada, botar a mão na massa. Claro que naquela época tudo era gravado em rolo e a mixagem tinha que ser - de homem! Assinar e pronto! Porque saía caríssimo fazer de novo! Eram tempos heróicos. Com o início do selo Antídoto, cresci como produtor e não parei mais! Recuperei artistas quase esquecidos como: Bebeco Garcia e Charles Máster. Descobri novos artistas como: Tequila Baby e Júpiter Maçã. Produzi muitas coletâneas visando lançar novas bandas e recuperar fonogramas perdidos do tal Rock Gaúcho. Sim! Isso existe e tem personalidade! Mas infelizmente, não é o que aparece na mídia! É bem mais embaixo e tem muitos artistas de verdade que não se vendem e nem se rendem ao esquemão. O mais difícil numa produção é sem duvida nenhuma o ego dos artistas que mesmo não sabendo bem o que querem, insistem em tentar dividir com o produtor certas coisas. Prefiro a liberdade ter a palavra final. Afinal, quem é o mais interessado que o disco dê certo? O artista né? Então, é a ele que tenho que responder. Não dou o que ele quer e sim o que ele precisa. Se eu tivesse essa liberdade em todos os discos que produzi, te garanto que eles chegariam mais longe. Eu sou do time e da equipe! Jogo para que a musica fique perfeita e que dure muitos anos. O álbum não um produto datado de época. Prefiro o atemporal! Meus mestres são os irmãos Johns - Andy e Glyn – fizeram os Stones, The Who e Faces – especialmente, Eddie Krammer - Led Zeppelin e Jimi Hendrix. Gosto também do super George Martin. Esses são meus espelhos em meus discos!
- Como foi trabalhar com: Bebeco Garcia, Charles Master, o projeto Baladas do Bonfim e Ipanema as 15 mais?
- Bebeco Garcia foi uma ótima experiência! Tocar e conviver com um dos maiores guitarristas do país, foi demais!. Muitas aventuras e shows memoráveis com o Bando dos Ciganos, tanto com Edinho Galhardi, quanto com Fabio Ly na bateria. Fizemos - Me Chamam Curto Circuito e Bebeco Garcia e Bando dos Ciganos- Ao Vivo. Tivemos mais três parcerias. O Bebeco gravou: Eu Sei Que Você Sabe , um dos meus primeiro blues e três parcerias nossas: Sorte No Amor, Pouco Importa e Mexe e Rebola. Essa, última, estou gravando no meu disco novo. Voltei a tocar guitarra depois de passar quase nove anos tocando baixo com Bebeco de 1998 a 2007. Com Charles Master fui o articulador da volta dele e escolhendo os membros da banda. Primeiro foi no disco Ipanema as 15 mais volume 2 e depois produzindo na Som Livre no Rio de Janeiro. O disco vendeu quase 20 mil cópias, tendo como sucesso a faixa – Aquela Música, que virou um clássico do rock gaúcho. Isso tem apenas sete anos de vida. Temos mais de 20 músicas em parceria. O TNT gravou - Saiba Escolher Seus Amigos e prepara disco novo com a faixa - Na Minha, mais uma parceria nossa. Durante dois anos toquei baixo na banda de Charles. Baladas Do Bonfim foi uma homenagem que fiz para o grande Nei Lisboa Um dos maiores compositores do RS. Esse projeto teve divulgação somente por aqui. Reuni bandas novas, outras nem tanto, e tentamos dar uma cara nova para obra do Nei. O resultado me agradou muitíssimo e vários clássicos voltaram a tocar nas rádios do Sul. Ipanema as 15 Mais volume 1 e 2, foi o projeto que me levou a criar o Histórias do Rock Gaúcho. Era uma reunião de momentos, quase todos esquecidos do rock gaúcho! Momentos fundamentais. E mais: Nessa época não tocava mais vinil nas rádios e todo esse material estava em vinil e demos. Foi realmente um resgate cultural. Os shows de lançamento bateram recorde de bilheterias no Teatro Opinião, a maior casa de shows do estado, apesar de um tanto comercial. (risos) Vamos dizer assim! A própria rádio Ipanema me limou das ondas sonoras após esse fato! Exibindo toda a categoria de Porto Alegre. A província que só incha e nunca cresce!
- Você já produziu 50 discos?
- Em torno disso. Cinco dos Colarinhos Caóticos, Elektra, dez coletâneas de Rock Gaúcho, Oly Jr, Bebeco Garcia, Charles Master, Baladas do Bonfim, Marittmus, Mr. Magoo, Júpiter Maça, Tequila Baby, Cowboys Espirituais – Deluxe, Julio Reny, seis álbuns solo, duas Histórias do Rock Gaúcho, Zé do Belo, A Cretinice Me Atray, Spacequera, Litibo, Banda Sem Nome, Graforréia Xilarmônica, Ângelo Metz – Coming, dentre outros que me fugiu da memória. (risos).
- O que esperar do Egisto Dal Santo daqui pra frente?
- Estou na fase de colocar minhas canções na roda. Estou me dedicando a elas de corpo e alma. Estou preparando projetos para ano que vem e terminando de mixar dois álbuns. Um acústico só eu em várias vozes, violões e bandolins e participações especiais de amigos. O outro é: um álbum da banda - Egisto Dal Santo Exp totalmente gravado com duas baterias ao vivo o tempo todo e muita experimentação psicodélica. Mas tudo dentro do velho estilo Egisto Dal Santo. Participações especiais também de músicos das bandas: Pata de Elefante (Daniel Mossman), TNT (Fabio Ly), Bataclã FC e Rosa Tatooada, além do Gaspo Harmônica. Para ano que vem, preparamos um DVD dessa banda acústico e os Cds novos dos Colarinhos Caóticos e Histórias do Rock Gaúcho. Tenho também, projetos culturais de recuperação histórica que estão em tramitação no Funproarte e Lei de Incentivo a Cultura aqui do Estado. Também existe a previsão de voltar a produzir alguns álbuns para o selo Antídoto, que entra em nova fase. Agora em novembro, na feira do livro de Porto Alegre, lançarei meu primeiro livro: Notas De Viagens - aventuras e desventuras no rock gaúcho, onde retrato a vida de um roqueiro num país do samba. Falo de todas essas dificuldades colocadas pelo sistema como: jabá, manipulação, alienação da cultura e o descaso geral com a situação dos verdadeiros artistas do país.