O ‘Amor Ódio Amor’ do cantor Jorge Guilherme
Artista mostra o amor em três atos em disco novo
O volta-redondense Jorge Guilherme vem trilhando um caminho sem volta na música brasileira. Desde a primeira apresentação em público, já se vão mais de 25 anos. E ainda assim continua se reinventando e sendo considerado uma grata surpresa na música nacional.
Sua vida nas ondas do som começou aos dez anos, quando ingressou como tenorino no Coral Villa Lobos da CSN - Companhia Siderúrgica Nacional. Excursionou com o grupo por dois anos e foi estudar, por prazer, canto técnico. Aos dezessete anos participou de uma banda ‘cover’ formada por amigos. Integrou projetos ainda mais profissionais que lhe renderam bons shows, prêmios, participações na TV e grandes amigos. Na década de 90 esteve em diversos grupos e tocou “na noite” pelos bares e casas noturnas no Vale do Paraíba. Ótimo período, onde desenvolveu sua performance autêntica e vibrante.
Em 2001 dava os primeiros passos da carreira solo e já em 2003 prensou, distribuiu independente e esgotou em curtíssimo tempo as três mil cópias de seu primeiro CD, ‘Tão Perto de Você’ – que contém obras de arte do pop rock, com influências de MPB e música negra. Estava ali o termômetro de sua carreira, naquela estréia em disco planejada por três anos a fio! Com emoção e técnica aliadas a uma proposta conceitual Jorge Guilherme se mostrou um cantor com personalidade na voz e um compositor de mão cheia – já que assina doze (ótimas) músicas, dez delas sozinho. O disco fala de amor sem vulgaridade, acena para a alegria, a vida e as relações a dois. Deste álbum, JG trabalhou as músicas "Será?" (que chegou a rolar em rodinhas na PUC, no Rio) e "Você Voltou Pra Mim".
Depois desta agradável surpresa para marcar a chegada-solo, Jorge Guilherme manteve seu estilo de melodias “simples-porém-rebuscadas” e letras “românticas-sem-ser-piegas”. Em 2006 seus dois primeiros sucessos do primeiro álbum entraram no CD de Leandro Lopes (Pica-Pau) – vencedor do Programa Ídolos do SBT, lançado com “Será?” na posição de carro-chefe pela SonyBMG. Neste mesmo ano iniciou a pré-produção e a gravação de ‘Amor Ódio Amor’, segundo CD que agora chega às lojas pelo selo Astronauta Discos – responsável pelo lançamento de discos de Autoramas, Beto Lee e Luis Capucho, entre outros.
“Totalmente autoral, o álbum traduz a trilogia de qualquer relacionamento em suas treze canções”, comenta o multifacetado Jorge Guilherme, que escreve à mão linhas sinceras de sua história. “Conto o amor em três atos. No início do CD, falo de toda a fase de conquista, dos primeiros amores. No meio, já entra o ódio, que é representado pelo ciúme. Por fim, é o amor fraterno, amor da conta bancária, do casamento”, diz ele, completando: “Desde a pré-produção até a finalização foram sete meses. Compus quatro músicas que estão no CD. As outras nove já estavam compostas”. Foram feitas duas mil cópias. “É muito para um artista independente”, comenta Jorge Guilherme, que gravou num estúdio de Volta Redonda. A masterização do CD foi feita no estúdio Magic Máster, no Rio, o mesmo utilizado por artistas consagrados.
São 13 canções, todas autorais. E JG também assinou a produção, letras, músicas e arranjos – um trabalho totalmente autoral produzido com a ajuda de Tuta e Diogo Macedo, colaboradores que também estiveram no primeiro CD. As rádios de Volta Redonda já tocaram “Na Sua Estrada” e “Madrugada”. Para todo o Brasil, este mês começa a tocar algumas canções em rádio que confirma o teor pop de sua trajetória.
Suas influências declaradas são de artistas como Cazuza, Elis Regina, Renato Russo, Cássia Eller, Ney Matogrosso, Freddie Mercury (Queen), Ian Astiburry (The Cult), Bruce Dickinson (Iron Maiden), Michael Jackson e outros nomes. Seu porte de artista o faz um cara com “punch” de rock e conteúdo de MPB.